Silbanaco (em latim: Silbannacus), cujo primeiro nome abreviado era Mar.,[1] é uma figura misteriosa que, acredita-se, tenha sido um usurpador durante o reinado de Filipe, o Árabe (r. 244-249) ou entre a queda de Emiliano e a ascensão de Valeriano (253).

Silbanaco
Usurpador do Império Romano
Silbanaco
Antoniniano de Silbanaco.
Reinado Em algum momento entre 244 e 249 (ou 253)
Antecessor(a) Filipe, o Árabe (ou Emiliano)
Sucessor(a) Filipe, o Árabe (ou Valeriano)
Morte Em algum momento entre 244 e 249 (ou 253)

História editar

Silbanaco é conhecido por uma única moeda, um antoniniano supostamente encontrado em Lorraine e que está atualmente no Museu Britânico. Esta moeda traz no anverso o retrato do usurpador com a legenda IMP MAR SILBANNACVS AVG ("Imperador Mar. Silbanaco Augusto"). O reverso mostra Mercúrio segurando Vitória e um caduceu, com a inscrição VICTORIA AVG como legenda. O nome Silbannacus é de origem celta por conta do sufixo "-acus". Dado o local onde a moeda foi encontrada, é possível que ele tenha sido um comandante na Germânia Superior. Como ela foi datada no período de Filipe, o Árabe,[2] é possível que ele tenha se revoltado contra Filipe e que seu movimento tenha acabado no reinado de Décio, pois Eutrópio (ix.4) relata uma bellum civile ("guerra civil") sendo suprimida na Gália nesta época.[3]

O estudo sobre um segundo antoniniano foi publicado em 1996 e esta moeda trazia uma legenda mais curta (MARTI PROPVGT - "À Marte, o defensor"). Pelo estilo, a moeda foi cunhada em Roma e, como estas legendas encurtadas aparecem também nas moedas de Emiliano de 253, Silbanaco pode ter conseguido se sobressair durante a marcha de Valeriano para tomar Roma. Uma interpretação destes fatos leva-nos a crer que Silbanaco seria um oficial que fora deixado como guarnição de Roma quando Emiliano partiu para enfrentar Valeriano. Depois da derrota e assassinato de Emiliano, em setembro de 253, Silbanaco teria tentado a sorte com o apoio das tropas estacionadas em Roma, mas acabou sendo rapidamente eliminado pelas forças fieis a Valeriano e seu filho, Galiano.[4]

Referências

  1. Entre as resoluções possíveis para o mistério estão Marino (Marinus) (Körner, Philippus Arabs, p. 386), Mário (Marius) ou Márcio (Marcius) (Estiot, L'empereur Silbannacus, p. 108).
  2. Roman Imperial Coinage 4.3, pp. 66 and 105 n. A. S. Robertson, Roman Imperial Coins in the Hunter Coin Cabinet. University of Glasgow, Vol. 3: "Pertinax to Aemilian", Oxford/ London/ Glasgow/ New York 1977, pp. Xf. XX, Anm. 2. XCV.
  3. F. Hartmann, Herrscherwechsel und Reichskrise. Untersuchungen zu den Ursachen und Konsequenzen der Herrscherwechsel im Imperium Romanum der Soldatenkaiserzeit (3. Jahrhundert n. Chr.), Frankfurt a. M./ Bern 1982 (Europäische Hochschulschriften, Ser. III, Vol. 149), pp. 63. 82. 94, n. 1.
  4. Estiot.

Bibliografia editar

Ligações externas editar