Países que utilizam o F-4 Phantom II

(Redirecionado de F-4 Phantom II utilizadores)
Ver artigo principal: F-4 Phantom II

O F-4 Phantom é um dos mais bem sucedidos aviões do mundo ocidental. Foram construídos nos Estados Unidos 5 057 exemplares de todas as versões, 1 264 para a US Navy e US Marines, 2 857 para a USAF e 1 264 para clientes estrangeiros. No Japão foram ainda construídos 127 unidades sob licença pela Mitsubishi.

O primeiro dos dois protótipos YF4H-1 - nº 142259
A vermelho Países que utilizaram, a azul Países que ainda utilizam o F-4 Phantom

Utilizadores editar

  Estados Unidos editar

Até à entrada em serviço do F-35 Lightning II, o F-4 Pantom é o único avião que serviu a Marinha, Força aérea e Fuzileiros Navais do Estados Unidos simultaneamente.

O F4H-1, mais tarde F-4A, foi a versão de produção inicial para a Marinha. Os testes de operacionalidade em porta-aviões tiveram início em Fevereiro de 1960 a bordo do USS Independence (CV-62). O esquadrão VF-74 atribuído à frota do Atlântico e o VF-114 atribuído à frota do Pacífico, foram os primeiros a ser totalmente equipado com o F-4.

 
F-4J sobrevoando o porta-aviões USS Constellation (CVA-64)

O esquadrão VF-74 foi o primeiro a ser qualificado para operações em porta-aviões em finais de Outubro de 1961.Enre Agosto e Outubro de 1962 foi realizado o primeiro cruzeiro de teste, pelo esquadrão VF-102 a bordo do USS Enterprise (CVN-65) e entre Agosto de 1962 e Março de 1963 realizou-se o primeiro cruzeiro totalmente operacional, a bordo do USS Forrestal (CVA-59) integrando a 6ª Esquadra no Mediterrâneo. F-4 Phantom operando a partir dos porta-aviões, USS Enterprise (CVN-65) e USS Independence (CV-62) tomaram parte no bloqueio naval a Cuba durante a crise dos mísseis em Outubro de 1962. Os últimos F-4B no activo foram substituídos em 1974, passando para unidades de reserva.

O F-4J foi a versão final produzida para a Marinha, deriva do F-4B e corrige uma série de deficiências entretanto detectadas durante o serviço operacional, além de outros melhoramentos, ao nível dos motores e aviónicos. Foram entregues entre Dezembro de 1966 e Janeiro de 1972.

Em 1986 todos os F-4 Phantom tinham deixado o serviço activo. Os últimos foram lançados pela derradeira vez do USS Midway (CV-41) no dia 24 de Março, para nunca mais serem vistos a bordo dos porta-aviões.[1]

Em Junho de 1962 o VMFA-314 tornou-se o primeiro esquadrão a receber o F-4B e em 11 de Abril de 1965 voaram a primeira missão de combate sobre o Vietname. Iniciando um envolvimento activo em apoio das forças terrestres dos Marines, ataques Tally Ho[nota 1] sobre o Vietname do Norte e missões de interdição sobre o Laos. Em 1979 o esquadrão VMFA-323 trocou os seus F-4B por F-4N, pondo um ponto final na carreira activa do F-4B.

 
F-4B do VMFA-314 o primeiro esquadrão dos Marines a operar o Phantom

Durante o conflito do Vietname foram perdidos pelos Marines 72 F-4B em combate, um abatido por um MIG, 65 por fogo antiaéreo e seis por fogo de morteiro ou sabotagem, enquanto se encontravam em suas bases, outros 23 ficaram destruídos por acidentes operacionais. O RF-4B versão desarmada de foto reconhecimento do F-4B e exclusivo dos Marines foi a segunda versão do F-4 em uso, receberam 46 exemplares entre Maio de 1965 e Dezembro de 1970. Em 1975 dois anos após o terminus do conflito no Sudoeste Asiático, onde foram perdidos 3 aviões devido a fogo antiaéreo e um outro num acidente operacional, foram reagrupados no esquadrão VMFP-3 baseado em El Toro até ao final da sua vida activa em Agosto de 1990.[2] O F-4J foi a versão final produzida para a US Navy e os Marines, o VMFA-334 foi o primeiro esquadrão a receber a nova versão a partir de Junho de 1967. Em 1970 foi iniciado o recondicionamento e modernização de 225 F-4B dando origem ao F-4N, que se mantiveram a operar com os Marines até serem substituídos pela modernização do F-4J o F-4S ou pelo novo F/A-18 Hornet no início de 1980. A última unidade a operar o F-4N foi o VFMA-134 que em 1985, abandonou definitivamente a utilização desta versão. Em Janeiro de 1992 o esquadrão VMFA-112, uma unidade de reserva, retirou do inventário o último Phantom F-4S ainda em serviço.[3]

A Força Aérea dos Estados Unidos foi o maior utilizador do F-4 Phantom, no entanto os 27 navalizados F-4B alugados temporariamente à Marinha em Novembro de 1963 foram os primeiros operados pela USAF, essencialmente no treino dos futuros instrutores e equipes de manutenção.

