Eugénia Cândida da Fonseca da Silva Mendes

Eugénia Cândida da Fonseca da Silva Mendes (Nelas, Canas de Senhorim, terceiro quartel do século XVIIIViseu, 29 de julho de 1843), 1.ª baronesa da Silva, foi uma empresária agrícola e militante liberal.

Eugénia Cândida da Fonseca da Silva Mendes
Eugénia Cândida da Fonseca da Silva Mendes
A baronesa da Silva, por José de Almeida Furtado (o Gata).
Nascimento Nelas
Morte 29 de julho de 1843
Cidadania Portugal
Ocupação agricultor
Título Barão da Silva

Biografia editar

Filha de José António da Fonseca (Figueiró dos Vinhos, Figueiró dos Vinhos - ?) e de sua mulher Perpétua Maria Xavier (Nelas, Santar, Moreira - ?), neta paterna de Francisco Mendes Furtado (Figueiró dos Vinhos, Figueiró dos Vinhos - ?) e de sua mulher Brites Lopes da Fonseca ou Lopes da Silva (Porto - ?), e neta materna de Luís de Novais da Costa e de sua mulher Francisca Xavier.[1][2]

Foi Senhora de avultados bens e riquíssima Proprietária em Viseu, onde, com seu marido, adquiriu a grande Casa da Regueira dos Barões de Mossâmedes, a Quinta de Cabanões, etc., e que se distinguiu pelo grande concurso que prestou à Causa Liberal, por a ter auxiliado, com grande somas, entre 1826 e 1828, o que a levou à prisão pelo Governo durante o reinado de El-Rei D. Miguel I de Portugal. Consagrou-se à administração da sua grande Casa e à educação de seus netos, órfãos de pai.[3]

Desta senhora existe no Museu Grão Vasco de Viseu, um famoso retrato, pintado pelo artista visiense José de Almeida Furtado (o Gata). É notável pelo realismo, pois apresenta a ilustre e enérgica senhora com abundante desenvolvimento piloso facial, a justificar o apodo de a Barbuda, que lhe deram os seus adversários políticos.[3]

O título de 1.ª Baronesa da Silva, em sua vida, foi-lhe concedido por Decreto de D. Maria II de Portugal de 5 de Janeiro de 1837. Armas, concedidas por Carta de D. João VI de Portugal de 17 de Junho de 1825: escudo em lisonja partido, a 1.ª cortada, o 1.º da Silva e o 2.º Mendes, e a 2.ª da Costa; timbre: da Silva; coroa de Baronesa.[3][4]

Casamento e descendência editar

Casou em 8 de Setembro de 1779, em Oriental, Viseu, com seu tio paterno João da Silva Mendes (Figueiró dos Vinhos, Figueiró dos Vinhos - Viseu, 20 de Dezembro de 1802), Cavaleiro da Ordem de Cristo e riquíssimo Comerciante, opulento Negociante e Proprietário.[5][6] Foram pais de:

Referências

  1. "Nobreza de Portugal e do Brasil", Direcção de Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, 2.ª Edição, Lisboa, 1989, Volume Terceiro, p. 384 e 385
  2. a b "Livro de Oiro da Nobreza", Domingos de Araújo Affonso e Ruy Dique Travassos Valdez, Lisboa: J.A. Telles da Sylva, 2.ª Edição, 1988, Volume Terceiro, pp. 339 e 340
  3. a b c "Nobreza de Portugal e do Brasil", Direcção de Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, 2.ª Edição, Lisboa, 1989, Volume Terceiro, p. 385
  4. "Livro de Oiro da Nobreza", Domingos de Araújo Affonso e Ruy Dique Travassos Valdez, Lisboa: J.A. Telles da Sylva, 2.ª Edição, 1988, Volume Terceiro, p. 339
  5. "Nobreza de Portugal e do Brasil", Direcção de Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, 2.ª Edição, Lisboa, 1989, Volume Terceiro, pp. 385 e 510
  6. a b c d "Livro de Oiro da Nobreza", Domingos de Araújo Affonso e Ruy Dique Travassos Valdez, Lisboa: J.A. Telles da Sylva, 2.ª Edição, 1988, Volume Terceiro, p. 340
  7. "Livro de Oiro da Nobreza", Domingos de Araújo Affonso e Ruy Dique Travassos Valdez, Lisboa: J.A. Telles da Sylva, 2.ª Edição, 1988, Volume Terceiro, pp. 340 e 344
  8. "Nobreza de Portugal e do Brasil", Direcção de Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, 2.ª Edição, Lisboa, 1989, Volume Terceiro, p. 510
  9. "Livro de Oiro da Nobreza", Domingos de Araújo Affonso e Ruy Dique Travassos Valdez, Lisboa: J.A. Telles da Sylva, 2.ª Edição, 1988, Volume Terceiro, pp. 340 e 548