Sete Lagoas

município brasileiro no estado de Minas Gerais

Sete Lagoas é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Grande polo industrial, localizado a aproximadamente 72 quilômetros de Belo Horizonte. Conforme os dados do censo de 2022, reúne uma população de 227 360 habitantes, que o torna o município mais populoso de sua região geográfica imediata.[1]

Sete Lagoas
  Município do Brasil  
Panorama de Sete Lagoas a partir da Lagoa Paulino
Panorama de Sete Lagoas a partir da Lagoa Paulino
Panorama de Sete Lagoas a partir da Lagoa Paulino
Símbolos
Bandeira de Sete Lagoas
Bandeira
Brasão de armas de Sete Lagoas
Brasão de armas
Hino
Lema Ad Altiora Nata
"Nascida para o alto"
Gentílico sete-lagoano[1]
Localização
Localização de Sete Lagoas em Minas Gerais
Localização de Sete Lagoas em Minas Gerais
Localização de Sete Lagoas em Minas Gerais
Sete Lagoas está localizado em: Brasil
Sete Lagoas
Localização de Sete Lagoas no Brasil
Mapa
Mapa de Sete Lagoas
Coordenadas 19° 27' 57" S 44° 14' 49" O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Araçaí, Paraopeba, Caetanópolis, Inhaúma, Esmeraldas, Capim Branco, Prudente de Morais, Funilândia e Jequitibá[2]
Distância até a capital 72 km
História
Emancipação 24 de novembro de 1867 (156 anos)[3]
Administração
Prefeito(a) Duílio de Castro Faria[4] (Patriota, 2021 – 2024)
Vereadores 17
Características geográficas
Área total [1] 536,928 km²
População total (censo IBGE/2022[1]) 227 360 hab.
Densidade 423,4 hab./km²
Clima Tropical de Altitude
Altitude 766,73 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 35700-000 a 35719-999[5]
Indicadores
IDH (PNUD/2010[6]) 0,760 alto
PIB (IBGE/2020[7]) R$ 9 250 195,08 mil
PIB per capita (IBGE/2020[7]) R$ 38 250,03
Sítio www.setelagoas.mg.gov.br (Prefeitura)
www.setelagoas.mg.leg.br (Câmara)

História editar

Sete Lagoas tem uma história rica e multifacetada que remonta aos primórdios do século XVIII. Uma das figuras centrais no início de sua história é João Leite da Silva Ortiz, nascido em São Paulo e filho de Estevão Raposo Bocarro e Dona Maria de Abreu Pedroso Leme. Ortiz, representante da raça dos sertanistas paulistas, era conhecido por sua busca constante por novos territórios e oportunidades.[8]

Como bandeirante, Ortiz desempenhou um papel crucial na exploração e no desenvolvimento inicial da região. Em 1701, chegou à Serra de Congonhas, onde, em vez de encontrar ouro, como era sua intenção inicial, deparou-se com uma paisagem propícia para a agricultura. Esta descoberta levou-o a estabelecer-se na área, fundando a Fazenda do Cercado, onde iniciou atividades agrícolas e pecuárias.[8]

Em janeiro de 1711, Ortiz obteve a Sesmaria do Cercado e, no mês seguinte, a Sesmaria de Sete Lagoas. Esta última, por razões não documentadas, não foi registrada nos livros oficiais da Secretaria do Governo na época. Além de sua influência em Sete Lagoas, Ortiz é reconhecido por fundar o arraial do Curral del Rei, que eventualmente evoluiu para a cidade de Belo Horizonte, a capital de Minas Gerais.

A história de Sete Lagoas prossegue com a figura de Antonio de Pinto Magalhães, que desempenhou um papel fundamental na evolução da cidade. Ele adquiriu a sesmaria da região, anteriormente pertencente a João Leite da Silva Ortiz. Esta aquisição, documentada oficialmente, representa um marco importante na continuidade do desenvolvimento de Sete Lagoas. A compra da sesmaria por Magalhães é um reflexo da dinâmica de posse e exploração de terras que caracterizava o período colonial brasileiro.

