Um templo budista é um local destinado à prática religiosa budista, onde se reúnem as chamadas Três Joias nas quais os budistas procuram (a depender da escola) o Nirvana ou Bodhi: Buda, Darma e Sanga. A sua estrutura varia de região para região, fazendo dela parte não apenas o edifício em si, mas também o terreno envolvente. No centro encontra-se o santuário (uma estupa ou uma estátua de Buda, Budarupa). Os templos são frequentemente usados como mosteiros pelos monges budistas.[1]

Pagode chinês em Pequim.
Templo de Tōdai-ji em Nara, no Japão.

Termos e designações editar

A designação Ocidental de templo não representa a totalidade do conceito de templo Budista, que inclui não só os vários edifícios, como também os jardins no terreno envolvente. O termo pelo qual se designa o templo em si e cada um dos vários edifícios varia de acordo com a língua e com a tradição locais.

O conjunto em si pode ter várias designações. Por exemplo:

  • Em chinês: 寺 (), 寺院 (sìyuàn)
  • Em japonês: 寺 (tera) 寺院 (jiin)

Tradições locais editar

Regra geral, considera-se um templo monástico budista qualquer terreno, edifício ou instalação, independentemente do seu tamanho ou forma, que tenha recebido uma cerimónia de consagração de acordo com as regras dessa comunidade monástica.

Índia editar

O Viara é o espaço de reunião dos monges, no qual se encontram as celas. É aqui que se reúnem para recitar os sutras e para a realização de cerimónias. O centro da prática religiosa é o estupa (do sânscrito "acumular"), uma construção destinada a receber as relíquias ou cinzas dos mortos e usada como local de oração, à volta da qual se constroem os restantes espaços monásticos na Índia. É neste local que são construídos os chaitya.

Foi a partir dos estupas indianos que se desenvolveram uma série de variações locais nos templos na Ásia central e no extremo e sudeste asiáticos, nas quais se incluem os pagodes chineses, os chorten tibetanos, os paya birmaneses e os chedi tailandeses.

Sudeste asiático editar

Os wat, espaços monásticos presentes no sudeste asiático, incluem, normalmente, um terreno de grandes dimensões e, frequentemente, uma ou mais estupas.

Extremo oriente editar

Os mosteiros do Extremo Oriente são bastante diferentes dos Indianos. O santuário central é o pagode, à volta do qual existe um salão profusamente decorado no qual estão presentes inúmeras estátuas do Buda. Os restantes edifícios principais estão rodeados por um pátio normalmente rectangular adjacente. Desde a introdução do Budismo no Japão, no século VI, o centro do templo foi deixando de ser o pagode para passar a ser o átrio principal, no qual se conserva a relíquia principal, normalmente uma estátua.

Bibliografia editar

  • Daitô-shuppansha: Japanese-English Buddhist Dictionary. Tóquio: Daitô-shuppansha 1984.
  • Heinrich Gerhard Franz: Von Gandhara bis Pagan: Kultbauten des Buddhismus und Hinduismus in Süd- u. Zentralasien. Graz: Akademische Druck- u. Verl.-Anst. 1979.
  • Dietrich Seckel: Kunst des Buddhismus. Werden, Wanderung und Wandlung. Baden-Baden: Holle 1962.
  • Dietrich Seckel: Buddhistische Tempelnamen in Japan. MOS 37. Stuttgart: Steiner 1985.
  • Gabriele Seitz: Die Bildsprache des Buddhismus. Düsseldorf: Patmos 2006.
  • Mortimer Wheeler (Hrsg.): Prachtbauten des Ostens: Tempel, Grabstätten und Festungen Asiens. Frankfurt [Main]: Ariel 1968.

Referências

  1. Dietrich Seckel: Buddhistische Tempelnamen in Japan. MOS 37. Stuttgart: Steiner 1985, S. 20.