Estação Ferroviária de Coina

estação ferroviária em Portugal

A estação ferroviária de Coina é uma interface da Linha do Sul, em Portugal, situada entre os municípios de Barreiro e Seixal.

Coina
Estação Ferroviária de Coina
entrada da estação de Coina, em 2018
Identificação: 17236 CIN (Coina)[1]
Denominação: Estação Satélite de Coina
Administração: Infraestruturas de Portugal (sul)[2]
Classificação: ES (estação satélite)[1]
Linha(s): Linha do Sul (PK 22+935)
Altitude: 18 m (a.n.m)
Coordenadas: 38°35′5.1″N × 9°3′5.6″W

(=+38.58475;−9.05156)

Mapa

(mais mapas: 38° 35′ 05,1″ N, 9° 03′ 05,6″ O; IGeoE)
Concelho:
Serviços:
Estação anterior Fertagus Fertagus Estação seguinte
Terminal   1   Fogueteiro
Roma-Areeiro
Penalva
Setúbal
  2  

Coroa: Navegante
Conexões:
Ligação a autocarros
Ligação a autocarros
6 9 10 16 3106 3541 3543 3544 3620 3626 3635 4620 4621 4632
Serviço de táxis
Serviço de táxis
SSB
Equipamentos: Zona Comercial Estação sem barreiras arquitectónicas Parque de estacionamento
Endereço: Largo da Estação Ferroviária de Coina (Itinerário Complementar 21), s/n
Santo André
PT-2830-578 Barreiro
Inauguração: 6 de outubro de 2004 (há 19 anos)
Website:
Dois aspetos da estação em 2022.

Descrição editar

 
Enquadramento da estação de Coina (mostrando 5 vias) no contexto administrativo-territorial, nas freguesias de Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires (sapp), Fernão Ferro (ffrr), Palhais e Coina (plcn), e Quinta do Conde (qtdc).
 
Comboios de passageiros Fertagus em serviço na estação de Coina, em 2022.

Localização e acessos editar

Esta interface tem acesso pelo epónimo Largo da Estação Ferroviária de Coina, e serve a área suburbana esparsa do vale da Ribeira de Coina; apesar do seu nome, a estação está maioritariamente localizada no município do Seixal (extremo sudeste da antiga freguesia de Paio Pires), com a linha de demarcação zigzagueando de norte a sul e confinando com o vizinho município do Barreiro, e, aqui, com a freguesia nominal.[3]

Servem esta estação dez carreiras de autocarro: seis da Carris Metropolitana (desde 2022)[4] e quatro dos Transportes Coletivos do Barreiro.[5]

Infraestrutura editar

Esta interface apresenta quatro vias de circulação, numeradas de I a IV, com comprimentos entre 270 e 394 m e acessíveis por plataformas com 251 m de comprimento e 90 cm de altura.[6] Da via V,[necessário esclarecer] da direção de Campolide A, lado norte, deriva o Ramal da Siderurgia Nacional, ao mesmo PK 22+935.[1]

Serviços editar

Esta estação é utilizada exclusivamente pelos serviços da operadora Fertagus (passageiros)[7] e por ela gerida.[8] É o terminal sul do serviço curto da Fertagus,[7] assim prolongado em 2004 do anterior terminal no Fogueteiro.[9]

História editar

 Ver artigo principal: Linha do Sul § História
 
Pormenor da via, em 2005.
CP-USGL + CP-Reg + Soflusa + Fertagus
 
             
 
(n) Azambuja 
               
 Praias do Sado-A (u)
(n) Espadanal da Azambuja 
               
 Praça do Quebedo (u)
(n) Vila Nova da Rainha 
             
 Setúbal (u)
**(n) Carregado 
     
 
 
     
 Palmela (u)
(n) Castanheira do Ribatejo 
             
 Venda do Alcaide (u)
(n) Vila Franca de Xira 
       
 
 
 Pinhal Novo (u)(a)
(n) Alhandra 
             
 Penteado (a)
(n) Alverca   Moita (a)
(n) Póvoa   Alhos Vedros (a)
(n) Santa Iria   Baixa da Banheira (a)
(n) Bobadela   Lavradio (a)
(n) Sacavém   Barreiro-A (a)
(n) Moscavide   Barreiro (a)
(n) Oriente   (Soflusa)
(n)(z) Braço de Prata 
         
 
 
 Terreiro do Paço (a)
 
 
 
 
 
 
 
 
 Penalva (u)
(n)(ẍ) Santa Apolónia 
 
 
 
 
 
       
 Coina (u)
(z) Marvila 
 
         
 Fogueteiro (u)
(z) Roma-Areeiro 
           
 Foros de Amora (u)
(z) Entrecampos 
           
 Corroios (u)
(z)(7) Sete Rios 
           
 Pragal (u)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Campolide (z)(s)(u)*
(s) Benfica   Rossio (s)
(s) Santa Cruz-Damaia   Cais do Sodré (c)
(s) Reboleira   Santos (c)
(z) Alcântara-Terra 
 
 
 
 
   
 Alcântara-Mar (c)
(s) Amadora   Belém (c)
(s) Queluz-Belas   Algés (c)
(s) Monte Abraão   Cruz Quebrada (c)
(s) Massamá-Barcarena   Caxias (c)
(s)(o) Agualva-Cacém   Paço de Arcos (c)
 
