Fernando Venâncio

escritor português (1944-2025)

Fernando Venâncio (Mértola, 13 de novembro de 1944 – Mértola, 30 de maio de 2025) foi um escritor, intelectual, crítico literário, e académico português. Também tinha nacionalidade holandesa.

Fernando Venâncio
Fernando Venâncio (2009)
Nascimento13 de novembro de 1944
Mértola, Portugal
Morte30 de maio de 2025 (80 anos)
Mértola, Portugal
Género literárioRomance, conto
Movimento literárioPós-modernismo
Magnum opusBeijo Técnico e Outras Histórias

Biografia

editar

Fernando Venâncio passou sua infância em Lisboa, completou o liceu na cidade de Braga. Estudou Filosofia em Vila Nova de Ourém e Teologia em Lisboa. Em 1970 mudou-se para a Holanda, onde acabou por concluir seus estudos em linguística pela Universidade de Amesterdão, em 1976. Dois anos depois, começou a leccionar no departamento de estudos de Português na Universidade de Nijmegen. De 1984 a 1988 leccionou na Universidade de Utreque; acabou tornando à Universidade de Amesterdão para ensinar Português e cultura. Em 1995, Venâncio terminou seu doutoramento com uma tese sobre a linguagem em Portugal na época de Castilho. Foi autor e colaborador regular de revistas de prestígio como o Jornal de Letras, Ler e Colóquio/Letras, onde trabalhou como crítico literário. Também colaborou com o jornal Expresso e na revista Visão. Até março de 2008 foi colaborador regular do blogue colectivo Aspirina B.[1]

Venâncio foi um detractor do Acordo Ortográfico de 1990 e muito controverso com as ideias reintegracionistas, na relação entre o galego e o português, embora expressasse simpatias.[2][3][4] [5]

Em 2017, tornou-se sócio correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa (2.ª Secção - Filologia e Linguística).[6]

Morreu a 30 de Maio de 2025, aos 80 anos, em Mértola.[7]

Obra seleccionada

editar
  • Uma migalha na Saia do Universo, 1997
  • Estilo e Preconceito. A Língua Literária em Portugal na Época de Castilho, 1998 (Tese de Doutoramento, publicada pelas Edições Cosmos)
  • Um Almoço de Negócios em Sintra, 1999 (translation of the work by Gerrit Komrij)
  • Os Esquemas de Fradique, 1999
  • Jose Saramago: A Luz e o Sombreado, 2000
  • El-Rei no Porto, 2001
  • Maquinações e Bons Sentimentos, 2002
  • Ensaios Literários, 2002
  • Quem Inventou Marrocos: Diários de Viagem, 2004
  • Último Minuete em Lisboa, 2008
  • Beijo Técnico e Outras Histórias, 2015
  • Assim Nasceu uma Língua, 2019[8].

Referências

  1. «Fernando Venâncio - Aspirina B». 31 de março de 2008. Consultado em 3 de junho de 2025 
  2. A Galiza, Espanha e nós[ligação inativa], publicado na Visão, (2005)
  3. "I see my language everywhere": on linguistic relationship between Galicia and Portugal Arquivado em 13 de outubro de 2006, no Wayback Machine., conferência dada na University College Cork, Irelanda, (2006)
  4. Mana Galiza, publicado no Expresso, (2007)
  5. "Um bom 'mergulho' no idioma: Verbos exclusivos de galego e português", artigo publicado em Portal Galego da Língua, 26/08/2015
  6. «Classe de Letras – Academia das Ciências de Lisboa». www.acad-ciencias.pt. Consultado em 3 de junho de 2025 
  7. Cardoso, Joana Amaral (30 de maio de 2025). «Morreu o linguista e escritor Fernando Venâncio, que acreditava no futuro da língua portuguesa». PÚBLICO. Consultado em 30 de maio de 2025 
  8. 'Assim Nasceu uma Língua', in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa (consultado em 01-07-2020)

Ligações externas

editar