A primeira versão produzida para e utilizada pela Força Aérea, foi o F-4C equivalente ao F-4B. Os primeiros exemplares começaram a ser entregues em Janeiro de 1964 e ganharam capacidade operacional em Outubro desse mesmo ano. No dia 24 de Julho de 1965 o F-4C com o nº de cauda 63-7599, tornou-se o primeiro avião militar Norte-Americano, a ser abatido por um míssil superfície-ar.

O RF-4C é a versão de reconhecimento fotográfico, derivado do F-4C, não possui capacidade de utilizar armamento. O primeiro avião foi entregue em Setembro de 1964 e adquiriu capacidade operacional em Agosto de 1965.

 
Formação de F-4E na comemoração do 50º aníversario da USAF

O EF-4C foi a versão Wild Weasel desenvolvido em paralelo com o F-100F e F-105F no programa Wild Weasel III. Entrou ao serviço em Junho de 1968 após um longo período de desenvolvimento para tentar resolver a falta de espaço para alojar o equipamento.

O F-4D foi a versão seguinte da USAF, basicamente era uma versão melhorada do F-4C, do qual herdou os principais defeitos. O primeiro exemplar voou em Março de 1966 e iniciou as hostilidades no Vietname em Maio de 1967, substituindo gradualmente o F-4C. Inicialmente não estava equipado para o transporte e lançamento do AIM-9 Sidewinder, tendo perdido essa capacidade em favor do AIM-4D Falcon preferido pelas chefias da USAF, devido ao fraco desempenho do míssil, todos os F-4D foram alterados para permitir a utilização do míssil Sidewinder. Quatro exemplares foram modificados e designados EF-4D para a função Wild Weasel IV/V. Dois foram equipados com o sistema de radar, aviso antecipado e aquisição de alvos AN/APS-107 para uso do en:AGM-78 Standard, os outros dois serviram como aviões de teste, no desenvolvimento dos equipamento do F-4G.

O F-4E introduziu alguma modificações aerodinâmicas, que melhoraram o desempenho em voo, bem como um canhão interno M61 Vulcan, que no início se mostrou problemático, devido à ingestão dos gases pelas entradas de ar dos motores, quando disparado, o que provocava frequentes perdas de potência. Voou pela primeira vez 30 de Junho de 1967 e iniciou-se no Vietname em Janeiro de 1969. Após o final do conflito começaram a ser substituídos gradualmente pelos F-15 e F-16 no inventário da USAF, e acrescentados à Reserva da Força Aérea e Guarda Nacional.[4]

  Alemanha editar

A Luftwaffe foi um dos grandes utilizadores do F-4 Phantom, a primeira versão a ser usada foi o RF-4E, uma versão desarmada do F-4E, nunca utilizada pela USAF e dedicada apenas à exportação. Voou pela primeira vez com as cores Alemãs no dia 15 de Setembro de 1970 e ficou operacional em 20 de Janeiro de 1971, com a Aufklarungeschwader [nota 2] 51 "Immelmann", (AKG 51) baseada em Bremgarten. Em Setembro de 1971 foi formada a AKG 52, baseada em Leck. Um total de 88 RF-4E foram entregues, nºs de seríe da Luftwaffe 3501 a 3588. Em 1978 foi decidido capacitar os RF-4E para ataque ao solo. Num programa que terminou em 1982 todos os aviões foram modificados pela Messerschmitt-Bolkow-Blohm (MBB), foi ainda melhorada a capacidade de reconhecimento com a substituição do equipamento e adicionado um dispersor de chaff .[nota 3] Os RF-4E deixaram o serviço activo progressivamente entre 1993 e 1994. 32 foram transferidos para a Turquia e outros 20 para a Grécia.

 
F-4F da Luftwaffe

A segunda versão a ser utilizada pela Luftwaffe foi o F-4F, dos quais foram encomendados 175 unidades. O primeiro F-4F voou pela primeira vez em 18 de Maio de 1973, as entregas tiveram início em 5 de Setembro de 1973 e o último exemplar foi entregue Abril de 1976. Nºs de série da Luftwaffe 3701 a 3875, equiparam duas esquadras de intercepção a JG-71 Richthofen e a JG-74 Molders e duas esquadras de ataque ao solo, a JBG-35 e a JBG-36. Doze F-4F também designados não oficialmente por TF-4F foram baseados na George AFB nos Estados Unidos para treino das tripulações alemãs, devido às condições meteorológicas no Norte da Europa serem habitualmente pouco favoráveis. Estes aviões operavam com marcas e nºs de cauda da USAF e foram substituídos em 1978 por 10 F-4E, passando a operar na base de Holloman no Estado do Novo México a partir de Maio de 1992. Os originais F-4F regressaram à Alemanha onde a capacidade operacional foi totalmente restaurada.[5]

