Frederico Carlos de Schwarzburg-Rudolstadt

Frederico Carlos de Schwarzburg-Rudolstadt (7 de junho de 1736 - 13 de abril de 1793) foi um coleccionador de História Natural alemã e príncipe reinante de Schwarzburg-Rudolstadt desde 1790 até à sua morte.

Frederico Carlos de Schwarzburg-Rudolstadt
Príncipe de Schwarzburg-Rudolstadt
Frederico Carlos de Schwarzburg-Rudolstadt
Príncipe de Schwarzburg-Rudolstadt
Período 29 de Agosto de 1790 - 13 de Abril de 1793
Antecessor(a) Luís Günther II de Schwarzburg-Rudolstadt
Sucessor(a) Luís Frederico II de Schwarzburg-Rudolstadt
 
Nascimento 7 de junho de 1736
  Rudolstadt, Sacro Império Romano-Germânico
Morte 13 de abril de 1793 (56 anos)
  Rudolstadt, Sacro Império Romano-Germânico
Cônjuge Augusta de Schwarzburg-Rudolstadt
Augusta de Saxe-Gota-Altemburgo
Descendência Frederica de Schwarzburg-Rudolstadt
Luís Frederico II de Schwarzburg-Rudolstadt
Henriqueta de Schwarzburg-Rudolstadt
Carlos Günther de Schwarzburg-Rudolstadt
Carolina de Schwarzburg-Rudolstadt
Luísa de Schwarzburg-Rudolstadt
Pai Luís Günther II de Schwarzburg-Rudolstadt
Mãe Sofia Henriqueta de Reuss-Untergreiz

Biografia editar

Frederico Carlos era filho do príncipe Luís Günther II de Schwarzburg-Rudolstadt e da sua esposa, a condessa Sofia Henriqueta de Reuss-Utergreiz. Quando era ainda uma criança, iniciou a sua colecção de história natural que mais tarde foi entregue ao Museu de História Natural de Rudolstadt. Em 1757, criou a Colecção Principal de História Natural no Castelo de Ludwigsburg em Rudolstadt. A colecção foi aumentada posteriormente e, no século XIX, ocupava sete divisões do castelo. Um dos primeiros supervisores da colecção foi Christoph Ludwig Kämmerer. Em 1919, a colecção passou para o Castelo de Heideckburg.

Frederico Carlos trocava correspondência com Johann Heinrich Merck, entre outros, que lhe ofereceram alguns ossos de rinoceronte e outras peças das suas colecções para investigação.[1] Frederico Carlos também trocava correspondência com Johann August Ephraim Goeze, com o médico Friedrich Martini, com o vigário Johann Samuel Schröter e com Johann Ernst Immanuel Walch. Tinha relações pessoais e cientificas com os seus correspondentes e guardava os seus trabalhos na biblioteca. Alguns destes trabalhos foram-lhe dedicados, por exemplo, o terceiro volume de conquiliologia de Martini, publicado em 1777, foi dedicado a Sua Alteza, o príncipe Frederico Carlos de Schwarzburg-Rudolstadt, pelo seu humilde escritor. A segunda edição do Depósito Natural de Theodor Klein e o Echinodermatum de Nathaniel Gottfried Leske também foram dedicados a Frederico Carlos.[2]

Em 1792, Frederico Carlos construiu um teatro no relvado de Rudolstadt. Foi inaugurado poucas semanas após a sua morte. Johann Wolfgang von Goethe foi o seu director entre 1793 e 1803. Mais tarde foi aumentado e tornou-se no Teatro do Estado da Turíngia em Rudolstadt.

Casamentos e descendência editar

Frederico Carlos casou-se com a sua primeira esposa, a princesa Augusta de Schwarzburg-Rudolstadt a 21 de outubro de 1763. Juntos tiveram seis filhos:

  1. Frederica de Schwarzburg-Rudolstadt (12 de maio de 17654 de fevereiro de 1767), morreu com vinte-e-um meses de idade.
  2. Luís Frederico II de Schwarzburg-Rudolstadt (9 de agosto de 176728 de abril de 1807), casado com a condessa Carolina de Hesse-Homburgo; com descendência.
  3. Henriqueta de Schwarzburg-Rudolstadt (31 de Maio de 177023 de maio de 1783), morreu aos doze anos de idade.
  4. Carlos Günther de Schwarzburg-Rudolstadt (23 de agosto de 17714 de fevereiro de 1825), casado com a condessa Luísa Ulrica de Hesse-Homburgo; com descendência.
  5. Carolina de Schwarzburg-Rudolstadt (21 de janeiro de 177411 de janeiro de 1854), casada com o príncipe Günther Frederico Charles I de Schwarzburg-Sondershausen; com descendência.
  6. Luísa de Schwarzburg-Rudolstadt (21 de novembro de 177525 de dezembro de 1808), casada com o conde Ernesto Constantino de Hesse-Philippsthal; com descendência.

Frederica morreu em 1778. Dois anos depois, Frederico Carlos voltou a casar-se, desta vez com a duquesa Augusta de Saxe-Gota-Altemburgo. Não nasceram filhos desta união.

Referências

  1. Ulrike Leuschner (ed.), Johann Heinrich Merck. Briefwechsel, vol. 3, Göttingen, ISBN 978-3-8353-0105-4, p. 534-536
  2. http://www.museum-digital.de/thue/index.php?t=objekt&oges=926