Castro de Leceia

antigo povoado em Oeiras, Portugal

O Castro de Leceia, também designado por Povoado calcolítico de Leceia ou Estação Eneolítica de Leceia, é um antigo povoado habitado durante aproximadamente 1000 anos, entre o final do Neolítico e durante todo o Calcolítico, localizado em Leceia, Barcarena (Oeiras).[1]

Castro de Leceia
Castro de Leceia
Tipo
Website Página oficial
Património Nacional
Classificação Logotipo Imóvel de Interesse Público
Ano 1963
DGPC 74290
SIPA 2345
Geografia
País Portugal Portugal
Localidade Concelho de Oeiras
Coordenadas 38° 43' 41" N 9° 16' 54" O

Do povoado fazem parte as Grutas do Carrascal e o castro posteriormente construído, sendo uma das estações arqueológicas mais importantes de Portugal. Tem uma área construída que ocupa cerca de 10 000 m2, da qual se avista a Ribeira de Barcarena.[carece de fontes?]

Desde 1963 que está classificado como Imóvel de Interesse Público.[1]

Cronologia editar

Neolítico Final (3200-2800 a.C.) editar

Estabelecimento da população nas Grutas do Carrascal.

Calcolítico Inicial (2800-2600 a.C.) editar

Chegada de migrantes que trouxeram a Cultura Castreja, construção do Castro[2] e apogeu demográfico, chegado a ter entre 200 e 300 habitantes. Havia um apreciável desenvolvimento de uma economia agro-pastoril, embora fizessem recoleção de marisco na Ribeira de Barcarena (na altura um rio). A estrutura defensiva foi posteriormente reforçada, revelando um período de Instabilidade social.

Calcolítico Pleno (2600-2300 a.C.) editar

Apesar do declínio demográfico e da estrutura defensiva, o povoado atinge o máximo florescimento económico. Contemporâneos da Cultura Campaniforme e com uma economia Agro-pastoril muito bem sucedida.

O Castro de Leceia é abandonado com o início da Idade do Bronze.

Escavações e Descobertas editar

As escavações aqui realizadas revelado estruturas habitacionais e defensivas, assim como numerosos artefactos. Foi escavado em 1914 por Leite de Vasconcellos e presentemente continua objecto de escavações. Entre os artefactos encontrados destacam-se as pontas de seta, lâmina de foice, lâminas e raspadores executados em sílex, mós, machados, enxós, escopro, percutores, bem como anzóis de cobre. Levando a perceber que as principais actividades do povoado seriam a agricultura, a pesca e a produção têxtil. Mais tarde também a cerâmica e a metalúrgica.

Na Fábrica da Pólvora está exposta a maqueta deste povoado, assim como os objetos nele encontrados, explicando o dia a dia do Castro de Leceia, desde as suas estruturas habitacionais e organizacionais, aos seus cultos e ritos.

Bibliografia editar

  • Cardoso, João Luís. O Castro de Leceia. Oeiras, Câmara Municipal, 1982.
  • Cardoso, João Luís. «O povoado fortificado pré-histórico de Leceia (Oeiras)» (PDF). exemplo de desenvolvimento não sustentado na Estremadura do III miléno a.c. In O Archeologo Português. Lisboa, Museu Ethnographico Português. S. 4, vol. 16 (1998), p. 97-110. (Consultado em 14 de Março de 2010) 
  • Ribeiro, Carlos. Notícia da estação humana de Leceia. Nota bio-bibliográfica por G. Zbyszewski. Notas e comentários por João Luís Cardoso. Oeiras, Câmara Municipal, 1991.

Referências

  1. a b Ficha na base de dados SIPA
  2. Ribeiro, Aquilino 3.ª ed. Queluz: Câmara Municipal de Oeiras. 1993 
 
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Ligações externas editar


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