Por volta de 1750, a Coroa Portuguesa formalizou a concessão da sesmaria a Antonio de Pinto Magalhães, cobrindo a área que hoje corresponde à cidade de Sete Lagoas. Essa transferência de posse foi um passo significativo na história da região. Posteriormente, após a execução de Magalhães, a sesmaria foi transferida para o Padre Joaquim de Souza, um movimento que reflete as mudanças políticas e sociais da época.[9]

Durante o período colonial brasileiro, especialmente nos séculos XVII e XVIII, a Coroa Portuguesa implementou uma série de medidas para controlar a extração e o tráfego de ouro e diamantes na região das Minas Gerais.

A partir de 1702, a Coroa Portuguesa determinou a organização da exploração das minas através do Regimento das Terras Minerais. Este regimento estabeleceu que a exploração aurífera deveria ser acompanhada pelo pagamento de um imposto denominado “quinto”, que correspondia a um quinto do valor extraído. Além disso, foram criados postos de controle, conhecidos como “quarteis” ou “registros”, em diversas localidades de Minas Gerais, visando cobrar impostos sobre a circulação de mercadorias e escravos. Um desses postos criados foi em Sete Lagoas.

Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes, teve uma presença significativa na cidade. Ele comandou a guarnição militar responsável pela segurança do posto de arrecadação fiscal em Sete Lagoas. Documentos históricos confirmam a presença de Tiradentes na cidade entre 22 de abril de 1780 e 23 de junho de 1781. Durante este período, além de garantir a segurança do Registro, o destacamento militar sob seu comando também tinha a missão de patrulhar as estradas para coibir o contrabando e auxiliar na cobrança dos impostos.[8]

Subdivisões editar

Distritos editar

  • Distrito de Silva Xavier
  • Distrito de Barreiro (Barreiro, Barreiro de Baixo, Lontra, Lontrinha, Riacho do Campo, Residencial Pôr do Sol, Jardim Carolina, Flora Bela)

Comunidades Rurais editar

  • Wenceslau Brás
  • Paiol
  • Estiva
  • Morro Redondo
  • Pião
  • Pedras
  • Fazenda Velha
  • Fazenda Nova
  • Paredão
  • Tamanduá
  • Matos
  • Saco da Vida
  • Catavento
  • Colônia dos Italianos
  • Curral Queimado

Geografia editar

O município, com área de 536,928 km², apresenta relevo constituído por colinas suaves, côncavo-convexas e altimetria média entre 700 e 900 m. As cotas mais baixas situam-se no extremo-norte. Na Serra de Santa Helena, localizada a noroeste da cidade, encontra-se o ponto de maior altitude. Os terrenos possuem declividades que permitem a sua mecanização. Sete Lagoas se localiza na microrregião homônima, formada pelos municípios de Araçaí, Baldim, Cachoeira da Prata, Caetanópolis, Cordisburgo, Fortuna de Minas, Funilândia, Inhaúma, Jaboticatubas, Jequitibá, Maravilhas, Papagaios, Pequi, Santana de Pirapama e Santana do Riacho.[carece de fontes?]

Relevo editar

  • Plano: 60%
  • Ondulado: 35%
  • Montanhoso: 5%

Solos editar

Do ponto de vista geológico, Sete Lagoas está enquadrada numa região de rochas do Grupo Bambuí, constituída de calcários cinzentos intercalados por mármore acinzentado (Formação Basal ou Sete Lagoas) e ardósias sobrepostas ao calcário (Formação Santa Helena).

Encontra-se Latossolo Vermelho distroférrico típico A moderado muito argilosos e Latossolo Vermelho-Escuro distrófico textura argilosa fase cerrado.

