Estação Ferroviária de Rio Tinto

estação ferroviária em Portugal

A Estação Ferroviária de Rio Tinto é uma interface da Linha do Minho, que serve a cidade de Rio Tinto, no município de Gondomar, em Portugal.

Rio Tinto
Estação Ferroviária de Rio Tinto
dístico azulejar de Rio Tinto, em 2008
Identificação: 03038 RTI (Rio Tinto)[1]
Denominação: Apeadeiro de Rio Tinto
Administração: Infraestruturas de Portugal (norte)[2]
Classificação: A (apeadeiro)[1]
Tipologia: C [2]
Linha(s): Linha do Minho (PK 4+749)
Altitude: 90 m (a.n.m)
Coordenadas: 41°11′4.37″N × 8°33′25.77″W

(=+41.18455;−8.55716)

Mapa

(mais mapas: 41° 11′ 04,37″ N, 8° 33′ 25,77″ O; IGeoE)
Município: GondomarGondomar
Serviços:
Estação anterior Comboios de Portugal Comboios de Portugal Estação seguinte
Contumil
P-São Bento
  R   Ermesinde
Régua
Contumil
P-São Bento
  B   Águas Santas / Palmilheira
Lousado
Braga
P-Campanhã
P-São Bento
    Ermesinde
Lousado
Braga
Contumil
P-São Bento
  G   Águas Santas / Palmilheira
Guimarães
P-Campanhã
P-São Bento
    Ermesinde
Guimarães
Contumil
P-São Bento
  M   Águas Santas / Palmilheira
Penafiel
Caíde
M.Canaves.

Coroa: GDM4
Conexões:
Ligação a autocarros
Ligação a autocarros
55 68 81 803 805
Ligação ao metro
Ligação ao metro
F
Serviço de táxis
Serviço de táxis
GDM
Equipamentos: Bilheteira Elevadores Acesso para pessoas de mobilidade reduzida Bar ou cafetaria Parque de estacionamento Lavabos Acesso à Internet
Endereço: Praça da Estação, s/n
PT-4435-229 Rio Tinto GDM
Inauguração: [quando?]
Website:
 Nota: Este artigo é sobre a estação ferroviária na Linha do Minho. Se procura a estação do Metro do Porto com o mesmo nome, veja Estação de Rio Tinto (Metro).
Comboios de tipologias diversas circulando em Rio Tinto.

Descrição

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Estação de Rio Tinto, em 2008.

Localização e acessos

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Esta interface situa-se junto ao Largo da Estação dos Caminhos de Ferro (também chamada Praça da Estação), na localidade de Rio Tinto.[3]

Neste local a Linha do Minho situa-se próxima da via da linha F (laranja) do Metro do Porto, situando-se a respetiva Estação de Campainha a pouco mais de meio quilómetro da estação de Rio Tinto,[4] distância significativamente menor que a separa da estação sinónima;[5] a C.P. considera a sua estação como de transbordo para o Metro do Porto, sem especificar a estação correspondente,[6] enquanto que a Metro do Porto não indica quaisquer transbordos na sua documentação sobre as estações abrangidas.[7]

Infraestrutura

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Como apeadeiro de uma linha em via dupla, esta interface apresenta-se nas duas vias de circulação (I e II) cada uma acessível por plataforma — uma de 150 m de comprimento e a outra com 161 m, e ambas com 86 cm de altura.[2]

Edifício

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O edifício de passageiros situa-se do lado oés-noroeste da via (lado esquerdo do sentido ascendente, para Monção).[8][9]

Azulejos
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Sete dos painéis azulejares.

A estação está decorada com vários painéis de azulejo polícromos da autoria do pintor João Alves de Sá, produzidos na Fábrica da Viúva Lamego e instalados em 1936; representam a lenda da origem do nome de Rio Tinto e cenas da história e do quotidiano local.[10] No painel sobre a batalha lê-se: «Batalha em 824 entre Abd-el-Raman Kalifa de Cordoba e o Conde Hermenegildo».[10]

Serviços

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Esta interface é utilizada pela operadora Comboios de Portugal num total de 80 circulações diárias em cada sentido aos dias úteis, quase todas nos serviços urbanos da sua Divisão do Porto denominados Linha do Marco, Linha de Braga, e Linha de Guimarães, e uma em serviço regional.[11][12]

História

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 Ver artigo principal: Linha do Douro § História
 
Antigo edifício da Estação de Rio Tinto

Século XIX

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Esta estação encontra-se no troço da Linha do Minho entre Campanhã e Nine, que entrou ao serviço, junto com o Ramal de Braga, em 21 de Maio de 1875.[13][14]

 
Construção da nova estação, em 1935.

