Tomás de Frignano

Tomás de Frignano, O.F.M. (1305 - 19 de novembro de 1381) foi um cardeal italiano, Deão do Sagrado Colégio dos Cardeais.

Tomás de Frignano
Cardeal da Santa Igreja Romana
Deão do Sagrado Colégio dos Cardeais
Info/Prelado da Igreja Católica
Atividade eclesiástica
Ordem Ordem dos Frades Menores
Diocese Diocese de Roma
Serviço pastoral Deão do Sagrado Colégio dos Cardeais
Nomeação dezembro de 1378
Predecessor Angelic de Grimoard
Sucessor Francesco Moricotti
Mandato 1378-1381
Ordenação e nomeação
Ordenação episcopal 1372
Nomeado Patriarca 19 de julho de 1372
Cardinalato
Criação 18 de setembro de 1378
por Papa Urbano VI
Ordem Cardeal-presbítero (1378-1381)
Cardeal-bispo (1378-1381)
Título Santos Nereu e Aquileu (1378-1381)
Frascati (1378-1381)
Brasão
Dados pessoais
Nascimento Módena
1305[1]
Morte Roma
19 de novembro de 1381 (76 anos)
Nacionalidade modenês
Funções exercidas -Ministro-geral da Ordem dos Frades Menores (1367-1372)
- Patriarca de Grado (1372-1381)
Sepultado Santa Maria in Aracoeli
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Biografia editar

De uma família notável, originária da região de Frignano e, posteriormente, estabelecida em Módena, era filho de Cesare di Ottavio. Dois de seus irmãos, Conversino e Bonatto, eram médicos, o primeiro em Buda, na Hungria, como médico pessoal do rei Luís I, e o segundo foi por muito tempo médico em Bolonha.[1]

Entrou na Ordem dos Frades Menores, em Módena, numa idade muito jovem. Magister em teologia, tornou-se um orador distinto.[1] Em 1349, ele estava entre os eleitores do ministro provincial de Bolonha. Depositário do convento de Ferrara. Lector de teologia no convento de Bolonha. Eleito provincial da província de Bolonha em 1352, ocupou o cargo até 1360, celebrando um capítulo provincial em Ímola em 25 de outubro de 1359. Em 1364, ele foi um dos fundadores da Faculdade de Teologia da Universidade de Bolonha, sucessivamente, foi um de seus professores. Eleito Superior Geral da sua ordem (vencendo Tommaso Racani, o candidato recomendado pelo cardeal Nicolas de Besse, protetor da ordem) no capítulo geral celebrado em Assis, no dia 6 de junho de 1367, pouco depois, ele foi deposto por causa de falsas acusações por seus adversários contra a pureza de sua fé; considerado inocente por uma comissão nomeada pelo Papa Urbano V, ele foi restaurado ao seu cargo no início de 1370 em uma cerimônia solene celebrada na antiga basílica de São Pedro, em Roma, em 2 de junho de 1379. No capítulo realizado em Nápoles ele recebeu novamente o posto de Superior.[1]

Patriarca eleito de Grado em 19 de julho de 1372, foi consagrado nesse mesmo ano.[2] Papa Gregório XI confiou a embaixada para Gênova para concluir um tratado de paz entre Chipre e Gênova, mas a missão falhou. Em 8 de outubro de 1372, ele foi enviado, como legado, a Gênova para aplacar o conflito entre o doge e a nobreza, dessa vez sua missão foi bem sucedida. Ele foi como legado, ante o rei Luís I da Hungria, ante os duques da Áustria, Alberto III e Leopoldo III, e ante a República de Veneza para formar a base de uma paz entre Veneza e Francesco de Carrara de Pádua. Em 1373, sua atividade diplomática foi dedicada à formação de uma liga italiana contra Barnabé Visconti, signore di Milan.[1]

Foi criado cardeal-presbítero no consistório de 18 de setembro de 1378, recebendo o título de Santos Nereu e Aquileu.[1] Quando o frei Leonardo Rossi da Giffoni, Superior geral de sua ordem, juntou-se à obediência de antipapa Clemente VII, governou a ordem como vigário-geral até a eleição de um novo Superior geral. Em 1378, o Papa Urbano VI nomeou-o Visitador Apostólico da Ordem dos Camaldulenses. Em 1374, o Papa Gregório XI havia autorizado que ele visitasse seus conventos em seu patriarcado. Passa para a ordem dos cardeais-bispos e recebe a sé suburbicária de Frascati, no final de 1378, provavelmente mantendo a administração de seu título presbiterial.[1]

Ele pode ter se tornado decano do Colégio dos Cardeais, em dezembro de 1378, após a deposição de Angelic de Grimoard, que passou para a obediência avinhonesa. Ele era membro da Inquisição. Ele foi um dos cardeais encarregados pelo Papa Urbano VI em 1379 com o início do processo de canonização de Santa Brígida da Suécia; ela foi canonizada pelo Papa Bonifácio IX. Ele foi comemorado em uma carta de Francesco Petrarca, seu amigo, para o papa.[1]

Morreu em 19 de novembro de 1381, no convento franciscano de Santa Maria in Aracoeli, Roma. Foi enterrado em frente ao altar da Virgem Maria, na igreja de Santa Maria in Aracoeli. Hoje, o monumento fúnebre desapareceu, mas no século XVIII, algumas de suas inscrições ainda podiam ser lidas.[1].

Bibliografia editar

Referências

  1. a b c d e f g h i The Cardinals of the Holy Roman Church
  2. GCatholic.org

Ligações externas editar

Precedido por
Marcos de Viterbo
 
Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores

13671372
Sucedido por
Leonardo Rossi
Precedido por
Francesco Querini
 
Patriarca de Grado

13721381
Sucedido por
Urbano de Frignano
Precedido por
Jean de Cros
 
Cardeal-padre de Santos Nereu e Aquileu

13781381
Sucedido por
Pierre de Cros, O.S.B.
Precedido por
Gilles Aycelin de Montaigut
 
Cardeal-bispo de Frascati

13781381
Sucedido por
Jean de La Grange
Precedido por
Angelic de Grimoard
 
Deão do Sacro Colégio dos Cardeais
Obediência romana

13781381
Sucedido por
Francesco Moricotti