Tito Quíncio Peno Capitolino Crispino (cônsul em 208 a.C.)

 Nota: Para o cônsul em 354 a.C., veja Tito Quíncio Peno Capitolino Crispino.

Tito Quíncio Peno Capitolino Crispino (m. 208 a.C.; em latim: Titus Quinctius Pennus Capitolinus Crispinus) foi um político da gente Quíncia da República Romana eleito cônsul em 208 a.C. com Marco Cláudio Marcelo.

Tito Quíncio Peno Capitolino Crispino
Cônsul da República Romana
Consulado 208 a.C.[1]
Morte 208 a.C.[1]
  Salápia

Segunda Guerra Púnica editar

 Ver artigo principal: Segunda Guerra Púnica

Primeiros anos editar

Em 213 a.C., Marco Cláudio Marcelo seguiu para Siracusa e cercou-a. No mesmo ano, deu permissão a Ápio Cláudio Pulcro permissão para voltar a Roma para se candidatar ao consulado e, no seu lugar, no comando da frota, colocou Tito Quíncio Crispino.[2] No ano seguinte, foi desafiado para um duelo por Bádio Campânio durante o cerco de Cápua e os dois exércitos foram perfilados. O campânio foi primeiro perfurado por sua lança e acabou morto quando tentava refugiar-se entre os seus. Por esta vitória, foi levado até os cônsules, Quinto Fúlvio Flaco e Ápio Cláudio Pulcro, que elogiaram seu desempenho e o encheram de recompensas.[3]

Como legado de Marco Cláudio Marcelo, repele o ataque do general siracusano Hipócrates, genro de Hierão II de Siracusa, que tentava libertar a cidade.[4] Em 209 a.C., foi nomeado pretor[5] com a missão de defender Cápua, recém-conquistada[6] com o exército que antes estava sob o comando de Quinto Fúlvio Flaco, uma legião e uma ala de sócios.[7]

Consulado (208 a.C.) editar

Em 208 a.C., Tito foi eleito cônsul juntamente com Marco Cláudio Marcelo, cônsul pela quinta vez.[8] Os dois cônsules assumiram o comando do exército em Venúsia e, durante uma missão de reconhecimento com Crispino com um pequeno grupo de 220 cavaleiros, os romanos foram emboscados e quase completamente destruídos por um grupo cartaginês muito maior, composto principalmente por cavaleiros númidas.[9][10] Marcelo foi empalado por uma lança e morreu no local;[10] Crispino, apesar de ferido, conseguiu chegar a Salápia e evitou que a cidade fosse conquistada por Aníbal, mas morreu por causa dos ferimentos alguns dias depois de nomear Tito Mânlio Torquato ditador.[11][1]

Ver também editar

Cônsul da República Romana
 
Precedido por:
Fábio Máximo V

com Quinto Fúlvio Flaco IV

Marco Cláudio Marcelo V
208 a.C.

com Tito Quíncio Peno Capitolino Crispino

Sucedido por:
Caio Cláudio Nero

com Marco Lívio Salinador


Referências

  1. a b c Scullard 1992, vol. I, p. 282.
  2. Lívio, Ab Urbe Condita XXIV, 39.11-12.
  3. Lívio, Ab Urbe Condita XXV, 18.10-15.
  4. Lívio, Ab Urbe Condita XXV, 26.4-5.
  5. Lívio, Ab Urbe Condita XXVII, 6.12.
  6. Lívio, Ab Urbe Condita XXVII, 7.8.
  7. Lívio, Ab Urbe Condita XXVII, 7.11.
  8. Plutarco, Marcello 25-27
  9. Plutarco, Marcello 28-30.
  10. a b Smith
  11. Lívio, Ab Urbe Condita XXVII, 21-23; 25-28}}

Bibliografia editar