  Austrália editar

Em Março de 1963 a McDonnell fez uma tentativa para atrair o interesse da Real Força Aérea Australiana (RAAF), oferencendo a versão F-4C com motores de fabrico Francês, SNECMA Atar 9, o mesmo que propulsionava os Mirage III Australianos.[6] No entanto o governo nesse mesmo ano, anunciou a decisão de adquirir 24 General Dynamics F-111 de geometria

 
F-4E da USAF em 1982. Entre 1970 e 1973 serviu na RAAF

variável, com a primeira entrega planeada para 1968, devido a problemas estruturais na fuselagem, a sua introdução foi repetidamente adiada. Como medida interina até à entrada em serviço dos F-111 foram alugados 24 F-4E e RF-4E.[nota 4] Serviram no primeiro e sexto esquadrão, entre Setembro de 1970 e final de Junho de 1973, quando finalmente os F-111 chegaram. Devido ao agrado que o que F-4E teve junto dos pilotos e do comando da RAAF, foi considerado cancelar a ordem de compra dos F-111 a favor da aquisição dos "Phamtom", o que não veio a acontecer devido ao elevado custo, que envolvia também a compra de vários KC-135 de reabastecimento em voo, para apoio do F-4E.[7] Foram devolvidos aos Estados Unidos, com excepção de um acidentado em Junho de 1971, e integrados no activo da USAF.[8]

  Coreia do Sul editar

A Força Aérea da República da Coreia começou a adquirir Phantoms no final dos anos 60, inicialmente encomendou 18 F-4D e recebeu os primeiros quatro em Agosto de 1969, em 1972 recebeu mais 18 F-4D do inventário da USAF na Coreia, oficialmente estes aviões estavam na situação de alugados, mas a transferência veio a revelar~se permanente. No total 92 F-4D ex-USAF foram transferidos até 1988, dos quais 60 ainda se encontram em serviço. Em 1978 37 F-4E são encomendados à McDonnell o último dos quais, nº 78-0744, foi o derradeiro Phantom construído nos Estados Unidos, com as transfrências de F-4E usados da USAF o total da versão "E" eleva~se a 103 exemplares dos quais 55 continuam servindo. Um total de 23 RF-4C foram também transferidos para a Força Aérea da República da Coreia.[5] Actualmente e no total das versões F-4D/E/RF-4C encontram-se no activo 138 unidades, mais 40 armazenados.[9]

  Egito editar

Antes do acordo de Camp David, a Força Aérea Egípcia dependia da ex-União Soviética como fornecedora de equipamento e dos seus vizinhos Árabes,

 
Um F-4E Egípcio durante o exercício BRIGHT STAR 85, ao fundo estão dois C-141 Starlifter da USAF

ricos em petróleo para subsidiarem as aquisições. Após a assinatura dos acordos de paz os financiamentos foram cortados, servindo como exemplo, o não cumprimento por parte da Arábia Saudita do acordado para a compra de 50 Northrop F-5E Tiger II e subsequente doação ao Egipto. Em sua substituição o Departamento de Estado dos Estados Unidos propôs o fornecimento de 35 F-4E ex-USAF por troca de alguns MIG-21 e MIG-23, para uso da USAF. A este projecto foi dado o nome de código Peace Pharaoh, e a entrega dos F-4E ocorreu em Setembro de 1979.

Os pilotos Egípcios habituados ao mais simples MIG-2 consideraram o F-4E um desafio e os mecânicos consideram-no muito mais complexo do que aqueles com que estavam familiarizados e muito mais difícil de manter em estado operacional. Os índices de prontidão ficaram de tal modo baixos, que foi considerada a sua venda à Turquia, em troca de alguns F-16. Contudo um rigoroso programa de treino em colaboração com a USAF melhorou gradualmente a eficiência das equipes de terra, de tal modo que foi decidido manter os F-4E. Em 1988 mais sete exemplares foram transferidos, os quais foram os últimos, dada a decisão do governo Egípcio de adquirir um elevado número de F-16. Continuam em serviço 34 F-4E apesar de não terem sido alvo de qualquer modernização.[9][10]

  Espanha editar

A Força Aérea Espanhola[nota 5] recebeu do inventário da USAF, 36 F-4C entre Outubro de 1971 e Setembro de 1972, mais quatro entre Julho e Agosto de 1978 e ainda quatro RF-4C entre Outubro e Novembro de 1978. Como é usual com todas as aeronaves ao serviço da Força Aérea Espanhola adquiriram novas designações internas, assim os F-4C e RF-4C, passaram a C-12[nota 6] e RC-12 respectivamente.[11] Todos estes aviões tinham já bastantes horas de voo, a maioria dos quais provinham da 81ª TFW,[nota 7] utilizada em operações de combate na guerra do Vietname. Foram totalmente revistos nas Construcciones Aeronauticas SA, (CASA),[nota 8] e mantiveram-se os F-4C no activo até ao final 1988. No início de 1990 foram recebidos 12 RF-4C ex-Kentucky ANG[nota 9] que se juntaram aos iniciais quatro RC-12 (RF-4C) formando um Esquadrão especializado em reconhecimento táctico.[11] Foram retirados em 2002.

