Estêvão José Barbosa de Moura

político brasileiro

Estêvão José Barbosa de Moura (Ceará-Mirim[nota 1], janeiro de 1810Macaíba, 16 de janeiro de 1891) foi latifundiário, militar e político brasileiro. Foi vice-presidente da província do Rio Grande do Norte, tendo assumido a presidência interinamente por três vezes, de 6 de julho a 4 de dezembro de 1841, de 31 de março a 31 de maio de 1842 e de 15 de novembro de 1842 a 7 de julho de 1843. Foi também coronel da Guarda Nacional (Brasil).[2]

Estêvão Moura
Presidente da Província do Rio Grande do Norte
Período 15 de novembro de 1842
a 7 de julho de 1843
Antecessor(a) Manuel de Assis Mascarenhas
Sucessor(a) André de Albuquerque Maranhão Júnior
Dados pessoais
Nome completo Estêvão José Barbosa de Moura
Nascimento janeiro de 1810
Brasil Ceará-Mirim, Rio Grande do Norte, Brasil
Morte 16 de janeiro de 1891 (81 anos)
Brasil Macaíba, Rio Grande do Norte, Brasil
Progenitores Mãe: Ana da Costa e Vasconcelos
Pai: Manuel Teixeira Barbosa
Esposa Maria Rosa do Rego Barros (1833 - 1853)
Generosa Antônia de Lima (1881 - 1891)
Religião Catolicismo

Biografia editar

Estêvão Moura nasceu no povoado de Pousa, da cidade potiguar de Taipu, numa família abastada. Seu pai, Manuel Teixeira Barbosa, foi o primeiro presidente da província do Rio Grande do Norte após a Independência do Brasil. Sua mãe era Ana da Costa e Vasconcelos, filha do do coronel de milícias Francisco da Costa e Vasconcelos e de Maria Rosa Teixeira de Melo.

Em 1838 assumiu como suplente a vaga de João Valentino Dantas Pinajé, escolhido presidente da província, na Assembleia Provincial. Dois anos depois, elegeu-se como deputado provincial titular e, como vice-presidente da província, assumiu na ausência do presidente Manuel de Assis Mascarenhas, entre julho e novembro de 1841. Durante sua estada no governo, assinou a lei provincial n.º 71, que criou o município de Maioridade, atual Martins, desmembrando-o de Portalegre. Assumiu o poder provincial novamente, ao fim do termo de Mascarenhas, de novembro de 1842 a julho de 1843, sendo sucedido por André de Albuquerque Maranhão Júnior.

Moura conseguiu reeleger-se deputado provincial continuamente até 1845, dedicando-se nos anos posteriores à administração de seu grande patrimônio, situado principalmente nos arredores de Rio Grande do Norte. Em Macaíba, que ainda era um povoado, em 1850, com recursos próprios, o coronel Moura construiu a primeira ponte sobre o rio Jundiaí e abriu a primeira estrada até Natal, via Mangabeira. A parte dessa estrada que passa dentro de Natal é hoje conhecida como Avenida Coronel Estêvão, uma de suas principais vias.

Casamento e descendência editar

Seguindo o costume das famílias ricas do campo, o casamento entre parentes com o intuito de preservar o patrimônio familiar, Estêvão desposou sua prima-irmã Maria Rosa do Rego Barros, filha de sua tia materna Maria Angélica da Conceição de Vasconcelos e do coronel de milícias Joaquim José do Rego Barros. A união foi oficializada em 3 de julho de 1833, com as bênçãos do padre Manuel Pinto de Castro, no Engenho Ferreiro Torto, domínio de seu sogro o qual herdou.

O casal teve oito filhos, dentre os quais:

Falecida Maria Rosa, em 11 de novembro de 1853, Estêvão Moura contraiu segundas núpcias com Generosa Antônia de Lima, em 4 de dezembro de 1881, em cerimônia celebrada no oratório particular da fazenda Barra, em Macaíba, onde o casal passou a residir.[4] A dita propriedade fora anteriormente dada como herança à filha Ana Joaquina quando esta se casou, em 1852. A fazenda, no entanto, foi retornada ao coronel Moura com a morte dela, em 1870. A esta altura de sua vida, Estêvão já não era mais o homem influente que fora, nem mais tão rico. Em janeiro de 1899, aderira ao Partido Republicano fundado por Pedro Velho de Albuquerque Maranhão.

Generosa e Estêvão tiveram um filho, nascido em 1890, apenas um ano antes de sua morte, aos 81 anos. Seu corpo foi sepultado originalmente no Cemitério de São Miguel e posteriormente transportado seus restos mortais para o jazigo da família Moura, na matriz de Nossa Senhora da Conceição da Macaíba. A viúva Generosa e seu filho permaneceram na fazenda Barra até 1895, quando a propriedade foi vendida.

Notas e referências

Notas

  1. A localidade de Taipu, onde algumas fontes afirmam ter nascido o biografado, ainda não existia naquela época, sendo um dos vários povoados subordinados ao município de Ceará-Mirim; o nome "Taipu" só viria em 1889 ao então distrito que se chamava "Picada" e se emanciparia em 1891.[1]

Referências

  1. «Taipu». IBGE Cidades. Consultado em 30 de julho de 2022 
  2. «Ferreiro Torto, casa hereditária da família Moura». 8 de julho de 2010. Consultado em 13 de novembro de 2014 
  3. «Perfis - Coronel Estêvão Moura». 14 de março de 2010. Consultado em 13 de novembro de 2014 
  4. «Solar Caxangá – Instituto Pró Memória de Macaíba». 16 de abril de 2012. Consultado em 13 de novembro de 2014 

Ligações externas editar


Precedido por
Manuel de Assis Mascarenhas
Presidente da província do Rio Grande do Norte
1841
Sucedido por
Manuel de Assis Mascarenhas
Precedido por
Manuel de Assis Mascarenhas
Presidente da província do Rio Grande do Norte
1842
Sucedido por
Manuel de Assis Mascarenhas
Precedido por
Manuel de Assis Mascarenhas
Presidente da província do Rio Grande do Norte
1842 — 1843
Sucedido por
André de Albuquerque Maranhão Júnior
  Este artigo sobre um político brasileiro é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.