Farol do Cabo de Santa Maria
O Farol do Cabo de Santa Maria é um farol português situado na Ilha da Culatra, cidade e distrito de Faro, em frente a Olhão no Algarve. Implantado a cerca de 2.500 metros a ENE do Cabo de Santa Maria e deste separado pela Barra Nova, canal cuja abertura definitiva, no primeiro quartel do século XX, para serviço dos portos de Faro e Olhão, causou a divisão da Ilha do Cabo de Santa Maria em duas partes - Culatra e Barreta.[2]
Farol do Cabo de Santa Maria | |
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Número nacional | 505 |
Informação geral | |
Coordenadas | 36° 58′ 28,65″ N, 7° 51′ 52,76″ O |
Sítio | Faro (Sé e São Pedro) |
Localização | Faro, ![]() |
País | Portugal |
Altitude | 50 m |
Corpo de água | Ria Formosa |
Luz característica | Fl (4) W 17 s |
Alcance | 25 milhas náuticas |
Altura | 46 |
Altura focal | 50 metro, 47 metro |
Entrada em serviço | 1851 |
Automatização | 1997 |
Construção | 1851 |
Equipamento | |
Ótica | lentes de Fresnel 3ª ordem 500 mm |
Códigos internacionais | |
№ Faróis de Portugal | 506 |
№ internacional | D-2206 |
№ da NGA | 113-3724[1] |
Online List of Lights | 12892 |
№ da ARLHS | POR-013 |
Trata-se de uma torre branca, tronco-cónica, com esqueleto exterior em betão armado, formado por uma malha cónica de pilares e vigas. Farolim e varandim vermelhos.
História
editarO Farol do Cabo de Santa Maria data já de 1851. Este farol foi o primeiro em Portugal a receber um aparelho lenticular de Fresnel de segunda ordem com 700 milímetros de distância focal, que permitia à luz, branca, um alcance de 15 milhas, instalado no alto de uma torre cilíndrica de 35 metros.
Em 1922 a torre foi aumentada 12 metros, passando a medir 47 metros, ano em que o aparelho óptico inicial foi substituído por um de terceira ordem, grande modelo, de rotação, iluminado a um candeeiro de petróleo. Três anos depois, este candeeiro viria a ser substituído pela incandescência do vapor de petróleo. Em 1929, devido à acção dos elementos, diversas oscilações começaram a ser sentidas na torre, o que levou a obras de consolidação que passaram pela implementação de pilares ao longo de toda a altura do farol, no exterior da torre, e cintas de cimento armado.
Em 1949, é electrificado com a instalação de grupos electrogéneos, substituindo-se a incandescência de vapor de petróleo por incandescência eléctrica. Foram também montados painéis adicionais ao aparelho lenticular, dando-lhe a característica de aeromarítimo e instalado um radiofarol. Já em 1995, foi levada a cabo uma obra para a consolidação da torre de grande envergadura, que obrigou ao desmantelamento da lanterna e provisória instalação num andaime. Esta intervenção levou cerca de um ano e em 1997 o farol é automatizado.
Em 2001, o farol aeromarítimo é desinstalado por não mais ter interesse para a navegação.
Informações
editar- Acesso: Por barco a partir de Olhão ("Terminal T")
- Aberto ao público: Sim, todas as quartas-feiras das 14H00 às 17H00[3]
- Uso actual: Ajuda activa à navegação
Ver também
editarReferências
- ↑ «Cabo de Santa Maria». NGA List of Lights - Pub. 113 - Aid No. 3724 (em inglês). NGA - National Geospatial-Intelligence Agency. 26 de setembro de 2009. Consultado em 31 de agosto de 2010
- ↑ «Farol do Cabo de Santa Maria». Inventário. Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana. 2007. Consultado em 12 de Março de 2009
- ↑ «Faróis abrem ao público todas as quartas-feiras». Marinha. 19 de novembro de 2011. Consultado em 23 de julho de 2012. Arquivado do original em 3 de fevereiro de 2013
- «Farol do Cabo de Santa Maria». Revista da Armada. Marinha de Guerra Portuguesa. Maio de 2004. Consultado em 26 de Fevereiro de 2009
- «Lista de Faróis (Continente)». Faróis de Portugal. A.N.C.- Associação Nacional de Cruzeiros. 2 de Outubro de 1997. Consultado em 18 de Dezembro de 2013