Forças Armadas de Cuba
As Forças Armadas Revolucionárias Cubanas (em espanhol: Fuerzas Armadas Revolucionarias — FAR) consiste de uma força militar terrestre, aérea e naval, além de milícias paramilitares (Milicias de Tropas Territoriales) e outras unidades de defesa.[4]
Forças Armadas Revolucionárias Cubanas Fuerzas Armadas Revolucionarias | |
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País | ![]() |
Fundação | 24 de fevereiro de 1895 |
Forma atual | 1960 |
Ramos | Exército Força Aérea Marinha Forças Paramilitares |
Sede(s) | Havana |
Lideranças | |
Presidente de Cuba | Miguel Díaz-Canel (Comandante em chefe) |
Ministro da Defesa | General Álvaro López Miera |
Disponível para o serviço militar |
3,134,622 homens, idade , 3,022,063 mulheres, idade |
Pessoal ativo | ~ 50 000 militares (2019)[1] |
Pessoal na reserva | 40 000 reservistas 1 146 000 paramilitares[2] |
Despesas | |
Percentual do PIB | 2,9% (2018)[3] |
Indústria | |
Fornecedores estrangeiros | ![]() ![]() ![]() ![]() |
Ao longo da história, as forças armadas de Cuba desempenharam papeis fundamentais, não só externamente, mas também na política interna.[5] Generais e oficiais chegam a controlar cerca de 60% da economia através de vários negócios e empresas em setores chave.[6][7] Os militares também são cruciais na manutenção do regime castrista.[7] Em vários discursos, o ex-presidente Raúl Castro enfatizou o papel do exército para com o povo.[8]
Entre 1966 e o fim da década de 1980, o governo da União Soviética apoiou irrestritamente o regime de Cuba, mantendo suas forças armadas atualizadas e bem equipadas com armamento soviético, projetando assim um dos exércitos mais poderosos da América Latina. A primeira missão militar de Cuba no exterior foi em Gana, na África, em 1961. Outra missão aconteceu na Argélia, em 1963, com uma brigada médica.[9] Outros países também viram presença de tropas cubanas desde a década de 60, como na Síria em 1973, Etiópia em 1978, e Nicarágua e El Salvador na década de 80. A maior intervenção foi em Angola, que durou de 1975 a 1991.
O governo soviético forneceu apoio militar e financeiro a Cuba por décadas. Após a invasão da Baía dos Porcos e a crise dos mísseis, o auxílio russo aumentou consideravelmente, chegando ao seu auge nos anos 80.
Vários expurgos, por razões políticas ou criminais, aconteceram em Cuba. Notavelmente, em 1989, o governo fez uma "limpa" nas forças armadas, prendendo vários oficiais como o general Arnaldo Ochoa (figura notória no desenrolar dos eventos da Revolução Cubana), o ministro do interior, coronel Antonio de la Guardia, e o general Patricio de la Guardia, sob acusações de corrupção e tráfico de drogas. Os generais Ochoa e Antonio acabaram sendo executados. Após estas mortes, o exército foi reduzido em tamanho, e o ministério do interior passou então para o controle do então comandante-general Raúl Castro (irmão de Fidel Castro).
O poderio militar cubano caiu consideravelmente após o fim da União Soviética. As forças terrestres caíram de mais de 130 000 para 79 000 soldados.[10] Segundo agências de inteligência dos Estados Unidos, nos anos 90, as forças armadas cubanas estavam desmoralizadas, seus equipamentos não tinham peças de reposição e estavam ficando obsoletos, mas ainda tinham boa capacidade defensiva.[11] O governo de Cuba começou a investir mais em defesa civil.
Em 2012, o país estreitou seus laços militares com a China.[12]
GaleriaEditar
Referências
- ↑ International Institute for Strategic Studies: The Military Balance 2015, p. 392
- ↑ «2021 Cuba Military Strength»
- ↑ «Cuba - the World Factbook». 30 de março de 2022
- ↑ «Expedicion del Granma». Defensa Nacional. Consultado em 23 de maio de 2014
- ↑ «The Cuban military and transition dynamics» (PDF). Consultado em 23 de maio de 2014. Arquivado do original (PDF) em 26 de março de 2009
- ↑ «Challenges to a Post-Castro Cuba» (PDF). Harvard International Review. Consultado em 23 de maio de 2014. Arquivado do original (PDF) em 10 de junho de 2010
- ↑ a b Carl Gershman and Orlando Gutierrez. «Can Cuba Change?» (PDF). Journal of Democracy January 2009. 20 (1)[ligação inativa]
- ↑ Claudia Zilla. «The Outlook for Cuba and What International Actors Should Avoid» (PDF)
- ↑ John Williams, Cuba: Havana's Military Machine, The Atlantic, agosto de 1988
- ↑ International Institute for Strategic Studies Military Balance 2007, p.70
- ↑ Bryan Bender, 'DIA expresses cconcern over Cuban intelligence activity,' Jane's Defence Weekly, 13 de maio de 1998, p.7
- ↑ Cuba and China strengthen military cooperation – Armyrecognition.com, 16 de setembro de 2012