Estação Ferroviária de Bodiosa

estação ferroviária em Portugal
(Redirecionado de Estação de Bodiosa)

A Estação Ferroviária de Bodiosa foi uma interface da Linha do Vouga, que servia a freguesia de Bodiosa, no Distrito de Viseu, em Portugal.

Bodiosa
Administração: Infraestruturas de Portugal (norte)[1]
Linha(s): Linha do Vouga (PK 129+294)
Altitude: 449.90 m (a.n.m)
Coordenadas: 40°43′1.95″N × 7°59′16.58″W

(=+40.71721;−7.98794)

Mapa

(mais mapas: 40° 43′ 01,95″ N, 7° 59′ 16,58″ O; IGeoE)
Município: border link=ViseuViseu
Endereço: Rua da Estação, s/n
PT-3515-535 Bodiosa VIS[2]
Inauguração: 5 de setembro de 1913 (há 110 anos)
Encerramento: 1 de janeiro de 1990 (há 34 anos)
 Nota: Para outras interfaces ferroviárias com nomes semelhantes ou relacionados, veja Apeadeiro de Travanca-Bodiosa.

Descrição editar

A superfície dos carris (plano de rolamento) da estação ferroviária de Bodiosa ao PK 129+200 situa-se à altitude de 44 990 cm acima do nível médio das águas do mar.[3] O edifício de passageiros situa-se do lado norte da via (lado esquerdo do sentido ascendente, para Viseu).[4][5]

História editar

 
Mapa da Rede do Vouga, onde está assinalada a estação de Bodiosa.

O lanço da Linha do Vouga entre Bodiosa e Viseu abriu à exploração em 5 de Setembro de 1913, tendo sido construído pela Compagnie Française pour la Construction et Exploitation des Chemins de Fer à l'Étranger.[6] A ligação entre Bodiosa e Vouzela entrou ao serviço em 5 de Fevereiro de 1914, sendo o lanço que faltava para concluir a Linha do Vouga.[7]

Em 1935, foi instalada uma via de saco nesta estação.[8] Em 10 de Março de 1940, foi autorizado o carregamento de vagões completos no Desvio de Campo, ao PK 135+500 da Linha do Vouga, que ficou subordinado à estação de Bodiosa.[9]

Em 1 de Janeiro de 1947, a exploração da Linha do Vouga passou para a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[10]

O lanço entre Sernada do Vouga e Viseu foi encerrado no dia 2 de Janeiro de 1990.[11]

Em 2008, a Rede Ferroviária Nacional vendeu todo o património ferroviário no Concelho de Viseu à autarquia, com o propósito de o reabilitar e atribuir novas utilizações, embora algumas das antigas estações, incluindo a de Bodiosa, estivessem nesse momento a servir de alojamento para famílias.[12] Os edifícios da antiga estação de Bodiosa estão atualmente[quando?] ao serviço da junta de freguesia local, albergando a respetiva sede e diversos equipamentos públicos.[2]

Ver também editar

Referências

  1. Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
  2. a b BodiosaC. M. Viseu. (Consultado a 2022.09.06.)
  3. Linha do Vale do Vouga. Companhia Portugueza para a Construção e Exploração de Caminhos de Ferro: s.l., s.d. (Mapa e tabela de distâncias e altitudes.)
  4. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  5. Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  6. TORRES, Carlos Manitto (16 de Março de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 71 (1686). p. 133-140. Consultado em 4 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  7. «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. ANo 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 1 de Novembro de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  8. «Os Nossos Caminhos de Ferro em 1935» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 48 (1153). 1 de Outubro de 1935. p. 5-9. Consultado em 4 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  9. «Viagens e Transportes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1254). 16 de Março de 1940. p. 164. Consultado em 4 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  10. AGUILAR, Busquets de (1 de Junho de 1949). «A Evolução História dos Transportes Terrestres em Portugal» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1475). p. 383-393. Consultado em 4 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  11. «CP encerra nove troços ferroviários». Diário de Lisboa. Ano 69 (23150). Lisboa: Renascença Gráfica. 3 de Janeiro de 1990. p. 17. Consultado em 17 de Janeiro de 2021 – via Casa Comum / Fundação Mário Soares 
  12. ARAÚJO, Amadeu (17 de Janeiro de 2008). «Refer vende património com inquilinos lá dentro». Diário de Notícias. Consultado em 14 de Outubro de 2010 [ligação inativa] 

Bibliografia editar

  • SILVA, José Ribeiro da; Ribeiro, Manuel (2007). Os Comboios em Portugal. Volume III 1.ª ed. Lisboa: Terramar - Editores, Distribuidores e Livreiros, Lda. 203 páginas. ISBN 978-972-710-408-6 

Ligações externas editar

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