 
 
         
 Santo Amaro (c)
(o) Mira Sintra-Meleças   Rio de Mouro (s)
(s) Mercês   Oeiras (c)
(s) Algueirão - Mem Martins   Carcavelos (c)
(s) Portela de Sintra   Parede (c)
(s) Sintra   São Pedro Estoril (c)
(o) Sabugo 
           
 São João Estoril (c)
(o) Pedra Furada 
           
 Estoril (c)
(o) Mafra 
           
 Monte Estoril (c)
(o) Malveira 
           
 Cascais (c)
**(o) Jerumelo 
 
 
     
 

2019-2021 []

Linhas: a L.ª Alentejoc L.ª Cascaiss L.ª Sintra C.ª X.
n L.ª Norteo L.ª Oestez L.ª Cinturau L.ª Sul7 C.ª 7 R.
(*) vd. Campolide-A   (**)   continua além z. tarif. Lisboa

(***) Na Linha do Norte (n): há diariamente dois comboios regionais nocturnos que param excepcionalmente em todas as estações e apeadeiros.
Fonte: Página oficial, 2020.06

O troço da Linha do Sul (ou, melhor, do que mais tarde[quando?] se viria a reclassificar como Linha do Sul) entre as estações de Coina e Fogueteiro foi construído em 1998, no âmbito do programa do Eixo Ferroviário Norte-Sul.[10][11] No ano seguinte, foi inaugurado o caminho de ferro pela Ponte 25 de Abril.[11] Embora a linha estivesse construída até aqui, os serviços suburbanos que vinham de Lisboa, explorados pela empresa Fertagus, terminavam no Fogueteiro, sendo este lanço utilizado apenas como acesso às oficinas da Fertagus.[10][9]

Em 20 de Janeiro de 2003, o Ministro das Obras Públicas, Valente de Oliveira, fez uma viagem experimental entre esta estação e Pinhal Novo, para visitar o andamento dos trabalhos da Linha do Sul naquele troço.[10] Estas obras, cuja conclusão estava prevista para Abril de 2004, permitiram a ligação direta entre o Pinhal Novo e a linha vinda de Lisboa pela Ponte 25 de Abril, permitindo a realização de serviços diretos entre a capital e as regiões do Alentejo e Algarve, e o prolongamento dos comboios suburbanos da Fertagus até Setúbal.[10] Os estudos apuraram que os comboios daquela empresa podia iniciar serviços entre esta estação e Roma-Areeiro, Pinhal Novo e Setúbal.[10] Previa-se que a estação iria ter mil lugares de estacionamento na primeira fase, e que iria receber mais dois mil lugares na segunda fase.[10]

Em 20 de Junho de 2003, foi organizado um comboio especial entre Lisboa e Faro para o transporte do Ministro das Obras Públicas, já Carmona Rodrigues, e outros convidados, igualmente para inspecionar as obras de modernização da Linha do Sul; a comitiva parou nesta estação, onde foi feita uma visita às obras.[12]

 
Comboio de mercadorias circulando no Ramal da Siderurgia Nacional, em 2011. Estas composições passam sem paragem em Coina em direção a sul ou invertem aí para seguir para norte.
Esta interface foi inaugurada no dia 6 de Outubro de 2004.[7]

Em Janeiro de 2011, apresentava quatro vias de circulação, duas com 280 m de comprimento, e as restantes com 397 e 375 m, respetivamente; as plataformas tinham todas 90 cm de altura e 251 m de extensão[13] — valores mais tarde[quando?] alterados para os atuais.[6]

Ver também editar

Referências

  1. a b c (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
  3. «Cálculo de distância pedonal (38,5850; −9,0513 → 38,5939; −9,0448)». OpenStreetMaps / GraphHopper. Consultado em 27 de novembro de 2023 : 2150 m: desnível acumulado de +3−25 m
  4. «Carris Metropolitana». www.carrismetropolitana.pt. Consultado em 5 de setembro de 2022 [carece de fonte melhor]
  5. «TCB | início». www.tcbarreiro.pt. Consultado em 5 de setembro de 2022 [carece de fonte melhor]
  6. a b Diretório da Rede 2024. I.P.: 2022.12.09
  7. a b c «Estação de Coina». Fertagus. Consultado em 15 de Julho de 2019 
  8. Ecossistema Ferroviário Português 2012-2016 AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes: Lisboa, 2018: p.21
  9. a b «Estação de Fogueteiro». Fertagus. Consultado em 16 de Julho de 2019 
  10. a b c d e f CIPRIANO, Carlos (21 de Janeiro de 2003). «Viajar de Entrecampos para Faro em comboio directo vai ser possível já no próximo Verão». Público. Ano 13 (4687). p. 46 
  11. a b REIS et al, 2006:202
  12. CIPRIANO, Carlos (21 de Junho de 2003). «Ministro garante comboios directos para o Algarve em Julho». Público. Ano 14 (4839). Lisboa. p. 50 
  13. «Directório da Rede 2012». Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 82-83 

Bibliografia editar

  • REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X 

Ligações externas editar

 
Autocarro dos T.C.B. na estação de Coina, em 2022.
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