Vespidae é uma grande e diversificada família de vespas, com cerca de 5000 espécies, que inclui quase todas as vespas eussociais e muitas das vespas com hábitos solitários. No Brasil, são também chamados de marimbondos, maribondos ou cabas.[1] Cada colónia de vespas inclui uma rainha e um determinada quantidade de fêmeas obreiras com diversos graus de esterilidade em relação à rainha. Em espécies de regiões temperadas, as colónias têm uma existência de um ano, perecendo no início do Inverno. Novas rainhas e machos são produzidos no fim de verão, e depois do acasalamento, a rainha entra em hibernação em locais abrigados. Os ninhos da maioria das espécies são construídos com lama, embora por vezes sejam utilizadas fibras vegetais mastigadas sob forma semelhante ao papel. Muitas espécies contribuem para a polinização de muitas espécies de plantas, tanto potencialmente como efetivamente, sendo comprovadamente vetores de pólen.[2]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaVespidae
Rainha da espécie Vespula squamosa
Rainha da espécie Vespula squamosa
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hymenoptera
Subordem: Apocrita
Superfamília: Vespoidea
Família: Vespidae
Subfamílias
Eumeninae

Euparagiinae
Masarinae
Polistinae
Stenogastrinae
Vespinae

Etimologia editar

"Marimbondo" e "maribondo" vêm do quimbundo marimbondo, que significa "vespas".[1] "Caba" vem do tupi kawa.[3]

Subfamílias editar

As subfamílias Polistinae e Vespinae são compostas unicamente por espécies eussociais, enquanto que as famílias Eumeninae, Euparagiinae e Masarinae apenas possuem espécies solitárias. A família Stenogastrinae apresenta os dois tipos de comportamento.

Os membros das famílias Polistinae e Vespinae, em vez de consumirem as presas directamente, mastigam-nas e são depois dadas como alimento às larvas que posteriormente produzem um líquido de aparência límpida (com alto teor em aminoácidos) que serve de alimentos aos adultos. A exacta composição deste líquido varia de espécie para espécie, mas parece contribuir de maneira significativa para a nutrição dos adultos.[4]

Referências

  1. a b FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 093
  2. Sühs, R.B.; Somavilla, A.; Putzke, J.; Köhler, A. 2009. Pollen vector wasps (Hymenoptera, Vespidae) of Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae), Santa Cruz do Sul, RS, Brazil. Brazilian Journal of Biosciences 7, n. 2, p. 138-143. Link: http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/view/1123
  3. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.299
  4. Hunt, J. H., I. Baker, and H. G. Baker. 1982. Similarity of amino acids in nectar and larval saliva: the nutritional basis for trophallaxis in social wasps. Evolution 36: 1318-1322

Ligações externas editar

  Este artigo sobre insetos, integrado no Projeto Artrópodes é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.