  Grécia editar

A Força Aérea Helénica usou uma mistura de modelos F-4E e RF-4E, adquiridos novos à McDonnell Douglas e usados transferidos da USAF e da Luftwaffe, totalizando 121. Entraram ao serviço em Abril de 1974, substituindo o F-84F. Alguns F-4E mais antigos, foram modificados para um padrão próximo do F-4G Wild Weasel, da USAF para o que foram fornecidos mísseis AGM-88A HARM.

Em Abril de 1999 voou o primeiro de 38 F-4E, modificados para um padrão próximo dos F-4F ICE Alemães, a que foi dado o nome Peace Icarus 2000. Continuam no activo 53 F/RF-4E.[9][12]

  Irão editar

O governo dos Estados Unidos apoiou activamente a ambição do [nota 10] Mohammad Reza Pahlavi na modernização da Força Aérea Imperial do Irão, já que a mesma se podia converter num efectivo contra poder num eventual expansionismo Soviético.

 
IIAF F-4D Phantom II, usando o paraquedas na travagem após a aterragem

Foram encomendados 16 mais 16, F-4D entre 1966 e 1967, os quais começaram a chegar ao Irão em 8 de Setembro de 1968. No início de 1970 foi colocada uma outra encomenda de 208 F-4E e 32 RF-4E, dos quais apenas foram entregues 177 e 16 respectivamente, entre 1971 e 1979. Devido à revolução Islâmica entretanto ocorrida que afastou o Irão da esfera Ocidental os restantes exemplares em falta da encomenda inicial, foram cancelados. O embargo Norte-Americano criou grandes dificuldades para a manutenção dos aviões e treino dos seus pilotos, que foram suavizadas durante o conflito Irão-Iraque pelo fornecimento ilegal de peças de reposição por parte de Israel e alguns países da NATO, como prova a inspecção feita a um F-4E cujo piloto desertou para a Arábia Saudita no dia 31 de Agosto de 1984. A própria Administração Reagan violou o embargo em 1985, ao enviar carregamentos clandestinos de armamento, peças de reposição e munições, contrariando uma directiva do Congresso dos Estados Unidos e provocando uma crise constitucional quando foi tornada pública em Novembro de 1986. [nota 11][13][14][15]

Em 5 de Junho de 1984 dois F-4E Iranianos foram interceptados por dois F-15 Eagle Sauditas, quando se aproximavam de instalações petrolíferas, deste confronto resultou um F-4E abatido, no que é considerado o primeiro e único abate intencional de um produto McDonnell por outro produto McDonnell! [nota 12]

Continuam em serviço 65 unidades F-4D/E/RF-4E.[16]

  Israel editar

Em 1965 Israel mostrou interesse em adquirir o F-4, mas viu a sua aquisição recusada por razões políticas. Contudo após as perdas sofridas durante a guerra dos seis dias, o embargo Francês à venda de armas e o fluxo de armamento da União Soviética para os seus inimigos, fez reconsiderar a posição do Departamento de Estado Norte-Americano.

 
F-4E Israelita no museu da Força Aérea (Muzeyon Heyl ha-Avir)

A IDF/AF foi o maior utilizador do Phantom logo a seguir aos Estados Unidos ao receber entre 1969 e 1976 240 F-4E e RF-4E, de acordo com vários programas de assistência militar e assim distribuídos:[17]

  • Ao abrigo do programa Peace Echo I é acordada a venda de 44 F-4E e seis RF-4E. Entrega do primeiro F-4E em 5 de Setembro de 1969.
  • 24 F-4E ex-USAF são entregues durante 1971 de acordo com o programa Peace Echo II e III.
  • Ainda durante 1971 são transferidos mais 12 F-4E ex-USAF ao abrigo do programa Peace Patch.
  • O programa Peace Echo IV formaliza a compra de mais 28 F-4E novos e a transferência de 24 ex-USAF, entregues entre Abril de 1972 e Outubro de 1973.
  • No final de Outubro de 1973, o Presidente Richard Nixon aprovou um transferência de emergência de 36 F-4E, no sentido de colmatar as elevadas perdas na Guerra do Yom Kipur, a que foi dado o nome de "operação Nickel Grass".
  • No final da Guerra do Yom Kipur 24 novos e 24 F-4E ex-USAF, bem como 12 RF-4E foram transferidos ao abrigo do programa Peace Echo V. O último F-4E Pantom foi entregue em Novembro de 1976
 
