Flechas de Prata, ou ainda, Flechas Prateadas (Silberpfeil em alemão) eram as equipes de competições da Mercedes-Benz e Auto Union entre os anos de 1934 e 1939 pela imprensa alemã devido a sua dominância nas competições de automobilismo da época, deixando de ser utilizado durante um breve período após o início da Segunda Guerra Mundial, devido ao fato das empresas passarem a priorizar a construção de veículos militares, assim como a paralisação da maioria das competições.[1][2] O apelido posteriormente foi revivido durante os anos de 1954 e 1955 pelo domínio da Mercedes na Fórmula 1,[1][2] entrando num hiato de quase 35 anos após a mesma abandonar as competições em virtude da tragédia de Le Mans em 1955, onde um acidente envolvendo um dos pilotos da equipe durante a edição daquele ano das 24 Horas de Le Mans, Pierre Levegh, causou a morte de 84 pessoas, além do próprio.[3] O apelido retornou no final dos anos 1980 e durante os anos 1990, com o retorno da Mercedes às competições, e principalmente com o desempenho vitoriso do Mercedes-Benz C11 nas competições de resistência;[3] assim como no retorno da marca a Fórmula 1 em 2010, e posterior sucesso da mesma pouco após o retorno.[1]

O motivo para a coloração prateada dos veículos da Mercedes é controverso, mas a versão mais conhecida da história, publicada nas memórias do então chefe da equipe, Alfred Neubauer, e do piloto Manfred von Brauchitsch, eles tiveram a ideia de remover a pintura, deixando os veículos apenas nas chapas de alumínio, após o Mercedes-Benz W25, o primeiro veículo construído após um investimento de 250 mil reichsmarks do governo alemão na empresa,[4] ultrapassar em um quilograma os 750 quilogramas permitido pelos regulamentos das principais competições de fórmula da época.[2] Com o W25, Rudolf Caracciola, um dos mais famosos e importantes automobilistas do período anterior a Fórmula 1, venceu seu primeiro título do Campeonato Europeu de Automobilismo, em 1935.[5] Caracciola ainda conquistaria os títulos de 1937 e 1938 com a Mercedes.[5] A edição de 1936 ficou com Bernd Rosemeyer, pilotando pela Auto Union.[6] A Auto Union, que também recebera 250 mil reichsmarks do governo alemão, liderava a controversa edição de 1939 do campeonato europeu com Hermann Paul Müller quando o mesmo acabou sendo paralisado em virtude da eclosão da Segunda Guerra.[7] Apesar da paralisação, Hermann Lang, da Mercedes, que se encontrava na segunda colocação no momento, foi considerado pelos responsáveis pelo automobilismo do governo alemão como o campeão.[7]

Bibliografia editar

  • Rendall, Ivan (1995), The Chequered Flag : 100 years of motor racing, ISBN 0297835505, Weidenfeld & Nicolson 

Referências