William Moulton Marston

William Moulton Marston (Lynn, Massachusetts, 9 de Maio de 1893Yonkers, Nova York, 2 de Maio de 1947), foi um psicólogo, teórico, inventor, e escritor de livros e roteirista de quadrinhos norte-americano. Criador do Teste de Pressão Arterial Sistólica, utilizado no detector de mentiras, considerado "Pai da teoria DISC", sendo autor do livro As Emoções das Pessoas Normais[1], é popularmente conhecido pela criação da personagem Mulher Maravilha, sob pseudônimo de Charles Moulton.

William Moulton Marston
William Moulton Marston
Marston em 1916
Nome completo William Moulton Marston
Pseudônimo(s) Charles Moulton
Conhecido(a) por criador da Mulher-Maravilha
criador do primeiro protótipo do polígrafo
criador do teste de pressão arterial sistólica
Nascimento 9 de maio de 1893
Lynn, Massachusetts, Estados Unidos
Morte 2 de maio de 1947 (53 anos)
Yonkers, Nova York, Estados Unidos
Nacionalidade norte-americano
Cônjuge Elizabeth Holloway Marston (casados em 1926)
Olive Byrne (nunca casados oficialmente)
Alma mater Universidade de Harvard
Instituições American University
Universidade Tufts
Campo(s) roteirista deHQs
psicólogo
inventor

Descrito como um amante das mulheres, viveu em relacionamento polígamo. Sua esposa, a advogada e psicologa Sarah Elizabeth Holloway Marston e sua parceira, Olive Byrne serviram para inspirar e influenciar a personagem, que teve desenvolvimento com a ajuda da amante, a bibliotecária, Marjorie Wilkes Huntley. Do relacionamento poligâmico vieram os seus 4 filhos. Após a morte de William, ambas continuaram juntas até o falecimento de Olive em 1985 com 81 anos. Elizabeth viveu até 100 anos, de 1893 a 1993.

Criação de Mulher Maravilha editar

Em entrevista datada de 25 de outubro de 1940, conduzida pela sua aluna Olive Byrne (sob o pseudônimo de "Richard Olive") e publicado pela Family Circle com o título de "Don't Laugh at the Comics", William Moulton Marston descrevia o que viu como o potencial educacional das histórias em quadrinhos (um artigo deu sequência a entrevista e foi publicado dois anos mais tarde em 1942). Este artigo chamou a atenção de Max Gaines, que empregou Marston como consultor educacional da National Periodical Publications e All-American Publications, duas das companhias que se fundiriam para dar forma a futura DC Comics. Foi nesta época que Marston decidiu criar um novo super-herói.

No início dos anos 1940, a DC Comics era dominada pelos personagens masculinos com superpoderes tais como Lanterna Verde, Batman, e o principal deles, Superman. Atribui-se à esposa de Marston, Elizabeth Holloway Marston, a ideia de se criar uma super-heroína:

Marston apresentou a ideia a Max Gaines, co-fundador (junto com Jack Liebowitz) de All-American Publications. Marston desenvolveu a Mulher-Maravilha junto com Elizabeth. Para criar a Mulher-Maravilha, Marston foi inspirado também por Olive Charles Byrne, uma mulher que viveu com ele em situação de poligamia. Para escrever as aventuras em quadrinhos da nova super-heroína, Marston usou o pseudônimo de Charles Moulton, combinando seu nome do meio com o de Olive.

Como o criador de um instrumento de medição crucial para o desenvolvimento do polígrafo, Marston concluiu por suas experiências de que as mulheres eram mais honestas e confiáveis do que os homens. E pôde trabalhar com seu personagem mais eficientemente.

Daí, "a Mulher-Maravilha é a propaganda psicológica para o novo tipo de mulher que deve governar o mundo", Marston escreveu. Embora Gloria Steinem tivesse colocado a Mulher-Maravilha na primeira capa autônoma de Ms em 1972, Marston, escrevendo bem antes, projetou a Mulher-Maravilha como representante de um modelo particular do poder feminino. O Feminismo discute que as mulheres são iguais aos homens e devem ser tratadas como elas são. Na mente de Marston, mulheres possuem o potencial não somente de serem tão boas quanto homens: podiam ser superiores a eles.

Referências

  1. «O Pai do DISC». Tudo sobre o DISC em um só lugar. Consultado em 22 de junho de 2019