Francisco Smith

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Francisco Smith ou Francis Smith (Lisboa, 1881Paris, 1961), foi um pintor de nacionalidade portuguesa e, mais tarde, francesa. [1]

Francisco Smith
Nascimento 1881
Lisboa
Morte 1961 (80 anos)
Paris
Nacionalidade PortugalFrança Luso-francês
Área Pintura

Biografia / Obra editar

 
As escadinhas, c 1934, óleo sobre tela, 73 x 60 cm

De origem inglesa, Francisco Smith nasceu em Lisboa. Em 1907 fixou residência em Paris; a partir daí e até à data da sua morte só muito raramente regressou a Portugal.

Na década de 1930 casou-se com a escultora Yvonne Mortier e adotou a nacionalidade francesa, simplificando o nome para Francis Smith.

Expôs em Portugal na Exposição dos Livres de 1911 (tida como marco fundador na historiografia da arte portuguesa), e também na Galeria de Artes em 1916, no Salão de Outono em 1925 e individualmente em 1934 no Salão Bobone, a convite do SPN / SNI; a partir desse ano não regressaria a Portugal, embora tenha participado na I Exposição de Arte Moderna do S.P.N. em 1935.

A sua carreira desenrolou-se praticamente toda em França, "expondo em galerias pequenas ou de segunda ordem […], participando em todos os «salons» desde 1922, tendo obras adquiridas para museus de província". [1]

A sua obra é uma longa exploração da memória dos lugares de infância, "vivida entre bairros populares povoados de gentes e conversas, fixados num tempo de certa candura [...] e que só o trabalho pictórico restitui através de uma poética procuradamente ingénua" [2], que poderá encontrar paralelo em Utrillo.

Francisco Smith "ficou fiel a uma ideia de Lisboa, mil vezes explorada em pequenas telas de vistas lembradas da cidade, […] quando não (e muitas vezes) de aldeias ou vilas de uma província imaginada também, sempre na mesma paleta doce" [3].

Em 1967 o Secretariado Nacional de Informação organizou a Exposição retrospetiva de Francisco Smith, 1881-1961; dois anos mais, tarde o Centro Cultural Português da Fundação Calouste Gulbenkian, Paris, organizava a mostra Le Portugal dans l'oeuvre de Francis Smith. [4] [5]

A obra de Francisco Smith integrou grandes mostras de arte portuguesa, nomeadamente a exposição itinerante Art Portugais, Bruxelas, Paris, Madrid, 1967-1968. Está representado no Museu do Chiado, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, e em outras coleções públicas e privadas. [6] [7]

Ligações externas editar

Referências

  1. a b França, José Augusto - A Arte em Portugal no Século XX: 1911-1961 [1974]. Lisboa: Bertrand Editora, 1991, p. 175.
  2. Lapa, Pedro. In: A.A.V.V. – Museu do Chiado: Arte Portuguesa 1850-1950. Lisboa: Instituto Português de Museus, 1994, p. 238.
  3. França, José Augusto - A Arte em Portugal no Século XX: 1911-1961 [1974]. Lisboa: Bertrand Editora, 1991, p. 176
  4. A.A.V.V. - Exposição retrospetiva de Francisco Smith, 1881-1961. Lisboa: Secretariado Nacional da Informação, 1967
  5. A.A.V.V. - Le Portugal dans l'oeuvre de Francis Smith. Paris: Centre Culturel Portugais de la Fontation Calouste Gulbenkian, 1969
  6. A.A.V.V. – Art Portugais: Peinture et Sculpture du Naturalisme à nos Jours. Lisbonne; Paris: Association Française d'Action Artistique; Secretariat National de l'Information du Portugal; Fondation Calouste Gulbenkian, 1968
  7. A.A.V.V. – Museu do Chiado: Arte Portuguesa 1850-1950. Lisboa: Instituto Português de Museus, 1994, p. 238.
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