Estação Ferroviária de São Mamede de Infesta

estação ferroviária em Portugal

A Estação Ferroviária de São Mamede de Infesta é uma interface ferroviária da Linha de Leixões, que serve a localidade de São Mamede de Infesta, no concelho de Matosinhos, em Portugal. Não tem serviços de passageiros desde 1 de Fevereiro de 2011.[2]

São Mamede de Infesta
Identificação: 21048 SMI (S.Ma.Infesta)[1]
Denominação: Estação Satélite de São Mamede de Infesta
Classificação: ES (estação satélite)[1]
Linha(s): Linha de Leixões (PK 10,034)
Altitude: 90 m (a.n.m)
Coordenadas: 41°11′25.27″N × 8°36′47.87″W

(=+41.19035;−8.6133)

Mapa

(mais mapas: 41° 11′ 25,27″ N, 8° 36′ 47,87″ O; IGeoE)
Município: border link=MatosinhosMatosinhos
Serviços: mercadorias
Coroa: C5
Conexões: 30 600
Equipamentos: Acesso para pessoas de mobilidade reduzida
Inauguração: 18 de setembro de 1938 (há 85 anos)
Website:
 Nota: Para outras interfaces ferroviárias com nomes semelhantes ou relacionados, veja Apeadeiro de São Mamede ou Apeadeiro de São Mamede do Tua.

Descrição editar

Este interface tem acesso pela Rua da Estação, na localidade de São Mamede de Infesta;[3] o edifício de passageiros situa-se do lado norte da via (lado direito do sentido ascendente, a Leixões).[4] Está decorado com painéis de azulejos polícromos de temática campestre, produzidas pelas oficinas de Leopoldo Battistini, director artístico da Fábrica Constância, em Lisboa.[5] Em dados de 2010, apresentava duas vias de circulação, ambas com 513 m de comprimento; as duas gares tinham 68 e 70 m de extensão, e 70 m de altura.[6]

 
Obras de construção da Estação de São Mamede de Infesta.

História editar

Planeamento e construção editar

Um concurso público de 27 de Janeiro de 1931 entregou uma empreitada, referente ao conjunto dos trabalhos complementares da Linha de Leixões, ao empresário Waldemar Jara d’Orey.[7] Estas obras incluíam a instalação da via férrea entre Contumil e Leixões, e a construção de todas as estações e apeadeiros, incluindo São Mamede.[7] Esta estação deveria ser servida por comunicações telefónicas, ter um edifício de passageiros, um cais coberto e outro descoberto, uma calçada à portuguesa, e uma estrada de acesso, prevendo-se, inicialmente, que a variante de São Mamede da Estrada Nacional n.º 3 fosse rebaixada para atravessar as vias.[7]

Em 1934, durante a construção da Linha de Leixões, verificaram-se alguns problemas no planeamento desta estação, relativas ao cruzamento com a estrada; com efeito, estava a ser pensada uma solução alternativa, através da construção de uma passagem superior.[8] Nesse ano, estavam quase concluídos os trabalhos no edifício da estação, e nos cais coberto e descoberto, mas ainda não tinham sido iniciadas as obras na passagem superior.[7]

 
A Estação Ferroviária de São Mamede de Infesta em 2020.

Entrada ao serviço editar

O troço entre Contumil e Leixões foi aberto à exploração em 18 de Setembro de 1938.[9]

CP Urbanos do Porto em 2009–2011

(Serv. ferr. suburb. de passageiros no Grande Porto)
Serviços:   Aveiro  Braga
  Caíde  Guimarães  Leixões


(b) Ferreiros 
   
 
   
 Braga (b)
(b) Mazagão 
       
 Guimarães (g)
(b) Aveleda 
       
 Covas (g)
(b) Tadim 
       
 Nespereira (g)
(b) Ruilhe 
       
 Vizela
(b) Arentim 
       
 Pereirinhas (g)
(b) Cou.Cambeses 
       
 Cuca (g)
(m)(b) Nine 
       
 Lordelo (g)
(m) Louro 
       
 Giesteira (g)
(m) Mouquim 
       
 Vila das Aves (g)
(m) Famalicão 
       
 Caniços (g)
(m) Barrimau 
       
 Santo Tirso (g)
(m) Esmeriz 
   
 
 
   
 Cabeda (d)
(m) Lousado 
         
 
 Suzão (d)
(m) Trofa 
         
 
 Valongo (d)
(m) Portela 
         
 
 S. Mart. Campo (d)
(m) São Romão 
         
 
 Terronhas (d)
(m) São Frutuoso 
         
 
 Trancoso (d)
(m) Leandro 
         
 
 Rec.-Sobreira (d)
(m) Travagem 
             
 Parada (d)
(m)(d)(j) Ermesinde 
             
 
 Cête (d)
(j)(ẍ) São Gemil 
 
 
 
 
 
 
 
 Palmilheira (m)
(ẍ) Hosp. S. João 
 
 
 
 
 
 
 Águas Santas (m)
(ẍ) S. Ma. Infesta   Rio Tinto (m)
(ẍ) Arroteia   Contumil (m)(ẍ)
(ẍ) Leça Balio   P.-Campanhã (n)(m)
(ẍ) Leixões 
     
 
     
 P.-São Bento (m)
(n) General Torres 
     
 
 Irivo (d)
(n) Gaia 
 
 
   
 Oleiros (d)
(n) Coimbrões 
       
 Paredes (d)
(n) Madalena 
       
 Penafiel (d)
(n) Valadares 
       
 Bustelo (d)
(n) Francelos 
       
 Meinedo (d)
(n) Miramar 
       
 Caíde (d)
(n) Aguda 
       
 Aveiro (d)
(n) Granja 
       
 Cacia (n)
(n) Espinho 
       
 Canelas (n)
(n) Silvalde 
       
 Salreu (n)
(n) Paramos 
       
 Estarreja (n)
(n) Esmoriz 
       
 Avanca (n)
(n) Cortegaça 
       
 Válega (n)
(n) Carv.-Maceda 
       
 Ovar (n)
 
       
 

Serviço de passageiros em 2009-2011 editar

Todos os serviços ferroviários de passageiros na Linha de Leixões, que se tinham iniciado em 2009, foram suspensos em 1 de Fevereiro de 2011 pela empresa Comboios de Portugal, que justificou esta medida alegando reduzida procura.[2]

Ver também editar

Referências

  1. a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. a b SIMÕES, Pedro Olavo (1 de Fevereiro de 2011). «Deixa de apitar o comboio fantasma». Jornal de Notícias. Consultado em 29 de Agosto de 2013 
  3. «São Mamede de Infesta - Linha de Leixões». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 30 de Abril de 2016 
  4. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  5. MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado: O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. p. 41-43. 446 páginas 
  6. «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2011. Rede Ferroviária Nacional. 25 de Março de 2010. p. 67-89 
  7. a b c d «Construções Ferroviárias: A Linha de Cintura do Porto» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 46 (1112). 16 de Abril de 1934. p. 215-217. Consultado em 29 de Agosto de 2013 
  8. SOUSA, José Fernando de (1 de Janeiro de 1934). «Os Caminhos de Ferro em 1933» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1105). p. 5-8. Consultado em 29 de Agosto de 2013 
  9. «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 29 de Agosto de 2013 
 
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Ligações Externas editar

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