Fronteira Geórgia–Rússia

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A fronteira entre Geórgia e Rússia é a linha que limita os territórios da Geórgia e da Rússia, no Cáucaso. Vai desde a costa oriental do Mar Negro até à tríplice fronteira de ambos os Estados com o Azerbaijão.

Fronteira Geórgia–Rússia
Fronteira Geórgia–Rússia
Rússia (verde) e Geórgia (laranja) partilham uma fronteira no Cáucaso.
Delimita:  Geórgia
 Rússia
Comprimento: 723 km
Posição: 122

De jure, mede 894 km e se estende desde a costa do Mar Negro, no oeste, e ao longo das montanhas do Grande Cáucaso, até a tríplice fronteira com o Azerbaijão, no leste, seguindo assim, de perto, a fronteira convencional entre a Europa e a Ásia.[1]

Em 2008, a Rússia (e posteriormente quatro outros estados) reconheceram a independência de duas autodeclaradas repúblicas dentro da Geórgia (Abecásia e Ossétia do Sul), o que significa que, de facto, a fronteira está agora dividida em quatro seções:

  • fronteira Abkhazia-Rússia, no oeste;
  • fronteira ocidental Geórgia-Rússia, entre Abecásia e Ossétia do Sul;
  • fronteira Ossétia do Sul-Rússia;
  • fronteira oriental Geórgia-Rússia, entre a Ossétia do Sul e Azerbaijão.

Atualmente, a maioria da comunidade internacional não reconhece a independência dos dois territórios e os considera como pertencentes à Geórgia.

História editar

Durante o século XVIII, o Império Russo, o Império Otomano e a Pérsia quiseram controlar a estratégica região do Cáucaso. O Império Russo acabou por vencer esta batalha estratégica ao conquistar a Geórgia, o Azerbaijão e a Arménia. A ocupação russa da Geórgia deu-se em dois passos. Em 1783 a Geórgia assinou o Tratado de Georgievsk com o Império Russo, colocando o Reino de Cártlia-Caquécia sob patrocínio russo. Embora o compromisso russo de defesa da Geórgia tenha sido assumido, a Rússia não deu assistência à Geórgia quando os persas a invadiram em 1785, e depois em 1795.

 
A Rússia apoia movimentos separatistas na Abecásia e Ossétia do Sul, no que constitui o maior problema entre os dois países
 
Mapa do conflito georgiano-russo do Verão de 2008, conhecido como Guerra da Ossétia.

Em 22 de Dezembro de 1800 o Czar Paulo I da Rússia, alegadamente a pedido do rei georgiano Jorge XII, assinou a proclamação da incorporação da Geórgia no Império Russo, finalizada por um decreto em 8 de Janeiro de 1801,[2][3] e confirmada pelo Czar Alexandre I em 12 de Setembro de 1801.[4][5] O embaixador georgiano em Moscovo reagiu com uma nota de protesto apresentada ao vice-chanceler Príncipe Kurakin.[6] Em Maio de 1801, o general russo Carl Heinrich Knorring destronou o herdeiro georgiano ao trono David Batonishvili e instituiu um governo chefiado pelo general Ivan Petrovich Lasarev.[7]

A nobreza georgiana não aceitou o decreto até abril de 1802, quando o general Knorring a cercou na Catedral Sioni de Tbilisi forçando-a a jurar fidelidade à Coroa Imperial da Rússia. Os que recusaram foram temporariamente presos.[8]

Ver também editar

Referências

  1. CIA World Factbook - Russia 
  2. Gvosdev, Nikolas K.: Imperial policies and perspectives towards Georgia: 1760-1819, Macmillan, Basingstoke 2000, ISBN 0-312-22990-9, p. 85
  3. Avalov (1906), p. 186
  4. Gvosdev (2000), p. 86
  5. Lives and Legends of the Georgian Saints, St Vladimirs Seminary Pr; N.e.of 2r.e. ed. (Março 1997), David Marshall Lang, p. 249
  6. Lang (1997), p. 251
  7. Lang (1997), p. 247
  8. Lang (1997), p. 252
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