ilustração - 2 F-4E acompanham e abatem um Boeing 727 Líbanês

Especulou~se muito sobre a posse de armas nucleares por parte de Israel desde os finais dos anos 60. O jornalista de investigação, Prémio Pulitzer, Seymour Hersh afirmou num dos seus trabalhos de investigação, que: "terá havido momentos durante a Guerra do Yom Kipur em que as coisas estiveram de tal modo desfavoráveis para Israel, que um esquadrão de F~4E foi armado com bombas nucleares e posto em alerta permanente para possível uso". Esta afirmação nunca foi confirmada ou desmentida por parte dos governos Israelitas,[18]

Foi planeada uma ambiciosa modernização para prolongar a vida útil e melhorar as suas capacidades bélicas, mas devido ao elevado custo por avião e atendendo à sua idade foi decidida uma mais modesta. Todos os F-4E que foram modernizados, passaram a ser designados, Kurnass 2000.[17]

  Japão editar

A Força Aérea de Autodefesa do Japão (JASDF)[nota 13] adquiriu 140 unidades para defesa aérea designados F-4EJ e 14 aviões de reconhecimento designados RF-4EJ. Em Julho de 1971 foram entregues os dois primeiros exemplares, construídos pela McDonnell, que serviram de

 
F-4EJ, Base aérea de Hyakuri, Setembro de 2007. Avião já retirado e mantido em condições de voo

protótipos para desenvolvimento dos procedimentos de operação e manutenção. Mais onze aviões foram fornecidos e entregues em peças para serem montados no Japão pela Mitsubishi Heavy Industries, que também construiu os restantes 127 sob licença. Os 14 RF-4EJ de reconhecimento foram integralmente construídos nos Estados Unidos e entregues entre Novembro de 1974 e Junho de 1975.[19] Em 1992 dos 140 F-4EJ inicias já só restavam 125 com capacidade operacional, 90 tinham sido modernizados para para o padrão F-4EJ Kai e os restantes era suposto serem transformados em RF-4EJ. Devido a problemas orçamentais só 17 foram escolhidos para serem transformados, mas apenas lhes foi retirado o canhão interno. Sendo necessário recorrer a equipamento externo para realizarem missões de reconhecimento. Os F-4EJ foram substituídos pelo F-15 Eagle, operação que começou no início dos anos 90 e terminou em Março de 1997, 12 RF-4EJ serviram até final de 2000. 14 aviões foram perdidos em acidentes.[20]

  Reino Unido editar

A decisão do governo Britânico de autorizar a compra do F-4 Phantom foi tomada em 1964, após os sucessivos atrasos e insucessos no desenvolvimento do P-1154 da Hawker-Siddeley, (projecto para um avião V/STOL),[nota 14] devido à impossibilidade de atender o compromisso de um avião de ataque monolugar para a RAF e de um avião interceptor de dois lugares em tandem, para a Royal Navy.[21]

  • Royal Navy
 
McDonnell Douglas Phantom FG.1 (F-4K)sendo lançado do HMS Ark Royal (R09)

Não se mostrando possível num horizonte de três anos, recorrer a uma solução interna a Royal Navy, optou pelo F-4 Phantom, avião que exceptuando a capacidade V/STOL atendia os requerimentos originais do projecto P-1154 da Hawker-Siddeley, entretanto cancelado, o que originou a imposição de condições por parte do governo, tentando minimizar a perda de postos de trabalho. Assim foi decidido que os motores e parte dos sub-sistemas do avião teriam que ser de origem e fabrico Britânico .

A escolha do propulsor recaiu no Rolls-Royce spey 202/203 com 9 300 kg força (91.3Kn) com pós-combustão, tornando possível antecipar com razoável certeza que o desempenho estaria à altura da motorização Americana. No entanto o casamento entre motor e fuselagem não foi integralmente conseguido, persistindo até ao abate dos aviões, o que talvez não fosse de estranhar já que se tratava de uma adaptação de um motor civil, para uso no avião de ataque sub-sónico Blackburn Buccaneer, que estava sendo novamente adaptado para uso supersónico. A electrónica seria fornecida pela Ferranti.[nota 15][22]