Século XX

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Na reunião do Conselho de Ministros de 10 de Janeiro de 1934, foram aprovadas as condições para os contratos definitivos para a realização de várias obras nesta estação, referentes à execução de terraplanagens, e à instalação de uma passagem inferior, do edifício de passageiros, das retretes, da fossa e das canalizações, de um cais coberto e outro descoberto, de uma plataforma de passageiros e a correspondente calçada, dos muros de suporte e das vedações.[15] A estação tem uma placa em cerâmica com o texto «Concurso das Estações floridas – 1º Prémio 1943 S.N.I.».[10]

CP Urbanos do Porto

(Serv. ferr. suburb. de passageiros no Grande Porto)
Serviços:   Aveiro  Braga
  Marco de Canaveses  Guimarães


(b) Ferreiros 
         
 Braga (b)
(b) Mazagão 
         
 Guimarães (g)
(b) Aveleda 
         
 Covas (g)
(b) Tadim 
         
 Nespereira (g)
(b) Ruilhe 
         
 Vizela
(b) Arentim 
         
 Pereirinhas (g)
(b) Cou.Cambeses 
         
 Cuca (g)
(m)(b) Nine 
         
 Lordelo (g)
(m) Louro 
         
 Giesteira (g)
(m) Mouquim 
         
 Vila das Aves (g)
(m) Famalicão 
         
 Caniços (g)
(m) Barrimau 
           
 Santo Tirso (g)
(m) Esmeriz 
 
   
 
 
 
       
 Cabeda (d)
(m)(g) Lousado 
               
 Suzão (d)
(m) Trofa 
               
 Valongo (d)
(m) Portela 
               
 S. Mart. Campo (d)
(m) São Romão 
               
 Terronhas (d)
(m) São Frutuoso 
               
 Trancoso (d)
(m) Leandro   Rec.-Sobreira (d)
(m) Travagem 
               
 Parada (d)
(m)(d) Ermesinde 
               
 Cête (d)
(m) Palmilheira 
 
 
 
 
       
 Irivo (d)
(m) Águas Santas 
 
 
 
 
         
 Oleiros (d)
(m) Rio Tinto 
               
 Paredes (d)
(m) Contumil 
               
 Penafiel (d)
(d)(n) P.-Campanhã 
       
 
   
 Bustelo (d)
 
         
 
 
 Meinedo (d)
(m) P.-São Bento   General Torres (n)
 
       
 
 
 Caíde (d)
(n) Gaia 
       
 
 
 Oliveira (d)
(n) Coimbrões 
     
 
   
 Vila Meã (d)
(n) Madalena 
 
 
       
 Livração (d)
(n) Valadares 
           
 Recesinhos (d)
(n) Francelos 
           
 M.Canaveses (d)
(n) Miramar 
         
 Aveiro (d)
(n) Aguda 
         
 Cacia (d)
(n) Granja 
         
 Canelas (n)
(n) Espinho 
         
 Salreu (n)
(n) Silvalde 
         
 Estarreja (n)
(n) Paramos 
         
 Avanca (n)
(n) Esmoriz 
         
 Válega (n)
(n) Cortegaça 
         
 Ovar (n)
 
         
 Carv.-Maceda (n)

Até[quando?] pelo menos, 1988, esta interface mantinha a classificação de estação,[9] tendo sido despromovida a apeadeiro antes de 2011.[1]

Século XXI

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Na Década de 2000, a empresa Rede Ferroviária Nacional estudou a quadruplicação do lanço da Linha do Minho entre Contumil e Ermesinde, sendo um das principais problemas o atravessamento de Rio Tinto, onde a via corre junto à malha urbana.[16] Esta situação podia ser resolvida de duas formas: ou a linha seria quadruplicada à superfície, ou então seria enterrada, passando por debaixo da cidade num túnel.[16] Em Março de 2007, a empresa elaborou um estudo comparativo entre as duas soluções, tendo-se chegado à conclusão que o rebaixamento iria deixar a obra mais longa em cerca de um ano e cinco meses, e 50% mais dispendiosa, apesar das grandes expropriações que seriam necessárias para quadruplicar a linha à superfície.[16] Porém, os resultados do estudo foram contestados pelos habitantes de Rio Tinto, tendo a Agência Portuguesa do Ambiente recebido doze exposições, que incluíram um abaixo-assinado com mais de trezentos subscritores e várias reclamações por parte das autarquias do Porto e de Gondomar, da Junta de Freguesia de Rio Tinto, e da Assembleia Municipal de Gondomar, principalmente do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata naquele órgão.[16]

 
Automotora da Série 2240 na estação de Rio Tinto, em 2014.