Clima editar

Domina a área o clima tropical de altitude, com verões quentes e chuvosos e invernos secos. Estação chuvosa de outubro a março e estiagem de abril a setembro. Naturalmente, há anos mais chuvosos ou menos chuvosos em relação a outros. Também têm ocorrido algumas variações desse tipo para cada mês em anos diferentes. O mesmo pode acontecer com relação às temperaturas médias mensais e anuais. Alguns anos podem ser um pouco mais quentes ou um pouco mais frios do que outros. Algo um tanto similar pode ser observado em relação a cada mês específico em anos diferentes.

Em conformidade com dados da estação meteorológica convencional do município, desativada em julho de 2016, a temperatura média compensada de Sete Lagoas entre os anos de 1981 até 2010 foi de 21,5 °C e o índice pluviométrico anual de 1 335 milímetros, com tempo de insolação de aproximadamente 2 650 horas/ano.[10]

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1983, 1986 e a partir de 1993, a menor temperatura registrada em Sete Lagoas foi de 2,4 °C em 1° de junho de 1979,[11] e a maior atingiu 39,7 °C em 17 de outubro de 2015.[12] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 152,9 milímetros (mm) em 23 de janeiro de 1977. Outros grandes acumulados foram 147,7 mm em 27 de dezembro de 1995, 143,4 mm em 14 de fevereiro de 1978, 140,1 mm em 31 de janeiro de 2000, 130,4 mm em 31 de dezembro de 2001, 130,3 mm em 25 de novembro de 1980 e 28 de fevereiro de 2015, 113,4 mm em 13 de janeiro de 1978, 112,2 mm em 4 de janeiro de 1997, 109,2 mm em 14 de dezembro de 1995, 105,6 mm em 22 de outubro de 2009, 104,4 mm em 7 de março de 1994, 102,9 mm em 13 de março de 2012 e 102,8 mm em 19 de fevereiro de 1965.[13] Janeiro de 1961 foi o mês de maior precipitação, com 688,8 mm.[14]

Dados climatológicos para Sete Lagoas
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 37,1 36,3 35,1 33,8 33 31,2 33,4 37,6 39,4 39,7 38 36,1 39,7
Temperatura máxima média (°C) 29,6 30,2 29,6 28,8 27,1 26,4 26,7 28,2 29,6 30,1 29 28,7 28,7
Temperatura média compensada (°C) 23,3 23,5 23,1 21,8 19,4 18 18,1 19,7 21,7 23 22,9 22,9 21,5
Temperatura mínima média (°C) 18,9 18,7 18,5 16,8 14 12,2 12 13,3 15,7 17,7 18,5 18,8 16,3
Temperatura mínima recorde (°C) 13,7 13,6 10 7,9 4,1 2,4 3,5 4,4 8,6 10,2 9,7 13,1 2,4
Precipitação (mm) 260,6 143,3 168,7 51,6 27,8 4,5 6,1 13,1 39,5 87,9 210,4 321,3 1 334,8
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 14 10 10 5 3 1 1 2 4 7 13 17 87
Umidade relativa compensada (%) 74,8 71,9 74,3 71,9 70,7 68 62,5 56,8 55,9 61,6 71,8 76,6 68,1
Horas de sol 189,3 203 202,5 239,4 243,4 249,7 266,6 272,5 236,3 211,1 174,3 157,4 2 645,7
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[10] recordes de temperatura de 1961 a 1983, 1986 e de 1993 a 2016)[11][12]

Economia editar

Em sua economia, o município conta com diversas empresas e indústrias, que estão concentradas na extração de calcário, mármore, ardósia, argila, areia e na produção de ferro-gusa (65% da produção total em Minas). Fábricas de peças automotivas e linhas de montagem de caminhões e veículos de defesa também se fazem presentes. A cidade possui um total de 23 empresas siderúrgicas. A atividade industrial começou a sofrer com a Grande Recessão, com mais de 3 mil pessoas perdendo os empregos, 60% das guseiras paradas e a mais tradicional destas, a Siderúrgica Noroeste, fechando a fábrica após 58 anos no ramo.[15]

Também é sede do Shopping Sete Lagoas, um shopping center com cerca de 140 operações, sendo 4 âncoras, 6 megalojas, um cinema com 4 salas (1 em 3D), uma praça de alimentação para 540 lugares e estacionamento para 1.300 carros.[16]