Os primeiros três F-4K de um total de 52, designados na Royal Navy por Phantom FG.Mk 1, são entregues a 29 de Abril de 1968 na base aeronaval de Yeovilton, onde tem início os ensaios e os treinos das equipes de manutenção, integrados temporariamente no Esquadrão nº 700P, enquanto eram formados os Esquadrões nº 892 e 767 para efectuar operações baseadas em porta-aviões e treino das equipes de manutenção respectivamente. O Esquadrão 892 ficou qualificado para operações embarcadas no Outono de 1969 a bordo do USS Saratoga e em Junho de 1970 faz a sua primeira comissão de serviço a bordo HMS Ark Royal. O último Phantom FG.Mk 1 (XV592) foi entregue a 21 de Novembro de 1969. Devido aos custos demasiado elevados, o HMS Eagle nunca foi modernizado para servir de plataforma ao Phantom FG.Mk 1 e o HMS Victorious devido a um incêndio que provocou danos avultados foi reformado mais cedo que o inicialmente previsto. Somente com o HMS Ark Royal activo, apenas 29 Phantom FG.Mk 1 eram necessários à Marinha Real Britânica, os restantes foram transferidos para o Esquadrão 43º da RAF. Em 1978 o governo Britânico decidiu que não se podia dar ao luxo de manter um porta-aviões para uso de aviões de asa fixa e o Ark Royal foi também desactivado. O último Phantom FG.Mk 1 foi lançado do convés de voo do Ark Royal em 27, Novembro de 1978. Em Dezembro foram transferidos para o 111º Esquadrão da RAF com a responsabilidade de patrulhar e defender o espaço aéreo entre a Islândia e o Reino Unido. Foram perdidos sete Phantom FG.Mk 1 em acidentes enquanto ao serviço da Marinha Real e mais oito depois de transferidos para a RAF.[23]

  • RAF
 
Phantom FG.1 da RAF ex-Royal Navy

Encomendados 118 F-4M, designados Phantom FGR.Mk 2 pela RAF o primeiro (XT891) foi entregue em 18 de Julho de 1968 e o último (XV501) em 20 de Outubro de 1969, devido a um acidente e às necessárias reparações ainda nos Estados Unidos, o XV434 só atingiu capacidade operacional em 16 de Junho de 1970. Até à entrada em serviço do SEPECAT Jaguar o ataque ao solo era a missão primária dos Phantom FGR.Mk 2, passando posteriormente, e à medida que os English Electric Lightning atingiam o limite de idade, a assegurar o seu papel de intercepção e defesa aérea. Os Phantom FGR.Mk 2 não participaram na guerra das Falkland/Malvinas, mas após a sua recaptura passaram a ter presença permanente na Ilha. Para compensar o equilíbrio de forças na Europa, foram comprados 15 F-4J ex-US Navy, que mantiveram os motores e aviónicos Americanos. Recebidos em Agosto de 1984 foram retirados no início de 1991, ao contrário do expectável não foram designados Phantom FGR.Mk 3 para não se confudirem com os Tornado F.Mk 3 ficando conhecidos como F-4J(UK). A partir de 1991 com a entrada em serviço dos Panavia Tornado os Phantom FGR.Mk 2 foram progressivamente desactivados, o 74º esquadrão foi a última unidade a operar o Phantom até ao final de 1992. Terminando assim a era de um dos mais famosos aviões ao serviço de Sua Majestade.[24]

  Turquia editar

Durante a década de 1970 a Força Aérea da Turquia veio a confirmar-se como um dos mais importantes utilizadores do F-4E. Entre unidades novas e transferidas de outros países da OTAN adquiriu um total de 233 F-4E e RF-4E. A primeira encomenda de 40 F-4E novos, foi efectuada ao abrigo do programa Peace Diamond III durante o ano de 1973. Foram entregues até Agosto de 1974 e substituiram os Northrop F-5A.

 
Um F-4E Turco no Royal International Air Tattoo, Setembro de 2006

Em 1977 foram encomendados mais 32 F-4E e oito RF-4E novos, ainda ao abrigo do programa Peace Diamond III e substituíram os F-100 Super Sabre e RF-84F[nota 16] respectivamente. Ao abrigo do programa Peace Diamond IV foram transferidos em 1987 40 F-4E que já tinham sido abatidos ao efectivo da USAF. Outros 40 F-4E nas mesmas condições foram transferidos em 1991 como agradecimento pelo apoio dado aos objectivos Americanos na primeira Guerra do Golfo. Entre 1992 e 1994 foram recebidos 32 RF-4E ex-Luftwaffe.[10]

Em Agosto de 1995 a Israel Aircraft Industries, ganhou um concurso no valor de US$ 600 milhões, para a modernização de 54 F-4E, elevando-os ao padrão semelhante aos F-4E Kurnass 2000 Israelitas já modernizados. 26 aviões foram modificados em Israel, que também forneceu os kits de montagem para os restantes 28 sofrerem a mesma modificação na Turquia. Estes F-4 foram designados internamente por F-4E/2020 Terminator, revelando a esperança Turca de os conseguir manter em estado de combate até ao ano 2020.[25][26]

