Giovanni Battista Belzoni

 Nota: Para a localidade estadunidense, veja Belzoni (Mississippi).

Giovanni Battista Belzoni (Pádua, 5 de novembro de 1778 — Gwato, Reino do Benim, 3 de dezembro de 1823) foi um explorador italiano e pioneiro da arqueologia, considerado um dos primeiros nomes da Egiptologia.

Giovanni Battista Belzoni
Giovanni Battista Belzoni
Giovanni Battista Belzoni, vestido em trajes árabes
Nome completo Giovanni Battista Belzoni
Nascimento 5 de novembro de 1778
Pádua
Morte 3 de dezembro de 1823 (45 anos)
Gwato, Reino do Benim
Nacionalidade República de Veneza
Ocupação Explorador e pioneiro da arqueologia

Biografia editar

 
Retrato de Belzoni por Jan Adam Kruseman, 1824
 
O Memnon Jovem no Museu Britânico
 
O movimento do Memnon Jovem

Para evitar ser alistado no exército napoleônico em 1803 refugiou-se na Inglaterra, onde trabalhou em circos devido à sua altura incomum (cerca de dois metros).[1][2][3][4]

Depois de uma série de viagens pela Europa, chegou ao Egito onde, usando noções de mecânica e hidráulica construiu uma bomba hidráulica com a esperança de vendê-la a Maomé Ali, vice-rei do Egito, mas não obteve sucesso. Pouco tempo depois, conseguiu ser contratado pelo britânico Henry Salt para transportar do Ramesseum ao Nilo a gigantesca estátua de Ramessés II (doze toneladas). Ajudado pela sorte, completou o trabalho em duas semanas e deixou gravada sua assinatura atrás de uma das orelhas da colossal estátua.[1][2][3][4]

Começou assim, aproveitando-se da ausência total de regras, sua carreira de arqueólogo que o fez conhecido no mundo todo, mas não rico. É importante recordar que à época, o Egito não era percorrido por "verdadeiros" arqueólogos, mas sim por aventureiros com poucos escrúpulos pagos por grande museus europeus e, principalmente, por colecionadores. Belzoni diferenciou-se de outros exploradores, pois não usava explosivos para penetrar nas tumbas.[1][2][3][4]

Em poucos anos percorreu todo Egito, chegando até a região de Assuão, descobrindo sob as areias do deserto o templo de Abul-Simbel. Descobriu também a cidade de Berenice, explorou o Vale dos Reis descobrindo a tumba de Seti I, uma das mais belas do vale.[1][2][3][4]

Transportou a Londres milhares de objetos, entre os quais o colossal obelisco que serviu depois a Champollion (1822) para verificar a sua decifração dos hieróglifos.[1][2][3][4]

Entre suas muitas descobertas, a mais importante e conhecida foi a entrada da pirâmide de Quéfren (1818), a segunda em altura depois da pirâmide de Quéops. Visto que muitos se apropriavam de suas descobertas, deixou uma enorme assinatura no interior da câmara mortuária, onde permanece até hoje.[1][2][3][4]

Scoperta da G. Belzoni, 2 marzo 1818
— Inscrição no interior da pirâmide de Quéfren em Guizé

Referências

  1. a b c d e f   Lane-Poole, Stanley (1885). «Belzoni, Giovanni Baptista». In: Stephen, Leslie. Dictionary of National Biography. 4. Londres: Smith, Elder & Co 
  2. a b c d e f Este artigo incorpora texto (em inglês) da Encyclopædia Britannica (11.ª edição), publicação em domínio público.
  3. a b c d e f Catholic Encyclopedia article
  4. a b c d e f 2001, Belzoni’s Travels, by Alberto Siliotti, The British Museum Press, ISBN 0-7141-1940-7

Bibliografia editar

  • PERETTI, Gianluigi - "Belzoni: viaggi, imprese, scoperte e vita", Edizioni GB Padova 2002
  • ZATTERIN, Marco - Il gigante del Nilo, Mondadori 2000

Ligações externas editar

 
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Giovanni Battista Belzoni