Política editar

Demografia editar

População Residente

1970, 1980, 1991, 2000, 2005, 2008

  • 1970-> 66.585
  • 1980-> 102.628
  • 1991-> 144.014
  • 2000-> 184.286
  • 2005-> 210.468
  • 2008-> 221.764
  • 2009-> 225.000
  • 2010-> 214.071
  • 2011-> 216.400
  • 2013-> 227.571
  • 2015-> 232.107
  • 2017-> 236.228
  • 2022-> 227.360
Etnias
  • Brancos - 33,03% da população
  • Pardos - 56,55% da população
  • Negros - 9,07% da população
  • Amarelos - 1,23% da população
  • Indígenas - 0,12% da população

Filhos ilustres editar

Infraestrutura editar

Transporte editar

O Sistema de transporte coletivo de ônibus de Sete Lagoas abrange aproximadamente 30 linhas municipais, exploradas por duas empresas distintas, sendo uma concessionária e a outra permissionária.[carece de fontes?]

Em 2022, a frota de veículos atingiu a marca de 144.704 veículos.[17] A frota de carros vinha crescendo a taxas que variam em cerca de 8,7% ao ano, acompanhado pela frota de motocicletas, que registrava um crescimento médio de 21% ao ano, contudo ambos setores tiveram estagnação nos últimos anos, crescendo em uma taxa de apenas 2,1% ao ano para carros e 2,7% para motocicletas.[17] Proporcionalmente, Sete Lagoas tem uma das maiores proporções de veículo por habitante de Minas Gerais: 1 veículo para cada grupo de 1,5 habitantes (em São Paulo, estima-se um veículo por 1,4 habitante e Belo Horizonte 1 veículo por 1,06 habitantes). Enquanto os ônibus costumam andar lotados com até cem passageiros, os carros costumam circular vazios.[carece de fontes?]

No sistema de transporte ferroviário o município era atendido pelos trens de passageiros de longa distância da Estrada de Ferro Central do Brasil (posteriormente RFFSA), que operavam na chamada Linha do Centro, ligando o município à capital mineira e à cidade de Montes Claros, no norte do estado. Esses trens eram carinhosamente chamados pelos moradores da região como Trem do Sertão e possuíam uma grande demanda de passageiros que os utilizavam para se deslocar ao norte mineiro. Os últimos trens de passageiros, vindos de Belo Horizonte e de Montes Claros, pararam em sua estação ferroviária pela última vez no dia 17 de dezembro de 1992 e desde então, foi mantido apenas o transporte de cargas na região. Após a inauguração de uma nova variante e uma nova e pequena estação ferroviária pela RFFSA na cidade em 1996, os trilhos da linha original seriam retirados do perímetro urbano logo em seguida, para serem reaproveitados na construção de uma variante na cidade de Curvelo.[18][19][20]

O município é atendido por dois aeroportos localizados na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O Aeroporto de Confins (Aeroporto Internacional Tancredo Neves), construído na década de 1980, é um dos mais modernos do Brasil e capaz de receber cinco milhões de passageiros por ano com conforto e comodidade. Dentro dos limites do município há três pistas de pouso de aeronaves registradas na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), sendo os três aeródromos privados.[21]

Rodovias

A partir de setembro de 2009 o trecho da rodovia compreendido entre Brasília e Belo Horizonte passou a chamar-se Rodovia Juscelino Kubitschek por decreto presidencial [22]

Ferrovias

Turismo editar

O município integra o circuito turístico das Grutas.[25]

Gruta Rei do Mato editar

A Gruta Rei do Mato fica a 62 quilômetros de Belo Horizonte (MG), pela BR-040, junto ao trevo de acesso a Sete Lagoas, cuja entrada para a gruta fica a cerca de 880 metros de altitude, possui um desnível de 30 metros, tem 235 metros de extensão e possui três salões cujas pinturas rupestres, datam de seis mil anos e mostram predominância de figuras monocrômicas e de temática zoofórmica. Suas formações de estalagmite, que são cilíndricas com o diâmetro de aproximadamente 12 pés de altura, segundo os geólogos, são raras no mundo.

