Estação Ferroviária da Moita
A Estação Ferroviária da Moita, igualmente conhecida como Moita do Ribatejo, é uma interface da Linha do Alentejo, que serve a localidade de Moita, no Distrito de Setúbal, em Portugal.
Moita | |||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Coordenadas: | |||||||||||
38° 38′ 41,57″ N, 8° 59′ 47,51″ O | |||||||||||
Concelho: | ![]() | ||||||||||
Linha(s): | Linha do Alentejo (PK 8,137) | ||||||||||
Serviços: | |||||||||||
| |||||||||||
Conexões: | 333 410 | ||||||||||
Equipamentos: | ![]() ![]() ![]() ![]() | ||||||||||
Website: |


DescriçãoEditar
ServiçosEditar
Esta estação é utilizada por serviços urbanos da Linha do Sado, assegurados pela operadora Comboios de Portugal.[1]
Vias e plataformasEditar
Em Janeiro de 2011, apresentava três vias de circulação, com 534 e 301 m de comprimento; as plataformas tinham todas 165 m de extensão, e 90 cm de altura.[2]
Localização e acessosEditar
Esta interface situa-se junto ao Largo da Estação, na localidade da Moita.[3][4]
HistóriaEditar
A estação da Moita situa-se no lanço da Linha do Alentejo entre o Barreiro e Bombel, que entrou ao serviço no dia 15 de Junho de 1857.[5]
Em 1913, a estação era servida por carreiras de diligências até às povoações da Moita, Aldeia Galega do Ribatejo, Samouco e Alcochete.[6]
Em 1933, a Comissão Administrativa do Fundo Especial aprovou a instalação de uma linha de saco nesta estação.[7] Em 1934, foram modificadas as vias, e a estação foi alvo de grandes obras de reparação[8], no âmbito de um programa de renovação das estações que a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses empreendeu após tomar conta dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste, em 1927.[9] Em 1939, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses construiu abrigos de cimento armado em várias estações e apeadeiros suburbanos na margem Sul do Tejo, incluindo na Moita.[10]
Num edital publicado no Diário do Governo n.º 31, III Série, de 7 de Fevereiro de 1955, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses anunciou que tinha pedido autorização para estabelecer uma carreira de autocarros entre Évora e a Estação do Barreiro, servindo várias localidades pelo percurso, incluindo Moita.[11]
Em 1968, existia um projecto para um caminho de ferro entre as margens Sul e Norte de Lisboa utilizando a ponte sobre o Tejo, estando previsto que a nova linha se estenderia até à Moita, com ligações à Siderurgia Nacional no Seixal e aos estaleiros da Lisnave.[12]
Em 13 de Outubro de 2008, entrou em consulta pública o estudo de impacte ambiental sobre a Terceira Travessia do Tejo, que correspondia ao lanço de Moscavide a Moita, da planeada ligação ferroviária de alta velocidade.[13] Na Moita, a via férrea iria continuar até Montemor-o-Novo.[13]
Em finais da primeira década do séc. XXI, a estação da Moita foi demolida pela Rede Ferroviária Nacional, decisão que foi criticada pela Câmara Municipal da Moita numa carta aberta em Maio de 2010:[14] A autarquia considerou que a empresa não teve um comportamento adequado ao não dialogar no sentido da preservação do edifício para outros usos, e de não aproveitar a cedência prevista dos terrenos das oficinas e do antigo mercado municipal para construir a nova estação.[14]
Em Janeiro de 2010, um suicídio na estação do Lavradio levou a perturbações na circulação dos comboios entre o Barreiro e a Moita.[15] Em 17 de Dezembro de 2017, um homem morreu atropelado por um comboio perto da estação da Moita, levando a uma interrupção temporária na circulação ferroviária.[16]
Ver tambémEditar
Referências
- ↑ «Comboios Urbanos > Lisboa - Praias do Sado A / Barreiro» (PDF). Comboios de Portugal. 11 de Setembro de 2016. Consultado em 20 de Agosto de 2017
- ↑ «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85
- ↑ «Moita». Comboios de Portugal. Consultado em 22 de Novembro de 2014
- ↑ «Moita - Linha do Alentejo». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 29 de Outubro de 2016
- ↑ SANTOS, 1995:108
- ↑ «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 10 de Fevereiro de 2018 – via Biblioteca Digital de Portugal
- ↑ «Direcção-Geral de Caminhos de Ferro» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 46 (1103). 1 de Dezembro de 1933. p. 623. Consultado em 15 de Dezembro de 2011 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «O que se fez nos Caminhos de Ferro Portugueses, durante o ano de 1934» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1130). 16 de Janeiro de 1935. p. 50-51. Consultado em 30 de Outubro de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Rêde do Sul e Sueste» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1127). 1 de Dezembro de 1934. p. 593-594. Consultado em 30 de Outubro de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «O que se fez em Caminhos de Ferro em 1938-39» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1266). 16 de Setembro de 1940. p. 638-639. Consultado em 22 de Agosto de 2019 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Parte Oficial» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 67 (1612). 16 de Fevereiro de 1955. p. 461-462. Consultado em 30 de Outubro de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Jornal do Mês» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 81 (1929). 16 de Setembro de 1968. p. 117-187. Consultado em 30 de Outubro de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ a b «Terceira Travessia sobre o Tejo em consulta pública». Expresso. 13 de Outubro de 2008. Consultado em 22 de Agosto de 2019
- ↑ a b «Câmara Municipal da Moita: Carta aberta ao Secretário de Estado dos Transportes. Superação dos problemas decorrentes das obras da linha férrea Barreiro - Praias do Sado». Rostos. 7 de Maio de 2010. Consultado em 22 de Agosto de 2019
- ↑ «Ligações ferroviárias na Linha do Sado já estão normalizadas». Diário Digital. Janeiro de 2010. Consultado em 22 de Agosto de 2019
- ↑ «Homem morre atropelado por comboio na Moita do Ribatejo». Diário de Notícias. 17 de Dezembro de 2017. Consultado em 22 de Agosto de 2019
BibliografiaEditar
- SANTOS, Luís (1995). Os Acessos a Faro e aos Concelhos Limítrofes na Segunda Metade do Séc. XIX. Faro: Câmara Municipal de Faro. 213 páginas