Sinopse editar

US Navy e US Marines
F-4 Phantom produzidos para uso interno (EUA)
2 XF4H-1
45 F-4A
649 F-4B - estão incluídos 12 F-4G (versão da US Navy) e 243 F-4N modernizados
46 RF-4B
522 F-4J - estão incluídos 302 F-4S modernizados
Total → 1,264 F-4 produzidos para US Navy e US Marines
US Airforce
583 F-4C
2 YRF-4C
503 RF-4C
793 F-4D
993 F-4E estão incluídos 116 F-4G Wild Weasel modernizados
Total → 2,874 produzidos para a USAF
Total → 4,138 produzidos para os Estados Unidos
F-4 Phantom produzidos para exportação
Alemanha
10 F-4E
88 RF-4E
175 F-4F
Total → 273 produzidos para a Alemanha
Coreia do Sul
92 F-4D ex-USAF mais 12 RF-4C ex-USAF
37 F-4E mais 66 F-4E ex-USAF
Total → 37 produzidos para a Coreia do Sul mais 170 usados (207)
Egipto
44 F-4E ex-USAF usados
Espanha
40 F-4C mais 20 RF-4C ex-USAF Total → 60 usados
Grécia
56 F-4E mais 28 F-4E ex-USAF
8 RF-4E mais 29 RF-4E ex-Luftwaffe
Total → 64 produzidos para a Grécia mais 57 usados (121)
Irão
32 F-4D
177 F-4E pelo menos mais 23 F-4E ex-USAF via esquema Irão-Contras
16 RF-4E
Total → 225 produzidos para o Irão mais 23 usados (248)
Israel
42 F-4E mais 162 F-4E ex-USAF
12 RF-4E
Total → 54 produzidos para Israel mais 162 usados (216)
Japão
140 F-4EJ 2 produzidos nos EUA, 11 fornecidos em kits, restantes produzidos pela Mitsubishi
14 RF-4E
Total → 154 produzidos para o Japão
Reino Unido
52 FG.1 (F-4K) para a Royal Navy
118 FGR.2 (F-4M) para a RAF mais 15 F-4J ex-US Navy
Total → 170 produzidos para o Reino Unido mais 15 usados (185)
Turquia
72 F-4E mais 15 ex-USAF
8 RF-4E
Total → 80 produzidos para a Turquia mais 15 usados (95)
Total → 1,057 produzidos para exportação

Variantes editar

 
Os pilotos e todos os que trabalharam com o F-4, apelidaram-no com vários nomes, mas "burro de carga" foi o mais elogioso de todos. Um avião com o qual se podia contar, um avião que fazia tudo o que lhe era pedido, um avião que cumpria a sua missão e trazia o seu piloto de regresso a casa.[nota 17]

Notas editar

  1. Voos executadas por aviões Norte-Americanos sobre o Vietname do Norte, procurando visualmente por alvos terrestres passíveis de serem atacados. Expressão que se crê derivada do Francês taïaut.
  2. Esquadrão de reconhecimento
  3. Engodo metálico destinado a atrair a atenção de um míssil antiaéreo guiado por ondas de radar, permitindo a fuga do avião lançador
  4. Números de serie 69-7201/697217, 69-7219/69-7220, 69-7304/69-7307 e 69-7324
  5. Ejército del Aire ou EdA
  6. "C" de caza e modelo nº 12 a entrar em serviço
  7. 81ª Esquadra Táctica de Caças
  8. Com experiência na manutenção dos F-4 da USAF na Europa}}
  9. Guarda (Aérea) Nacional do Kentucky
  10. Xá ou Shah título dado aos monarcas da Pérsia e do Afeganistão
  11. Ficou conhecido como Irangate. O dinheiro obtido com a venda clandestina de armas ao Irão servia para apoiar os "Contras" na luta pelo poder na Nicarágua
  12. Existem relatos de aviões Americanos abatidos por outros aviões Americanos, não intencionalmente, no Vietname, devido à pouca fiabilidade do binómio identificador IFF/míssil AIM-7 Sparrow
  13. Japan Air Self-Defense Force
  14. Acrónimo do inglês Vertical/Short Take-Off and Landing (descolagem e aterragem vertical e ou em espaço reduzido)
  15. Falida em 1993
  16. Versão de reconhecimento do F-84F
  17. Assim no original: "The pilots and crews who worked with the aircraft called it many nicknames, but most of all they praised it as a workhorse, an aircraft you could count on, an aircraft that did it all, and an aircraft that got the job done and got you home again".