Nenhuma gruta brasileira tem em seu interior formações como essas. Diversos órgãos governamentais, ligados ao meio ambiente, participaram do projeto de preservação e aproveitamento turístico da Gruta. Projeto este que demorou mais de dois anos em sua execução. Foi um processo de urbanização e não, simplesmente um processo de acesso e iluminação. Os técnicos e cientistas que fizeram parte do projeto previram o que há de mais moderno em urbanização de grutas.

Na Grutinha, além de pinturas rupestres, feitas com sangue e gordura vegetal, foram encontradas soterradas, ferramentas indígenas petrificadas, em perfeito estado. Nela encontra-se, ainda, uma réplica, em resina, do Xenorhinothericen Bahiense - a macraoquemia - animal herbívoro que habitou Minas, Bahia e sul de São Paulo, há cerca de seis mil anos. O nome do local, se deve ao fato de ter sido ela habitada por um homem solitário, louro, forte e cabeludo, de identidade ignorada, possivelmente fugitivo da Revolução de 30, que foi chamado de "Rei do Mato".

Lagoa Paulino editar

 
Lagoa Paulino no Ano-Novo 2010.

A Lagoa Paulino, localizada no centro de Sete Lagoas, faz parte do complexo turístico da cidade juntamente com outras seis: Boa Vista, José Félix, Cercadinho, Matadouro, Catarina e da Chácara, tornando Sete Lagoas conhecida como a "Terra das Lagoas Encantadas".

Ao redor desta linda lagoa as pessoas fazem caminhada e se encontram, pois é rodeada de bares e lugares para diversão. Na Praça da Feirinha, próximo à lagoa, é realizada uma feira de artesanato e comidas típicas. Ela acontece todas as sextas e sábados à noite.

Casarão - Centro Cultural Nhô Quim Drummond editar

O Centro de Preservação do Folclore, instalado no Casarão, uma construção do século XVIII, veio permitir que a cultura setelagoana seja preservada e é também um espaço destinado às manifestações socioculturais e à feira permanente de amostras. Ali, nos fundos, foi construído um anfiteatro com capacidade aproximada para 1.500 pessoas. Aqui se encontram registros do exuberante congado setelagoano, com suas mais de vinte guardas. Dentre essas, guardas fundadas há mais de 100 anos, e uma outra que tem como chefe atual o descendente direto de Chico Rei. Neste Casarão, do século XVIII, as tradições da música, dança e religiosidade mineira são mostradas com autenticidade e beleza.

Cat JK editar

Situado no centro da cidade, ao lado da Lagoa Paulino, sua construção lembra um pássaro alçando voo. Tem, defronte, uma estátua de Juscelino Kubitschek cedida à Prefeitura pelo ex-prefeito Sérgio Emílio. O CAT JK - Centro de Apoio ao Turista Presidente Juscelino Kubitschek, inaugurado em 12 de setembro de 1990, serve como ponto de orientação ao turista. Nele funciona uma feira permanente de amostra dos produtos artesanais e industriais do município. Também são expostas obras de artistas setelagoanos. É um espaço aberto eventos cívicos, culturais e esportivos. Assim, entidades públicas, educativas, empresariais de classe e clubes de serviço, têm um espaço para apresentações, solenidades e reuniões.

Serra de Santa Helena editar

 
Panorâmica de Sete Lagoas vista da serra de Santa Helena

A Serra de Santa Helena está localizada a noroeste e a 7 km do centro da cidade de Sete Lagoas. O ponto mais alto atinge cerca de 1.076 metros de altitude. Possui uma rampa para a prática de voo livre, sendo a modalidade mais comum o paraglider. Em seu topo está a Igrejinha de Santa Helena e o cruzeiro, de onde se tem uma bela vista panorâmica da cidade. Outro atrativo da serra é o Parque da Cascata, com restaurantes, quadras de esportes, estacionamento, e praia com lago artificial.

