Estação Ferroviária de Castro Verde-Almodôvar

estação ferroviária em Portugal

A Estação Ferroviária de Castro Verde - Almodôvar (originalmente denominada do Carregueiro[3] e depois apenas de Castro Verde; o nome adicional recentemente grafado por lapso como "Almodóvar" em fontes oficiais),[1][4] é uma interface encerrada da Linha do Alentejo, que funcionava como entroncamento com o Ramal de Aljustrel, e que servia nominalmente as localidades de Castro Verde e Almodôvar, no distrito de Beja, em Portugal.

Castro Verde - Almodôvar
Identificação: 76000 CVE (C.Verde-Alm.)[1]
Denominação: Estação de Castro Verde - Almodôvar
Administração: Infraestruturas de Portugal (sul)[2]
Classificação: E (estação)[1]
Linha(s):
Coordenadas: 37°49′26.1″N × 8°6′21.64″W

(=+37.82392;−8.10601)

Mapa

(mais mapas: 37° 49′ 26,1″ N, 8° 06′ 21,64″ O; IGeoE)
Município: border link=AljustrelAljustrel
Serviços: sem serviços
Equipamentos: Acesso para pessoas de mobilidade reduzida Telefones públicos
Inauguração: [quando?]
Encerramento: 1 de janeiro de 2012 (há 12 anos)
Website:
Vista para nascente, em 2012.

Descrição editar

Localização e acessos editar

 
A estação de Castro Verde - Almodôvar situa-se onde o Ramal de Aljustrel entronca na Linha do Alentejo: Castro Verde está na margem inferior do mapa e Almodôvar extravasa-o.

O local desta interface situa-se no interior da malha urbana da localidade de Carregueiro, no concelho de Aljustrel;[carece de fontes?] dista da localidade nominal primária, Castro Verde, 14 km pela ER2 (sul-sudeste, desnível acumulado de +138−73 m);[5] a localidade nominal secundária, Almodôvar, situa-se ainda mais distante, na mesma direção e ligada pela mesma rodovia, por mais 21 km (desnível acumulado de +191−146 m).[6] Tanto Castro Verde como Almodôvar distam bem menos da ferrovia mais próxima — mas esta é o Ramal de Neves-Corvo cuja função exclusivamente mineira impossibilitou a construção de quaisquer estações.[carece de fontes?]

Caraterização física editar

Em janeiro de 2011, dispunha de três vias de circulação, uma com 244 m de comprimento, e as outras duas, com 546 m; uma plataforma tinha 120 m de extensão e 45 cm de altura, e a outra apresentava 105 m de comprimento e 60 cm de altura.[7]

História editar

 
Vista geral da estação, em 2009.
 Ver artigo principal: Linha do Alentejo § História

Inauguração editar

Esta interface situa-se no troço entre a Estação de Beja e o Apeadeiro de Casével da Linha do Alentejo, que abriu em 20 de dezembro de 1870, pela divisão do Sul e Sueste do estado.[8]

Século XX editar

Em 1903, estava já estudada a implementação de um ramal da Estrada Real 17, entre a localidade de Entradas e esta interface, que então possuía o nome de Carregueiro.[9]

Em 1913, a estação era servida por carreiras de diligências até Aljustrel, Castro Verde e Almodôvar.[10]

Em 11 de maio de 1927, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses passou a explorar as antigas linhas do estado.[11] Em 2 de Junho de 1929, entrou ao serviço o Ramal de Aljustrel, que ligava esta estação, já com o nome de Castro Verde, até ao complexo mineiro de Aljustrel.[12][13]

 
Serviço regional na estação, em 2009.

Em 1934, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses fez grandes obras de reparação na gare de Castro Verde.[14] Um diploma do Ministério das Comunicações, publicado no Diário do Governo n.º 69, II Série, de 24 de março de 1948, aprovou o auto de recepção definitiva da empreitada n.º 64, para a construção de dois dormitórios e de duas moradias na estação de Castro Verde, adjudicada ao empreiteiro Raúl Justo.[15]

 
Aspeto da envolvente, em 2009.

Supressão dos serviços editar

No dia 1 de janeiro de 2012, todos os serviços regionais entre as Estações de Beja e Funcheira, que eram geridos pela empresa Comboios de Portugal, foram suprimidos, tendo a operadora alegado que o troço possuía uma reduzida procura, resultando numa situação de insustentabilidade económica.[16]

Ver também editar

Referências

  1. a b c (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
  3. Caminho de Ferro do Sueste : Serviço a começar desde o dia 15 de Outubro de 1973Diario Illustrado 429 (1873.10.15)
  4. Infraestruturas de Portugal. «Castro Verde-Almodóvar - Linha do Alentejo». Consultado em 27 de outubro de 2022 
  5. OpenStreetMaps / GraphHopper. «Cálculo de distância rodoviária». Consultado em 27 de outubro de 2022 
  6. OpenStreetMaps / GraphHopper. «Cálculo de distância rodoviária». Consultado em 27 de outubro de 2022 
  7. «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85 
  8. TORRES, Carlos Manitto (1 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1683). p. 76-78. Consultado em 16 de Fevereiro de 2015 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  9. «Parte Official» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 16 (368). 16 de Abril de 1903. p. 119-130. Consultado em 23 de Setembro de 2011 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  10. «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 12 de Fevereiro de 2018 – via Biblioteca Nacional de Portugal 
  11. REIS et al, 2006:63
  12. MARTINS et al, 1996:257
  13. REIS et al, 2006:62
  14. «O que se fez nos Caminhos de Ferro Portugueses, durante o ano de 1934» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1130). 16 de Janeiro de 1935. p. 50-51. Consultado em 26 de Setembro de 2012 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  15. «Parte Oficial» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 60 (1448). 16 de Abril de 1948. p. 288. Consultado em 27 de Maio de 2017 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  16. «Ligação ferroviária Beja-Funcheira suprimida a partir de hoje». Rádio Pax. 1 de Janeiro de 2012. Consultado em 1 de Janeiro de 2012. Arquivado do original em 22 de janeiro de 2012 

Bibliografia editar

  • MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel de; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas 
  • REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X 
 
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Ligações externas editar