Ver também editar

Referências

  1. Rene J. Francillon (1990). McDonnell Douglas Aircraft Since 1920, Volume II. [S.l.]: Naval Institute Press. pp. 214 a 220. ISBN 0851778283 
  2. Rene J. Francillon (1990). McDonnell Douglas Aircraft Since 1920, Volume II. [S.l.]: Naval Institute Press. pp. 219, 220 e 221. ISBN 0851778283 
  3. Francis K. Mason, (1984). PHANTOM - A Legend In Its Own Time. [S.l.]: Patrick Stephens Limited. pp. 38 a 60. ISBN 0850595800 
  4. Marcelle Size Knaack (1978). Encyclopedia of U.S. Air Force Aircraft and Missile Systems: Volume 1. [S.l.]: Office of Air Force History. pp. 265 a 284. ISBN 0-912799-59-5 
  5. a b Rene J. Francillon (1990). McDonnell Douglas Aircraft Since 1920, Volume II. [S.l.]: Naval Institute Press. pp. 234 e 235. ISBN 0851778283 
  6. Rene J. Francillon (1990). McDonnell Douglas Aircraft Since 1920, Volume II. [S.l.]: Naval Institute Press. pp. 235 e 236. ISBN 0851778283 
  7. «RAAF página oficial». Consultado em 3 de julho de 2010 
  8. Francis K. Mason, (1984). PHANTOM - A Legend In Its Own Time. [S.l.]: Patrick Stephens Limited. 131 páginas. ISBN 0850595800 
  9. a b c Flight International (2008). «Directory: WORLD AIR FORCES.pdf» 
  10. a b Rene J. Francillon (1990). McDonnell Douglas Aircraft Since 1920, Volume II. [S.l.]: Naval Institute Press. 239 páginas. ISBN 0851778283 
  11. a b Rene J. Francillon (1990). McDonnell Douglas Aircraft Since 1920, Volume II. [S.l.]: Naval Institute Press. pp. 236 e 237. ISBN 0851778283 
  12. Francis K. Mason. PHANTOM - A Legend In Its Own Time. Patrick Stephens Publishers, 1984. pp.138. ISBN 0850595808
  13. Rene J. Francillon (1990). McDonnell Douglas Aircraft Since 1920, Volume II. [S.l.]: Naval Institute Press. 230 páginas. ISBN 0851778283 
  14. Tom Cooper e Liam F. Devlin (2006). Iran a Formidable Opponent?. [S.l.]: Combar Aircraft Magazine 
  15. Francis K. Mason, (1984). PHANTOM - A Legend In Its Own Time. [S.l.]: Patrick Stephens Limited. pp. 132 e 133. ISBN 0850595800 
  16. «Directory: WORLD AIR FORCES.pdf». Consultado em 8 de Julho de 2010 [ligação inativa]
  17. a b Shlomo Aloni (2001). Arab-Israeli Air Wars 1947-82. [S.l.]: Oxford, Osprey Aviation,. pp. 38 a 58. ISBN 1841762946 
  18. Hersh, Seymour M. (1991). The Samson Option: Israel's Nuclear Arsenal and American Foreign Policy. Random House. ISBN 0-394-57006-5.
  19. Rene J. Francillon (1990). McDonnell Douglas Aircraft Since 1920, Volume II. [S.l.]: Naval Institute Press. 237 páginas. ISBN 0851778283 
  20. Koku Phantom, Yoshitomo Aoki, Air Forces Monthly, Março de 2000
  21. Francis K. Mason (1984). PHANTOM - A Legend In Its Own Time. [S.l.]: Patrick Stephens Publishers. 117 páginas. ISBN 0850595808 Verifique |isbn= (ajuda) 
  22. Francis K. Mason (1984). PHANTOM - A Legend In Its Own Time. [S.l.]: Patrick Stephens Publishers. pp. 117 e 120. ISBN 0850595808 Verifique |isbn= (ajuda) 
  23. Francis K. Mason (1984). PHANTOM - A Legend In Its Own Time. [S.l.]: Patrick Stephens Publishers. pp. 120 e 122. ISBN 0850595808 Verifique |isbn= (ajuda) 
  24. Francis K. Mason (1984). PHANTOM - A Legend In Its Own Time. [S.l.]: Patrick Stephens Publishers. pp. 122, 125 e 127. ISBN 0850595808 Verifique |isbn= (ajuda) 
  25. Turkish Phantoms, letter from Philippe Lamberts in Air Forces Monthly, Maio 2000
  26. Turkish Terminators, Serhat Guvenc, Air Forces Monthly, Abril 2000

Bibliografia editar

  1. McDonnell Douglas Aircraft Since 1920: Volume II, Rene J. Francillon, Naval Institute Press, 1990. ISBN 0851778283
  2. United States Military Aircraft Since 1909, Gordon Swanborough and Peter M. Bowers, Smithsonian, 1989. ISBN 0370000943
  3. Turkish Terminators, Serhat Guvenc, Air Forces Monthly, Abril 2000.
  4. Turkish Phantoms, letter from Philippe Lamberts in Air Forces Monthly, Maio 2000.
  5. PHANTOM - A Legend In Its Own Time, Francis K. Mason, Patrick Stephens Publishers, 1984 ISBN 0850595808
  6. Shlomo Aloni. Arab-Israeli Air Wars 1947-82. Oxford, Osprey Aviation,, 2001. ISBN 1841762946

Ligações externas editar


Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
  Imagens e media no Commons