Wlamir Marques (São Vicente, 16 de julho de 1937) é um ex-jogador de basquetebol brasileiro. Fez parte da geração de ouro do basquete nacional bicampeã mundial em 1959 em Santiago, no Chile, e em 1963 no Rio de Janeiro.

Wlamir Marques

Wlamir Marques
Informações pessoais
Apelido Diabo Loiro
Modalidade Basquetebol (Ala)
Nascimento 16 de julho de 1937 (86 anos)
São Vicente, São Paulo
Nacionalidade Brasil Brasil
Compleição Altura: 1,85 m
Clube 1953-1954 São Paulo C.R. Tumiaru
1955-1961 São Paulo XV de Novembro
1962-1972 São Paulo Corinthians
1973 0000 São Paulo T.C. Campinas
Medalhas
Jogos Olímpicos
Bronze Roma 1960 Equipe
Bronze Tóquio 1964 Equipe
Campeonatos Mundiais
Prata Brasil 1954 Equipe
Ouro Chile 1959 Equipe
Ouro Brasil 1963 Equipe
Prata Iugoslávia 1970 Equipe
Jogos Pan-Americanos
Prata São Paulo 1963 Equipe
Bronze Cidade do México 1955 Equipe
Bronze Buenos Aires 1959 Equipe

Nos dias atuais, divide-se nas funções de professor de Educação Física e cronista e comentarista da ESPN Brasil, canal de TV fechada. Ganhou o título de Cidadão Emérito de São Vicente, sua cidade natal. Foi premiado com o Cruz do Mérito Esportivo (1953), Troféu Heims de Melhor Atleta da América do Sul (1961) e a Medalha do Mérito Esportivo. A edição brasileira da Revista ESPN apontou Wlamir Marques como 9º maior atleta brasileiro de todos os tempos, em uma lista de 50 nomes publicada em novembro de 2010.[1]

Carreira editar

Em clubes editar

Aos dez anos de idade, Wlamir Marques já jogava pelo Tumiaru, time de sua cidade natal, São Vicente. No ano seguinte em 1953, Wlamir passou a jogar pelo XV de Piracicaba, onde aprimorou o seu jogo, até que, aos 25 anos foi contratado pelo Corinthians em 1962.

Foi dez vezes campeão do Campeonato Paulista de Basquete: em 1957 e 1960 com o XV de Piracicaba e 1964-1971 com o Corinthians. Além disso, com a seleção de Piracicaba ganhou seis vezes os Jogos Abertos do Interior.

Depois de se transferir do Tênis Clube de Campinas para o Palmeiras na década de 70, optou pela carreira de técnico.

Carreira pela seleção editar

É considerado um dos maiores jogadores de basquete da história do Brasil, juntamente com ídolos como Amaury Pasos, Algodão, Rosa Branca e Ubiratan liderou a geração mais vitoriosa do basquete brasileiro durante as décadas de 50 e 60, quando a seleção foi bicampeã mundial. Ganhou dois apelidos logo no começo de sua carreira: Disco Voador e Diabo Loiro, o mais famoso[2].

É multimedalhista: possui quatro medalhas dos mundiais de basquete, sendo duas de ouro e duas de prata, além de dois bronzes olímpicos, um nos Jogos de Roma-1960 e outro nos Jogos de Tóquio-1964. Além dele, Kresimir Cosic, outro multimedalhista em Campeonatos Mundiais de Basquete da FIBA, possui dois ouros e 2 medalhas de pratas.

Em âmbito continental, medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de 1963 e medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 1955 e Jogos Pan-Americanos de 1959.

Possui quatro medalhas de ouro do Campeonato Sul-Americano de Basquetebol Masculino. É o jogador de melhor eficiência em títulos de Copa do Mundo, com dois títulos e dois vices.[3]

Títulos editar

Esporte Clube XV de Novembro

Sport Club Corinthians Paulista

Seleção Brasileira

Como técnico editar

Começou em Limeira, prosseguindo tanto no masculino (Jundiaí, Corinthians, Tênis Clube de Campinas, Palmeiras, Hebraica, Cerquilho, e Telesp Clube Pinheiros), quanto no feminino (Corinthians, XV de Piracicaba e São Caetano).

Ganhou três vezes o Campeonato Paulista Feminino de Basquete e uma vez o Campeonato Paulista Masculino de Basquete. Já participou de Jogos Abertos do Interior de ambos os sexos, chegando em terceiro lugar duas vezes. Ele ganhou três Jogos Regionais e dois Campeonato Paulista Mirim.

Como comentarista editar

Em 1982 foi comentarista da Rede Globo durante o Campeonato Paulista de Basquete, que era exibido nas manhãs de domingo. A seguir, cobriu pela Rede Manchete quatro Jogos Olímpicos de Verão: Los Angeles-1984, Seul-1988, Barcelona-1992, e Atlanta-1996.[4] Atualmente é comentarista da ESPN Brasil

Hall da Fama da FIBA editar

Em 23/08/2023, em cerimônia nas Filipinas, Wlamir Marques entrou para o Hall da Fama da Federação Internacional de Basquetebol (FIBA). Por razões de saúde, não pode viajar para participar da cerimônia e foi representado pelo secretário-geral da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), Carlos Fontenelle e o presidente da federação catarinense, Fábio Deschamps. Wlamir enviou um vídeo de agradecimento.[5]

Busto no Corinthians editar

Em 09/11/2023, Wlamir Marques foi homenageado pelo Corinthians com a inauguração de seu busto no Parque São Jorge. Foi o primeiro jogador de basquete do clube a receber essa homenagem.[6]

Referências

  1. - Revista ESPN elege os 50 maiores atletas brasileiros da história
  2. Cabral, Deisiane Maria Moreira; Rafael Duarte Oliveira Venancio (1 de março de 2016). «O ethos de um ídolo do basquete brasileiro na biografia "Wlamir Marques: O Diabo Loiro"». Tabuleiro de Letras. 9 (2): 9–23. ISSN 2176-5782 
  3. Filardi, Eric (24 de agosto de 2023). «Basquete: brasileiro supera Stephen Curry na Copa do Mundo». www.esportelandia.com.br. Consultado em 24 de agosto de 2023 
  4. «26/02/2003 - Wlamir Marques». Consultado em 13 de setembro de 2010. Arquivado do original em 17 de junho de 2008 
  5. Ídolo do Timão, Wlamir Marques entra para o Hall da Fama do Basquete
  6. Wlamir Marques é homenageado pelo Corinthians e ganha busto no Parque São Jorge

Ligações externas editar

  Este artigo sobre basquetebol é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.