Filosofia no século XVII

A filosofia do século XVII é tradicionalmente vista como o início da Filosofia Moderna, pois nesse século o conceito de subjetividade se solidifica, a moderna epistemologia surge e ocorre a ruptura intelectual com a doutrina Escolástica. A partir da ruptura com Aristóteles novas metodologias surgem: Francis Bacon inaugura o método indutivo enquanto René Descartes reconstrói uma metafísica de caráter epistemológico a partir do sujeito ordenador do conhecimento. Assim, opõem-se doutrinas epistemológicas, uma vez que Bacon precede o empirismo enquanto Descartes, o racionalismo. Esse período sucede a filosofia do Renascimento (está de certo modo preso às doutrinas da filosofia antiga) e antecede para alguns autores o Iluminismo. Para outros é nesse século que se delineia o "Período das Luzes", e, portanto, os séculos XVII e XVIII teriam uma era intelectual em comum.

Europa editar

O século XVII é quase sempre estudado levando-se em conta a obra de René Descartes em especial, pois tanto ele influenciou grande parte dos pensadores dos séculos seguintes como inaugurou vários tópicos filosóficos e científicos importantes até os dias de hoje. A partir de novas metodologias constroem-se grandes sistemas filosóficos unificadores de vários campos como a epistemologia, metafísica, lógica e ética, e às vezes política e ciências naturais. Immanuel Kant classificou seus antecessores em duas escolas: empiristas e racionalistas. Supõe-se que havia uma rivalidade nomeadamente explícita entre os dois grupos, no entanto, eles próprios não se categorizavam uns aos outros. Essa divisão é uma grande simplificação do pensamento nesse século.

Os três racionalistas principais são Descartes, Bento de Espinosa e Gottfried Wilhelm Leibniz. Depois de Francis Bacon e Thomas Hobbes, vieram os posteriores empiristas John Locke, George Berkeley e David Hume. Os anteriores eram distintos pela convicção que, em princípio, todo (embora não em prática) o conhecimento pode ser ganho só pelo poder de nossa razão; os posteriores rejeitaram isto, enquanto acreditavam que todo o conhecimento tem que passar pelos senso de experiência de vida.

Filósofos importantes do século XVII editar

Referências editar

Bibliografia editar

  • Garrett, Aaron, ed. (2014). The Routledge companion to eighteenth century philosophy. [S.l.]: Routledge. ISBN 978-0-415-77489-5 
  • Roecklein, Robert J. (2014). Politicized Physics in Seventeenth-Century Philosophy - Essays on Bacon, Descartes, Hobbes, and Spinoza. [S.l.]: Lexington Books 
  • Rogers, G. A. J.; Sorell, Tom; Kraye, Jill, eds. (2010). Insiders and Outsiders in Seventeenth-Century philosophy. [S.l.]: Routledge 
  • Harrison, Ross, ed. (2003). Hobbes, Locke, and Confusion’s Masterpiece - An Examination of Seventeenth-Century Political Philosophy. [S.l.]: Cambridge University Press 
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