Francisco de Assis Cavalcante Nogueira, mais conhecido como Delegado Cavalcante (Fortaleza, 29 de maio de 1958), é um delegado e político brasileiro. Foi deputado estadual pelo estado do Ceará.[1] Tentou se eleger deputado federal em 2022, sem sucesso.[2]

Delegado Cavalcante
Deputado estadual do Ceará
Período 1 de fevereiro de 2019 até 1 de fevereiro de 2023
1 de fevereiro de 2011 até 31 de janeiro de 2015
1 de fevereiro de 2003 até 31 de janeiro de 2007
Dados pessoais
Nome completo Francisco de Assis Cavalcante Nogueira
Nascimento 29 de maio de 1958 (65 anos)
Fortaleza, Ceará
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade de Fortaleza
Partido
  • PSDB (2002–-2010)
  • PDT (2010–2018)
  • PSL (2018–-2020)
  • PTB (2020–presente)
Profissão delegado de polícia civil
político

Biografia editar

Nascido em 29 de maio de 1958, em Fortaleza, Ceará, filho de pai comerciante de materiais de construção e mãe doméstica, começou a trabalhar com 12 anos de idade no comércio, com o pai. Completou os estudos em escola pública e formou-se em direito pela Universidade de Fortaleza em 1994. Ingressou na Polícia Civil em 21 de março de 1980, tendo trabalhado em vários departamentos, delegacias distritais, metropolitanas, regionais e municipais do interior do estado.[3]

Foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 2002 e candidato a vice-prefeito de Fortaleza em 2004, na chapa de Antônio Cambraia.[4] Em 2018, foi novamente eleito deputado estadual, desta vez pelo Partido Social Liberal (PSL), com 27 112 votos.[5]


Depois do anúncio do presidente Jair Bolsonaro de que se desfiliaria do PSL, o deputado Delegado Cavalcante divulgou que também deixaria o partido para se filiar ao novo partido que Bolsonaro iria fundar, o Aliança Pelo Brasil. Com a saída do Delegado Cavalcante e André Fernandes, o PSL do Ceará ficaria sem representantes na Assembleia Legislativa do estado.[6]

Tortura editar

O Grupo de Atuação Especial Temporária, do Ministério Público Estadual (MPE), concluiu que delegado participou diretamente das torturas contra quatro presos em outubro de 2019.[7] A denúncia de tortura foi publicada em novembro de 2009 pelo Diário do Nordeste.[8]

Ameaça de golpe de estado editar

Em evento comemorativo do Dia da Independência, em 7 de setembro de 2022, o deputado fez discurso em que, defendendo a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro, disse que se não ganharem as eleições de 2022 nas urnas, "vamos ganhar na bala".[9]

Após a fala, o Ministério Público do Estado do Ceará abriu investigação para apurar possível crime de incitação pública à prática de crime - "insurreição armada contra os poderes do Estado" (art. 3° Lei nº 1802/53).[10]

Referências

  1. «Delegado Cavalcante 17000». Gazeta do Povo. Consultado em 29 de março de 2019 
  2. «Quem são os políticos que se despedem dos mandatos eletivos no Ceará em 2022». Diário do Nordeste. 30 de dezembro de 2022. Consultado em 4 de abril de 2023 
  3. «Delegado Cavalcante». ALECE. Consultado em 29 de março de 2019 
  4. «Nomes das coligações chamam atenção em Fortaleza». Terra. Consultado em 29 de março de 2019 
  5. «Deputados estaduais eleitos no Ceará». Gazeta do Povo. 2018. Consultado em 29 de outubro de 2019 
  6. «PSL fica sem representante na AL: André Fernandes e Delegado Cavalcante acompanharão Bolsonaro em novo partido». Ceará Agora. Consultado em 17 de novembro de 2019 
  7. «Delegado precisará depor novamente». TJCE - Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. Consultado em 3 de janeiro de 2023 
  8. «´Delegado comandou tortura´ - Segurança». Diário do Nordeste. Consultado em 10 de março de 2020 
  9. «Deputado bolsonarista diz que se não ganhar nas urnas vai 'ganhar na bala'». noticias.uol.com.br. Consultado em 8 de setembro de 2022 
  10. «'Ganhar na bala': MP vai investigar possível crime em fala de candidato bolsonarista do CE sobre eleições presidenciais». G1. Consultado em 23 de setembro de 2022