Além das demolições que teriam de ser feitas, os habitantes também receavam que a quadruplicação iria piorar o efeito barreira que já estava a ser provocado pela presença da linha.[16] Em resposta a estas críticas, a Rede Ferroviária Nacional afirmou que «a solução não é sustentável do ponto de vista de exploração, porque, em limite, obrigaria a que todo e qualquer comboio de mercadorias que circulasse neste troço [...] teria de ser dotado de tracção dupla apenas para evitar um hipotético incidente neste local. Tal introduziria uma elevada ineficiência pelos custos técnicos, operacionais e financeiros que tal solução acarretaria à operação.».[16] Apesar dos protestos, em 2009 a obra recebeu uma declaração de impacte ambiental favorável condicionada do Ministério do Ambiente, onde se determinou que deveriam ser empregues várias medidas para reduzir o nível de ruído e as vibrações provocadas pela passagem dos comboios, e que os proprietários deveriam ser pagos de forma justa pelas expropriações dos edifícios a demolir pela quadruplicação da via férrea.[16] Aconselhou igualmente a empresa a expropriar igualmente os edifícios residenciais «cuja função de habitabilidade seja significativamente afectada pela sua proximidade à linha.».[16] Esta planeada quadruplicação não se concretizou conforme aprazado, e, em dados de 2023, a via férrea no local desta interface mantem-se como apenas dupla.[2]

Em 2010, a estação de Rio Tinto possuía duas vias de circulação, ambas apresentando um comprimento útil de 480 m; as plataformas tinham de 137 e 161 m de extensão, e 90 cm de altura[17] — valores mais tarde[quando?] alterados para os atuais.[2]

Em 23 de Janeiro de 2018, uma pessoa morreu após ter sido atropelada por um comboio regional junto a Rio Tinto.[18]

Ver também

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Referências

  1. a b c (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. a b c d Diretório da Rede 2024. I.P.: 2022.12.09
  3. «Rio Tinto». Comboios de Portugal. Consultado em 27 de Novembro de 2014 
  4. OpenStreetMaps / GraphHopper. «Cálculo de distância pedonal (41,18461; −8,55684 → 41,18342; −8,55395)». Consultado em 10 de julho de 2023 : 470 m: desnível acumulado de +1−15 m
  5. OpenStreetMaps / GraphHopper. «Cálculo de distância pedonal (41,18461; −8,55684 → 41,17953; −8,56013)». Consultado em 10 de julho de 2023 : 750 m: desnível acumulado de +8−21 m
  6. «Rio Tinto». Comboios de Portugal. Consultado em 10 de julho de 2023 
  7. «Campainha – Linha Laranja». Metro do Porto. Consultado em 10 de julho de 2023 
  8. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  9. a b Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  10. a b c Ficha na base de dados SIPA
  11. «Linha de Guimarães» (PDF). Comboios de Portugal. 1 de Maio de 2016. Consultado em 8 de Setembro de 2016 
  12. «Linha de Braga» (PDF). Comboios de Portugal. 1 de Maio de 2016. Consultado em 8 de Setembro de 2016 
  13. «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 25 de Outubro de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  14. REIS et al, 2006:12
  15. «Linhas do Estado» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1107). 1 de Fevereiro de 1934. p. 76. Consultado em 29 de Junho de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  16. a b c d e f g h LUZ, Carla Sofia (5 de Março de 2010). «Linha do Minho será ampliada sem túnel em Rio Tinto». Jornal de Notícias. Consultado em 13 de Junho de 2020 
  17. «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2011. Rede Ferroviária Nacional. 25 de Março de 2010. p. 67-89 
  18. «Atropelamento mortal condiciona linha de comboio em Rio Tinto». Jornal de Notícias. 23 de Janeiro de 2018. Consultado em 13 de Junho de 2020 
 
«Concurso das Estações floridas – 1º Prémio 1943»

Bibliografia

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  • REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X 

Leitura recomendada

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  • Rio Tinto: roteiro turístico. Paços de Ferreira: Héstia Editores. 2006. 21 páginas 
  • ANTUNES, J. A. Aranha; et al. (2010). 1910-2010: O caminho de ferro em Portugal. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e REFER - Rede Ferroviária Nacional. 233 páginas. ISBN 978-989-97035-0-6 

Ligações externas

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