Bibi Bailas

física e popularizadora da ciência brasileira
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Gabriela Padilha Bailas (Rio Grande do Sul, 21 de janeiro de 1991), mais conhecida como Bibi Bailas, é uma cientista brasileira graduada em Física e PhD em Física teórica de partículas. Atualmente, reside e trabalha no Japão[1] junto à Universidade de Tsukuba. Além do seu trabalho como pesquisadora, no qual publicou diversos artigos científicos[2][3][4][5] na área de Física, realiza divulgação científica no YouTube através do canal Física e Afins. Além disso, participa de diversos eventos acadêmicos[6][7][8][9], podcasts e matérias de revistas[10][11] visando tornar a ciência mais acessível[12]. Trabalha por uma maior visibilidade[13][14] das mulheres na Ciência.

Bibi Bailas
Alma mater
Ocupação física, comunicadora de ciência
Empregador(a) KEK
Página oficial
https://www.fisicaeafins.com.br/

Trajetória acadêmica editar

Gabriela Bailas graduou-se em Física em 2013 pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), concluiu seu mestrado em 2015 pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e seu doutorado em 2018 pela Université Blaise Pascal. Finalizou seu primeiro pós-doutorado na High Energy Accelerator Research Organization (KEK), em Tsukuba. Atualmente, realiza seu segundo pós-doutorado na Universidade de Tsukuba no Japão.

Seu trabalho de doutorado, na área de QCD na Rede, realizou a primeira predição teórica da constante de decaimento do primeiro estado excitado dos mésons J/Ψ e η_c. Além disso, também calculou a massa para ambos mésons citados anteriormente no estado fundamental e primeiro estado excitado.[15]

Durante seu mestrado, realizou cálculos fenomenológicos para identificar as implicações do modelo do charm intrínseco através da produção do bóson Z dentro do LHC.[2]

Interesse pela ciência editar

Com mais de uma década de imersão na área de Física, Gabriela Bailas começou a se interessar em ciências exatas durante o seu curso técnico em eletrônica, que estudava concomitantemente com o seu ensino médio, realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense. Iniciou suas aparições nos meios digitais a partir da criação de conteúdo sobre o meio acadêmico da área de Física no seu canal do YouTube.

Através das plataformas digitais, começou também a abordar conteúdos sobre pressão acadêmica, experiências, desafios e dificuldades enfrentadas pelas mulheres e demais grupos minoritários dentro da ciência. Também levanta reflexões sobre abusos de poder dentro da academia e tenta combater a desinformação propagada através do uso de termos científicos em conteúdos pseudocientíficos.[16]

Embora o seu trabalho não seja exclusivamente como criadora de conteúdo para a internet, a cientista segue atuando como divulgadora científica no Brasil.

Combate à pseudociência editar

Por meio do seu trabalho como divulgadora científica, Gabriela Bailas combate a propagação[10] de ideias pseudocientíficas que se apropriam de termos científicos para criar uma ilusão de seriedade. Ela realiza uma série de vídeos destinados ao repasse e esclarecimento científico para o público leigo, em linguagem de fácil compreensão, ensinando o perigo da pseudociência no cotidiano e divulgando informações sobre os assuntos os quais domina ou pelos quais se interessa.

Como mencionado na publicação disponibilizada pelo movimento Mulheres na Ciência, as reflexões levantadas por Bailas acabam gerando algumas repercussões negativas em grupos descontentes com o seu trabalho, que inclusive ameaçaram mover ações judiciais contra ela, ao mesmo tempo que recebe um feedback positivo do seu público.[17]

Bailas também se preocupa em fomentar o pensamento crítico e científico, através de incentivos à autonomia na busca de fontes e informações confiáveis.

Referências

  1. Garcia, Janaína. «Cientistas que deixaram o país refletem sobre a carreira no exterior e o futuro do Brasil» 
  2. a b Bailas, G.; Gonçalves, V. P. (março de 2016). «Phenomenological implications of the intrinsic charm in the Z boson production at the LHC». The European Physical Journal C (em inglês) (3). 105 páginas. ISSN 1434-6044. doi:10.1140/epjc/s10052-016-3941-z. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  3. Kaneko, Takashi; Aokic, Y.; Bailas, G.; Colquhoun, B.; Fukaya, H.; Hashimoto, S.; Koponen, J.; JLQCD Collaboration (4 de janeiro de 2020). «$B \to D^{(*)}\ell\nu$ form factors from lattice QCD with relativistic heavy quarks». Wuhan, China: Sissa Medialab (em inglês). 139 páginas. doi:10.22323/1.363.0139. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  4. Bailas, Gabriela; Hashimoto, S.; Kaneko, T.; Koponen, J.; JLQCD Collaboration (4 de janeiro de 2020). «Study of intermediate states in the inclusive semi-leptonic $B \to X_c \ell\nu$ decay structure functions». Wuhan, China: Sissa Medialab (em inglês). 148 páginas. doi:10.22323/1.363.0148. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  5. Bailas, Gabriela; Hashimoto, Shoji; Ishikawa, Tsutomu (1 de abril de 2020). «Reconstruction of smeared spectral functions from Euclidean correlation functions». Progress of Theoretical and Experimental Physics (em inglês) (4): 043B07. ISSN 2050-3911. doi:10.1093/ptep/ptaa044. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  6. «Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Câmpus Caraguatatuba». www.ifspcaraguatatuba.edu.br. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  7. «V Semana Acadêmica da Física - IFTO» (PDF) 
  8. Correio Brazilienese. «Jornada de Física do Instituto Federal de Brasília será on-line» 
  9. Pitol Filho, Luizildo. «Computação Engenharia e Arquitetura» 
  10. a b «Coach quântico diz mudar vibração das pessoas, só não convence cientistas». tab.uol.com.br. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  11. Internet (amdb.com.br), AMDB. «Rolling Stone · Como Dark 3 encaixou cada grão de areia de uma ampulheta temporal - e criou ficção científica quase perfeita [REVIEW]». Rolling Stone. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  12. «O PRÊMIO NOBEL DE FÍSICA 2020: BURACOS NEGROS». NANOCELL NEWS. 19 de outubro de 2020. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  13. «Lugar de Mulher é na Física!». Mulheres na Ciência. 24 de setembro de 2018. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  14. «Dia do Físico: conheça 3 mulheres pioneiras da Física no Brasil». Para Mulheres na Ciência. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  15. Bailas, Gabriela (27 de setembro de 2018). «Aspects of charmonium physics in Lattice QCD» (em inglês). Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  16. Converge (9 de setembro de 2020). «Divulgadora científica: Gabriela Bailas aborda o espaço das mulheres na ciência e o perigo das pseudociências» 
  17. «Lugar de Mulher é na Física!». Mulheres na Ciência. 24 de setembro de 2018. Consultado em 13 de outubro de 2020 

Ligações externas editar

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