Estação Ferroviária de Sabugo
A Estação Ferroviária de Sabugo é uma gare da Linha do Oeste, que serve a freguesia de Almargem do Bispo, no distrito de Lisboa, em Portugal. Funcionava originalmente como ponto de entroncamento com o ramal particular Siemens-Sabugo.[carece de fontes]
Sabugo | |||||||||||||||
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Identificação:[1] | 62091 SAO (Sabugo) | ||||||||||||||
Denominação: | Estação de Sabugo | ||||||||||||||
Classificação: | E (estação)[2] | ||||||||||||||
Coordenadas: | |||||||||||||||
38° 49′ 50,03″ N, 9° 18′ 00,17″ O | |||||||||||||||
Concelho: | ![]() | ||||||||||||||
Linha(s): | Linha do Oeste (PK 25,377) | ||||||||||||||
Serviços: | |||||||||||||||
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Conexões: | 103 447 | ||||||||||||||
Equipamentos: | ![]() | ||||||||||||||
Website: |


CaracterizaçãoEditar
Localização e acessosEditar
Esta interface situa-se junto à Rua da Estação, na junção entre Almargem do Bispo e Pero Pinheiro, no concelho de Sintra.[3]
Descrição físicaEditar
Em Janeiro de 2011, contava com duas vias de circulação, com 318 e 320 m de comprimento; as gares apresentavam ambas 150 m de extensão, tendo a primeira 25 cm de altura, e a segunda, 30 cm.[4] Junto à estação existe um pontão[5] sobre a Ribeira dos Ferreiros.
ServiçosEditar
O apeadeiro é servido por todos os comboios do tramo sul da Linha do Oeste, todos eles de tipologia regional. É servida por oito comboios diários por sentido, três dos quais com início em Lisboa-Santa Apolónia e término em Leiria (vice-versa). O primeiro comboio em sentido Lisboa inicia em Torres Vedras, bem como aí termina o último no sentido Figueira da Foz.[6]
HistóriaEditar
Século XIXEditar
Esta interface faz parte do troço da Linha do Oeste entre Agualva - Cacém e Torres Vedras, que entrou ao serviço em 21 de Maio de 1887, pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses.[7]
Século XXEditar
Em 18 de Outubro de 1936, realizou-se uma festa de inauguração após várias terem sido feitas várias obras de modificação na estação do Sabugo, durante a qual se homenagearam três ferroviários da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[8] Estas alterações, organizadas pelo chefe da estação, Carlos José da Costa, contemplaram uma sala de espera, um gabinete de serviço, e um jardim.[9] A cerimónia iniciou-se com a chegada de Lima Henrique, director geral, e de outros altos funcionários da Companhia, e do presidente da Câmara Municipal de Sintra, Álvaro de Miranda e Vasconcelos, no comboio das 10 e 30, tendo-se seguido uma sessão solene onde foram descerrados os retratos dos ferroviários homenageados; a seguir, foram inaugurados os melhoramentos na estação, e visitados os jardins.[9] Depois visitaram-se as pedreiras em Pero Pinheiro, e o evento foi concluído com um almoço oferecido pelo chefe da estação.[9]
Em 26 de Dezembro de 1936, uma comissão de utentes do Sabugo tinha entregue uma petição à Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, com mais de uma centena de assinaturas de particulares e comerciais, pedindo que fosse atrelada uma carruagem mista a um comboio de mercadorias, para servir o Sabugo e outras localidades.[10][11] A comissão criticava o facto de não existir um comboio servindo aquelas localidades que chegasse a Lisboa antes das 9 da manhã, criando problemas aos estudantes e trabalhadores, levando à deslocalização dos habitantes para a capital.[10] Em 6 de Março de 1937, a Comissão de Proprietários do Sabugo e Vale de Lobos pediu novamente à CP para ser satisfeito o seu pedido, prevendo que esta medida iria aumentar consideravelmente o tráfego da estação do Sabugo, já no Verão seguinte.[10]
Em 25 de Março de 1937, foi realizada na estação do Sabugo uma cerimónia pelo cinquentenário da inauguração do lanço entre o Cacém e Torres Vedras, tendo a estação sido decorada para o efeito.[12] A cerimónia iniciou-se logo de manhã, com o lançamento de foguetes, e à noite houve um banquete, presidido pelo director da Gazeta dos Caminhos de Ferro, onde foi homenageado o chefe da estação, Carlos José da Costa.[12] Terminou com uma verbena junto da estação, com música de uma banda de jazz de Lisboa.[12]
Este artigo ou se(c)ção trata de um evento atual. |
Nos finais da década de 2010 foi finalmente aprovada a modernização e eletrificação da Linha do Oeste; no âmbito do projeto de 2018 para o troço a sul das Caldas da Rainha, a Estação do Sabugo irá ser alvo de remodelação a nível das plataformas e respetivo equipamento, sendo parte de um dos dois segmentos de a duplicar (Desvio Ativo 1: PKs 20+700 a 30+450), prevendo-se também a instalação de um sistema ATV — sinalização para atravessamento de via seguro (ao PK 25+396); serão igualmente construídas duas passagens superiores nas imediações de estação: a de Sabugo Sul (ao PK 25+080) e a de Sabugo Norte (ao PK 26+556), e serão eliminadas quatro passagens de nível (aos PK 24+991, 25+715, 26+607, e 28+420).[5]
Ver tambémEditar
Referências
- ↑ (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ Instrução de exploração técnica nº 2 : Índice dos textos regulamentares em vigor. IMTT, 2012.11.06
- ↑ «Sabugo - Linha do Oeste». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 6 de Junho de 2016
- ↑ «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85
- ↑ a b ELABORAÇÃO DO PROJETO DE MODERNIZAÇÃO DA LINHA DO OESTE – TROÇO MIRA SINTRA / MELEÇAS – CALDAS DA RAINHA, ENTRE OS KM 20+320 E 107+740 (PDF). Volume 00 – Projeto Geral. [S.l.: s.n.]
- ↑ «COMBOIOS REGIONAIS > Linha do Oeste. Horários» (PDF). Comboios de Portugal. 24 de junho de 2017
- ↑ TORRES, Carlos Manitto (16 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1682). p. 61-64. Consultado em 7 de Maio de 2014
- ↑ «Melhoramentos Ferroviários na estação do Sabugo» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 48 (1172). 16 de Outubro de 1936. p. 482. Consultado em 7 de Maio de 2014
- ↑ a b c «Melhoramentos Ferroviários na Estação do Sabugo» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 48 (1173). 1 de Novembro de 1936. p. 510-511. Consultado em 7 de Maio de 2014
- ↑ a b c «Pedido à C. P.» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 49 (1182). 16 de Março de 1937. p. 150. Consultado em 1 de Janeiro de 2018
- ↑ «Pelos Caminhos de Ferro» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 49 (1177). 1 de Janeiro de 1937. p. 23. Consultado em 1 de Janeiro de 2018
- ↑ a b c «Caminhos de Ferro Portugueses» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 49 (1187). 1 de Junho de 1937. p. 284. Consultado em 1 de Janeiro de 2018