Parques editar

Parque da Cascata editar

Além das Sete Lagoas que tornam a cidade um polo de atração turística, na Serra de Santa Helena, a quatro quilômetros do centro, está localizado o Parque da Cascata, numa área de 295 hectares de mata nativa, com reserva de fauna e flora, entremeada de trilhas românticas. Ali foi desenvolvido um amplo projeto turístico do qual constou a implantação de um lago com 450 metros de diâmetro cercado por uma praia artificial e por mata virgem. No interior da mata há uma trilha cimentada que dá acesso a uma cascata com mirante, para que todos possam apreciar sua beleza. Neste local está sendo preservado um santuário ecológico.

Parque Náutico da Boa Vista editar

Complexo poliesportivo, localizado na Lagoa da Boa Vista, no bairro do mesmo nome, que foi totalmente recuperada, recebendo nova figuração paisagística e ecológica. O Parque Náutico da Boa Vista ocupa uma área de 18 mil metros quadrados e é dotado de toda a infraestrutura necessária para atender cerca de 8 mil pessoas.

Projeto do arquiteto Gregório Repsold, o parque oferece campos de futebol, pista de bicicross, duas pistas de skate em concreto, quadra poliesportiva, pista de patins, um minizoológico com 20 viveiros, restaurante, três playground, quadras de vôlei e peteca, cinco ancoradouros para pedalinhos e barcos e uma ampla praça de eventos com palco. Sua pista de corrida para pedestres e ciclistas, tem 1.630 metros.

Todos os equipamentos do Parque Náutico, que envolveram recursos da ordem de Cr$ 250 milhões em 1.991, contam com rampas de acesso para deficientes físicos. Para transformar o local em ponto de lazer e turismo, foi necessário retirar 13 mil caminhões de terra da lagoa que estava assoreada e tinha as margens tomadas pelo mato. O Parque Náutico da Boa Vista passou a ser palco de importantes eventos artísticos e esportivos do calendário de Sete Lagoas.

Museus editar

Museu Ferroviário
 
Antiga Estação Ferroviária, atual Museu do Ferroviário

O Museu Ferroviário se situa no prédio da Antiga Estação Ferroviária de Sete Lagoas (desativada nos anos 90) e preserva em seu interior várias ferramentas e objetos de época. Na área externa encontram-se em exposição, um antigo vagão de passageiros da extinta RFFSA e duas pequenas locomotivas.

Museu Histórico Municipal

"Ai está a centenária casa. Denominada Fazenda Velha situada à Praça de Santo Antônio, foi construída depois que a Capela de Santo Antônio foi elevada a Matriz. A sua construção foi posterior a 1.841 quando Sete Lagoas ainda era um arraial. Sua destinação para museu histórico é providência mui digna de apreço. Por certo constituirá mais um ponto de atração turística nessa próspera e hospitaleira cidade sertaneja". Dentro dessa destinação histórica, o Museu serve como uma importante fonte de pesquisa para quem quer conhecer a história de Sete Lagoas, possuindo um acervo de informações, muitas vezes, não encontrado em outro lugar algum da cidade.

Esporte editar

 
Prática de voo livre

Voo-livre editar

O voo-livre em Sete Lagoas é praticado na Serra de Santa Helena, o acesso é pavimentado até a rampa, que fica aproximadamente a 5 minutos do centro da cidade, tem um desnível em torno de 200 metros a 1000 metros do nível do mar, vento frontal predominante Leste, com opção também Oeste, porém sem acesso de resgate, proporciona clássicos voos Lifts de frente para cidade, com várias opções de pousos, inclusive na própria rampa que permite pousos seguros sem a presença de rotores, as fortes térmicas permitem ótimas condições para cross country. Há possibilidade de decolagens simultâneas. Sendo de setembro a novembro a melhor época para a prática do esporte.

