Estação Ferroviária de Algés
A Estação Ferroviária de Algés é uma interface da Linha de Cascais, que serve a freguesia de Algés, no concelho de Oeiras, em Portugal. A estação conta com três linhas e uma passagem inferior pedonal, efectuando paragem aqui todos os comboios da Linha de Cascais.
Algés | ||||||||||||||||||
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Identificação:[1] | 69088 ALG (Algés) | |||||||||||||||||
Denominação: | Estação de Algés | |||||||||||||||||
Classificação: | E (estação)[2] | |||||||||||||||||
Coordenadas: | ||||||||||||||||||
38° 41′ 54,31″ N, 9° 13′ 46,19″ O | ||||||||||||||||||
Concelho: | ![]() | |||||||||||||||||
Linha(s): | Linha de Cascais (PK 7,805) | |||||||||||||||||
Coroa: | L (navegante rede) | |||||||||||||||||
Serviços: | ||||||||||||||||||
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1980s: | ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
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Conexões: | 1 2 6 12 20 114 149 15E 162 201 723 729 750 751 776 ![]() | |||||||||||||||||
Equipamentos: | ![]() ![]() ![]() ![]() | |||||||||||||||||
Inauguração: |
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Website: |
DescriçãoEditar
Localização e acessosEditar
Esta interface tem acesso pelo epónimo Largo da Estação, na localidade de Algés.[3] Apesar da estação estar localizada integralmente dentro dos limites do município de Oeiras, a C.P. considera-a uma estação intermunicipal para fins tarifários, sendo utilizável por passageiros portadores de títulos válidos apenas para o concelho de Lisboa.[4]
Vias e plataformasEditar
Em Janeiro de 2011, apresentava três vias de circulação, com 261, 239 e 233 m de comprimento; as plataformas tinham todas 110 cm de altura, e 200 m de extensão.[5]
HistóriaEditar
Século XIXEditar
Esta interface insere-se no troço entre Cascais e Pedrouços da Linha de Cascais, que foi inaugurado em 30 de Setembro de 1889, desde logo com via dupla, pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses.[6] O edifício da estação foi instalado junto ao entroncamento da antiga estrada de Carnaxide com a Estrada Real.[7] A chegada do caminho de ferro trouxe um grande desenvolvimento a Algés, que deixou de ser uma simples aldeia, tendo-se tornado um arrabalde elegante da capital.[8]
Em 1896, A Companhia Real previa a instalação de iluminação a gás em várias estações da Linha de Cascais, incluindo a de Algés.[9]
Século XXEditar
Em 1901, foi eletrificada a linha da CCFL que ligava Algés (=“Ribamar”) ao centro de Lisboa (atual 15E), até então a tração animal.[10]
Em 16 de Março de 1902, a Gazeta dos Caminhos de Ferro noticiou que tinha sido instalada na estação de Algés, a título experimental, uma sineta que avisava com antecedência da partida dos comboios para o Cais do Sodré.[11]
Em 1913, existiam carreiras de diligências entre a estação de Algés e as localidades de Algés de Cima, Carnaxide, Linda-a-Pastora e Linda-a-Velha.[12]
Em 7 de Agosto de 1918, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses arrendou a gestão da Linha de Cascais à Sociedade Estoril, que devia proceder à sua modernização e electrificação; no âmbito deste projecto, concluído em 1926, foram substituídas várias estações, incluindo a de Algés.[13] Em 1933, efectuaram-se trabalhos de conservação no edifício da estação.[14]
Em 1940, a Sociedade Estoril alterou o traçado da Linha de Cascais entre a Cruz Quebrada e Alcântara-Mar, devido à prepração da Exposição do Mundo Português, da instalação das avenidas do Porto e da Índia e da construção das novas estações de Algés, Pedrouços e Belém.[15] O novo traçado entre o Bom Sucesso e o Dafundo foi inaugurado em 18 de Junho de 1940, embora a Gazeta dos Caminhos de Ferro de 1 de Julho de 1940 informado que ainda estava em obras a nova estação de Algés.[16]
Século XXIEditar
Em Junho de 2010, uma mulher foi colhida por um comboio no interior da estação de Algés, tendo sofrido apenas ferimentos ligeiros.[17]
Em 29 de Abril de 2011, as catenárias em Paço de Arcos foram danificadas por uma forte queda de granizo, obrigando ao encerramento provisório do troço entre Algés e Oeiras.[18]
No dia 8 de Fevereiro de 2013, uma composição descarrilou quando estava a chegar à estação de Algés, vinda de Cascais, sem fazer quaisquer feridos.[19]
Ver tambémEditar
Referências
- ↑ (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ Instrução de exploração técnica nº 2 : Índice dos textos regulamentares em vigor. IMTT, 2012.11.06
- ↑ «Algés». Comboios de Portugal. Consultado em 12 de Novembro de 2014
- ↑ Comboios Urbanos de Lisboa Lisboa: C.P., 2020.01
- ↑ «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85
- ↑ TORRES, Carlos Manitto (16 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1682). p. 61-64. Consultado em 27 de Fevereiro de 2013
- ↑ COLAÇO e ARCHER, 1999:33
- ↑ COLAÇO e ARCHER, 1999:78
- ↑ «Há Quarenta Anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 48 (1161). 16 de Maio de 1936. p. 259. Consultado em 27 de Fevereiro de 2013
- ↑ CALADO, 2010:10
- ↑ «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (342). 16 de Março de 1902. p. 92. Consultado em 27 de Fevereiro de 2013
- ↑ «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 12 de Fevereiro de 2018
- ↑ «Sociedade "Estoril"» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 62 (1476). 16 de Junho de 1949. p. 423-425. Consultado em 21 de Outubro de 2014
- ↑ «O que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal no Ano de 1933» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1106). 16 de Janeiro de 1934. p. 49-52. Consultado em 14 de Março de 2015
- ↑ «O que se fez em Caminhos de Ferro no ano de 1940» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 53 (1274). 16 de Janeiro de 1941. p. 83-88. Consultado em 1 de Janeiro de 2019
- ↑ «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 52 (1261). 1 de Julho de 1940. p. 500. Consultado em 1 de Janeiro de 2019
- ↑ «Mulher colhida por comboio em Algés». TVI 24. 13 de Junho de 2010. Consultado em 14 de Março de 2015 [ligação inativa]
- ↑ «Linha de Cascais só normaliza na madrugada». Jornal i. 29 de Abril de 2011. Consultado em 14 de Março de 2015 [ligação inativa]
- ↑ «Comboios descarrilam em Caxias e Algés». Correio da Manhã. 8 de Fevereiro de 2013. Consultado em 14 de Março de 2015
BibliografiaEditar
- CALADO, Maria (2010). Lisboa: Roteiros Republicanos. Col: Roteiros republicanos. Matosinhos: Quidnovi, Edição e Conteúdos, S. A. e Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República. 128 páginas. ISBN 978-989-554-730-2
- COLAÇO, Branca; ARCHER, Maria (1999). Memórias da Linha de Cascais. Cascais: Câmaras Municipais de Cascais e Oeiras. 370 páginas. ISBN 972-637-066-3