Nota: Para outras acepções, veja Vesta (desambiguação).

Vesta (em grego: βέστης; romaniz.:véstēs; vestai) foi um título cortesão bizantino usado nos séculos X e XI. O termo está ligado etimologicamente a vestiário, o guarda-roupa imperial, mas, apesar de tentativas anteriores de ligar o chefe dos vestas, o vestarca,[1] com os oficiais do vestiário, a relação parece não existir.[2][3]

Histameno do imperador Isaac I Comneno (r. 1057–1059)
Histameno de Nicéforo III Botaniates (r. 1078–1081)

O título foi atestado pela primeira vez durante o reinado do imperador João I Tzimisces (r. 969–976), quando foi ostentado por Nicéforo Focas, filho do curopalata Leão Focas, o Jovem. O título permaneceu elevado na hierarquia bizantina imperial durante a maior parte do século XI, sendo muitas vezes combinado com o título de magistro e concedido a generais proeminentes, entre eles Isaac I Comneno (r. 1057–1059) quando era estratopedarca do Oriente, Leão Tornício e Nicéforo III Botaniates (r. 1078–1081) durante seu mandato como duque de Edessa e Antioquia.[4]

O Escorial Taktikon, uma lista de cargos e títulos judiciais, distingue entre vestas barbudos (barbatoi vestai), que também detinha os títulos de patrício ou magistro, e vestas eunucos (ektomiai vestai), que detinha o título de prepósito.[3] Tal como aconteceu com outros títulos, o prestígio do vesta declinou no final do século XI, quando é atestado como sendo ostentado por oficiais de escalão mais baixo. Para contrariar esta desvalorização, o título superior de protovesta (em grego: πρωτοβέστης; romaniz.:prōtovestēs; lit. "primeiro vesta") apareceu ao mesmo tempo. Ambos os títulos, no entanto, não parecem ter sobrevivido ao reinado do imperador Aleixo I Comneno (r. 1081–1118).[3]

Referências

  1. Oikonomides 1972, p. 294; 299.
  2. Bréhier 2000, p. 81; 111.
  3. a b c Kazhdan 1991, p. 2162.
  4. McGeer 2005, p. 24.
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Vestes», especificamente desta versão.

Bibliografia editar

  • Bréhier, Louis (2000). Les Institutions de l'Empire Byzantin. Paris: Albin Michel. ISBN 978-2-226-04722-9 
  • McGeer, Eric; John W. Nesbitt; Nicolas Oikonomides (2005). Catalogue of Byzantine Seals at Dumbarton Oaks and in the Fogg Museum of Art. Volume 5: The East (continued), Constantinople and Environs, Unknown Locations, Addenda, Uncertain Readings. Washington: Dumbarton Oaks Research Library and Collection. ISBN 978-0-88402-309-8 
  • Oikonomides, Nicolas (1972). Les Listes de Préséance Byzantines des IXe et Xe Siècles. Paris: Editions du Centre National de la Recherche Scientifique