Sinope (satélite)

 Nota: Para outros significados de outras acepções, veja Sinope.

Sinope é um satélite irregular retrógrado de Júpiter. Foi descoberto por Seth Barnes Nicholson no Observatório Lick em 21 de julho de 1914,[4] e foi nomeado a partir de Sinope, da mitologia grega.

Sinope
Satélite Júpiter IX
Características orbitais[1]
Semieixo maior 23 540 000 km
Periastro 18 237 600 km
Apoastro 30 191 200 km
Excentricidade 0,25
Período orbital 724,1 dias (1,95 anos)
Velocidade orbital média 2,252 km/s
Inclinação Com a eclíptica: 128,11°
Com o equador de Júpiter: 153,12 °
Características físicas
Diâmetro equatorial ~38[2][3] km
Área da superfície ~4 500 km²
Volume ~28 700 km³
Massa 7,5×1016 kg
Densidade média 2,6[2] g/cm³
Gravidade equatorial 0,014 m/s²
0,001 g
Período de rotação ?
Velocidade de escape ~0,023 km/s
Albedo 0,04 (assumido)[2][3]
Temperatura média: -149 ºC
Composição da atmosfera
Pressão atmosférica ?

Sinope recebeu esse nome em 1975;[5][6] antes disso, era simplesmente conhecido como Jupiter IX, embora foi também chamado de "Hades" entre 1955 e 1975.[7]

Órbita editar

 
Grupo Pasife.

Sinope orbita Júpiter em uma órbita retrógrada altamente excêntrica e inclinada. Seus parâmetros orbitais estão continuamente mudando devido a perturbações solares e planetárias. Acredita-se que Sinope pertence ao grupo Pasife,[3] embora devido à sua inclinação média e cor diferente, pode também ser um objeto independente, capturado independentemente, não relacionado à colisão e quebra na origem do grupo.[8]

Sinope também é conhecido por estar em uma ressonância secular com Júpiter, similar a Pasife. No entanto, Sinope pode escapar dessa ressonância e tem comportamentos tanto ressonantes como não ressonantes em escalas de tempo de 107 anos.[9]

Características físicas editar

Sinope tem um diâmetro estimado de 38 km (assumindo um albedo de 0,04).[3] Ele é avermelhado (índices de cor B-V=0,84, R-V=0,46),[8] ao contrário de Pasife que é cinza.

O espectro infravermelho de Sinope é similar ao de asteroides tipo D, também diferente de Pasife.[10] Essa diferença dos parâmetros físicos sugere uma origem diferente dos membros nucleares do grupo.

Referências

  1. Jacobson, R. A. (2000). «The Orbits of the Outer Jovian Satellites». Astronomical Journal. 120: 2679–2686. doi:10.1086/316817 
  2. a b c «Planetary Satellite Physical Parameters». JPL (Solar System Dynamics). 24 de outubro de 2008. Consultado em 12 de dezembro de 2008 
  3. a b c d Sheppard, S. S.; and Jewitt, D. C.; An Abundant Population of Small Irregular Satellites Around Jupiter, Nature, Vol. 423 (maio de 2003), pp. 261-263
  4. Nicholson, S. B. (1914). «Discovery of the Ninth Satellite of Jupiter». Publications of the Astronomical Society of the Pacific. 26: 197–198. doi:10.1086/122336 
  5. Nicholson, S. B. (abril de 1939). «The Satellites of Jupiter». Publications of the Astronomical Society of the Pacific. 51 (300): 85–94. doi:10.1086/125010  (in which he declines to name the recently discovered satellites (pp. 93–94))
  6. IAUC 2846: Satellites of Jupiter outubro de 1974 (nomeando a lua)
  7. Payne-Gaposchkin, Cecilia; Katherine Haramundanis (1970). Introduction to Astronomy. Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall. ISBN 0-134-78107-4 
  8. a b Grav, T.; Holman, M. J.; Gladman, B. J.; and Aksnes, K.; Photometric Survey of the Irregular Satellites, Icarus, Vol. 166 (2003), pp. 33-45
  9. Nesvorný, D.; Beaugé, C.; and Dones, L. (2004). «Collisional Origin of Families of Irregular Satellites». The Astronomical Journal. 127: 1768–1783. doi:10.1086/382099 
  10. Grav, T.; and Holman, M. J. (2004). «Near-Infrared Photometry of the Irregular Satellites of Jupiter and Saturn». The Astrophysical Journal. 605: L141–L144. doi:10.1086/420881 
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