Fetornitíneos (nome científico: Phaethornithinae)[1] é uma subfamília de beija-flores tropicais e subtropicais que compreende de 30 a 40 espécies em seis gêneros. Ela ocorrem do sul do México, através da América Central, até a América do Sul até o norte da Argentina.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaFetornitíneos
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Apodiformes
Família: Trochilidae
Subfamília: Phaethornithinae
Géneros
Ramphodon

Eutoxeres
Glaucis
Threnetes
Anopetia
Phaethornis

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A plumagem geralmente envolve verde, marrom, vermelho ou cinza. A maioria das espécies mostra alguma iridescência verde ou bronze nas costas, mais é muito menos visível do que na maioria dos outros beija-flores. As plumagens dos machos e das fêmeas são bastante similares, com diferenças limitadas a detalhes da forma do bico, a forma da cauda e/ou a intensidade das cores. A maioria das espécies de rabo-branco não mostra o dimorfismo sexual normalmente associado aos beija-flores; a espécie Phaethornis guy é uma exceção.

Rabos-brancos do gênero-tipo, Phaethornis, têm um bico longo e recurvado (três espécies, P. koepkeae, P. philippii e P. bourcieri, possuem bicos virtualmente retos) com a base da mandíbula inferior vermelha ou amarela e as duas penas centrais da cauda são alongadas e com a ponta branca, cor de couro ou ocre. A coroa da cabeça é plana, e duas listras faciais pálidas compõem uma máscara escura.

A maioria dos rabos-brancos são restritos à borda de mata, a baixas alturas e à floresta secundária, mais algumas espécies (por exemplo o rabo-branco-acanelado) também ocorrem em lugares mais abertos.

Muitas espécies de rabos-brancos formam leks e se reúnem em exibições que as fêmeas visitam para escolher um parceiro. Os machos de rabos-brancos são geralmente menos agressivos que machos de outras espécies de beija-flor, embora os dois sexos defendam seu território de alimentação.

A maioria dos rabos-brancos estão associados a helicônias, mas utilizam outras fontes de néctar (flores de Centropogon, Passiflora, Costus, etc.). Em menor grau, eles podem capturar pequenos artrópodes. Os bicos longos e recurvados típicos dos rabos-brancos são adaptações para certas flores. Isso é levado ao extremo nas duas espécies do gênero Eutoxeres, nas quais os bicos são muito recurvados. Muitas espécies, incluindo o balança-rabo-de-bico-torto, também usam as helicônias para nidificar, fixando seus ninhos cônicos na parte de baixo das amplas folhas dessas plantas.

A taxonomia de alguns grupos tem mudado significativamente nos últimos anos. Além dessas questões discutidas no Phaethornis, um problema taxonômico ocorre com o complexo Threnetes leucurus/T. niger. Schuchmann & Hinkelmann (1999) considerou T. niger uma variante melanística de T. leucurus, mas como o primeiro foi descrito anteriormente, seu nome científico foi adotado para a espécie inteira. Isso, no entanto, não foi aceito por todas as autoridades, a AOU, considerou T. niger e T. leucurus como espécies válidas. Adicionalmente, Mallet-Rodrigues (2006) sugeriu que o táxon loehkeni deveria ser considerado uma espécie válida.

Três espécies adicionais, o Androdon aequatorialis, o Doryfera ludovicae e D. johannae, eram incluídas nesta subfamília mas agora estão encaixadas na subfamília Trochilinae.

Espécies em ordem taxonômica editar

Imagem Gênero Espécie
  Ramphodon Lesson, 1830
  Eutoxeres Bourcier, 1847
  Glaucis Boie, 1831
  Threnetes Gould, 1852
  Anopetia Simon, 1918
  Phaethornis Swainson, 1827

Referências

  1. Santana, Cyrio Silveira; Machado, Caio Graco (setembro de 2010). «Fenologia de floração e polinização de espécies ornitófilas de bromeliáceas em uma área de campo rupestre da Chapada Diamantina, BA, Brasil». Braz. J. Bot. 33 (3)