Futebol editar

O Estádio Joaquim Henrique Nogueira, também chamado de Arena do Jacaré, é um estádio de futebol localizado na cidade de Sete Lagoas, no estado de Minas Gerais. O estádio recebeu esse nome pois foi o fazendeiro e membro de uma das mais tradicionais famílias da região - Joaquim Henrique Nogueira - quem doou o terreno onde o estádio foi construído. Tem capacidade para 20.500 pessoas e foi construído em 2006. Em 2009, começou a ser preparado para receber os jogos do Campeonato Mineiro enquanto o Mineirão passasse por reformas para a Copa do Mundo e o Estádio Independência estivesse sendo construído. Nas primeiras fases do Campeonato Mineiro, os jogos ficaram divididos entre a Arena do Jacaré, o Ipatingão e o Parque do Sabiá, mas os dois últimos ficavam muito distantes da capital. Atualmente, além dos jogos do Campeonato Mineiro, a Arena do Jacaré recebe também os jogos do Campeonato Brasileiro.

Ver também editar

Referências

  1. a b c d «Sete Lagoas». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 9 de fevereiro de 2023 
  2. «Sete Lagoas». Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais. Consultado em 9 de agosto de 2021 
  3. «Almanak Laemmert : Administrativo, Mercantil e Industrial (RJ)». Consultado em 29 de setembro de 2022 
  4. Prefeito e vereadores de Sete Lagoas tomam posse Portal G1 - acessado em 2 de janeiro de 2021
  5. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019 
  6. «www.pnud.org.br/atlas/ranking/ranking-idhm-municipios-2010.aspxl». Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2013. Consultado em 13 de outubro de 2015 
  7. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2020». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2020. Consultado em 12 de dezembro de 2020 
  8. a b c d De Almeida Barbosa, Waldemar (1995). Dicionário Histórico-Geográfico de Minas Gerais. [S.l.: s.n.] 
  9. SeteLagoas.com.br. «História de Sete Lagoas». Consultado em 24 de outubro de 2023 
  10. a b «NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DO BRASIL». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 26 de maio de 2018 
  11. a b «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura mínima (°C) - Sete Lagoas». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 27 de agosto de 2014 
  12. a b «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura máxima (°C) - Sete Lagoas». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 27 de agosto de 2014 
  13. «BDMEP - série histórica - dados diários - precipitação (mm) - Sete Lagoas». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 27 de agosto de 2014 
  14. «BDMEP - série histórica - dados mensais - precipitação total (mm) - Sete Lagoas». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 27 de agosto de 2014 
  15. Sete Lagoas vira retrato da crise com fechamento de empresas e desemprego
  16. http://www.shoppingsetelagoas.com.br/
  17. a b Cidades@ - IBGE (2022). «Frota 2022». Consultado em 3 de abril de 2024 
  18. «Sete Lagoas -- Estações Ferroviárias do Estado de Minas Gerais». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 8 de agosto de 2020 
  19. «Trem do Sertão completou 20 anos da última viagem». https://gazetanortemineira.com.br/ (em inglês). Consultado em 8 de agosto de 2020 
  20. «O último Trem do Sertão | 18 de Dezembro de 1992 - RFFSA - Rede Ferroviária Federal». vfco.brazilia.jor.br. Consultado em 8 de agosto de 2020 
  21. «Lista de aeródromos civis cadastrados». Consultado em 3 de abril de 2024 
  22. Deputados aprovaram projeto que denomina a BR-040, que liga Brasília a Belo Horizonte e ao Rio de Janeiro (RJ), como Rodovia Presidente Juscelino Kubitschek
  23. «Sete Lagoas-nova -- Estações Ferroviárias do Estado de Minas Gerais». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 8 de agosto de 2020 
  24. «Silva Xavier -- Estações Ferroviárias do Estado de Minas Gerais». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 8 de agosto de 2020 
  25. «Listagem dos Circuitos Turísticos» (PDF). Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais. p. 11. Consultado em 24 de fevereiro de 2013. Arquivado do original (PDF) em 12 de maio de 2013 

Ligações externas editar

 
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