Giuseppe Ungaretti
Giuseppe Ungaretti | |
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Giuseppe Ungaretti jovem soldado | |
Nome completo | Giuseppe Ungaretti |
Nascimento | 8 de fevereiro de 1888 Alexandria |
Morte | 2 de junho de 1970 (82 anos) Milão |
Nacionalidade | Italiana |
Cônjuge | Jeanne Dupoix (1920-1970, 1 filha) |
Ocupação | Escritor e poeta |
Principais trabalhos | La guerra,1947 Poesie disperse (1915-1927), 1959 Vita d'un uomo. Tutte le poesie, 1969 |
Prémios | Prémio Internacional de Poesia "Etna-Taormina" (1967) |
Gênero literário | Hermetismo |
Giuseppe Ungaretti (Alexandria, 8 de fevereiro de 1888 — Milão, 2 de junho de 1970) foi um poeta italiano. Foi professor da Universidade de São Paulo.
BiografiaEditar
De pais italianos, Ungaretti nasceu no Egito, para onde sua família se havia mudado, mas anos depois eles voltaram para a Itália e o pai trabalhou na construção do canal de Suez, onde viria a falecer. Estudou por dois anos na Sorbonne de Paris e colaborou con Giovanni Papini y Ardengo Soffici na revista "Lacerba". Em 1914 voltou à Italia e se engajou voluntariamente como soldado na Primeira Guerra Mundial, com o objetivo de compartilhar o destino de seus contemporâneos. Combateu na província de Trieste, na frente de Carso, uma das mais duras durante a Guerra, e em seguida na França.
A juventudeEditar
Em 1916 publicou em italiano o conjunto de poemas Il porto sepolto, obra na qual reflete as experiências na guerra, onde encontrou a parte mais sofrida da humanidade, a da dor cotidiana; em 1919 publica uma segunda obra chamada Allegria di naufragi, na qual mostra uma poesia nova, afastada da retórica e do barroquismo de Gabriele D'Annunzio.
Durante estada em Paris, Ungaretti conviveu com o filósofo Henri Bergson. Suas principais leituras no período foram Leopardi, Baudelaire e Nietzsche.
Anos 1930-1940Editar
No período entre-guerras colaborou assiduamente com revistas e trabalhou como professor de línguas. Seu primeiro emprego fixo foi no Brasil, entre 1936 e 1942, quando deu aulas de Literatura Italiana no curso de Italiano na Universidade de São Paulo. Também neste período, sofreu a perda de seu filho de 9 anos e de seu irmão.
Ainda durante a Segunda Guerra Mundial, voltou à Itália onde, em função da fama como poeta, foi nomeado em 1942 professor da Universidade de Roma, posto em que se manteve até 1958.
A evolução artística de Ungaretti segue un itinerário que vai da paisagem à humanidade, à revelação religiosa, ao impacto do contato com a poderosa natureza brasileira, à dor pela morte de seu filho e ao retorno a Roma durante a Segunda Guerra Mundial. Estes dois últimos acontecimentos são a origen de sua obra Il dolore, publicada en 1947. Através do desespero, o poeta descobre a responsabilidade humana e a fragilidade de suas ambições. Ungaretti, em meio ao pessimismo com que contempla a trágica condição humana, encontra uma mensagem de esperança para os homens.
Anos 1960Editar
Os últimos vinte e cinco anos de sua vida representam um exame crítico do passado e traduzem uma forte ânsia de renovação.
Pouco antes de morrer, Mondadori organizou uma coletânea com todos os seus poemas, intitulada Vita di un uomo. Pode-se perceber, pelo título, como a poesia de Ungaretti é amplamente autobiográfica. Apesar de não poder ser considerado um membro oficial da escola hermética italiana, é considerado um dos seus fundadores e inspiradores principais. Dela fizeram parte importantes poetas italianos, como Eugenio Montale e Salvatore Quasimodo.
Morreu em Milão em 2 de junho de 1970.
Obras publicadasEditar
- Il porto sepolto (1916)
- Allegria di naufragi (1919)
- La guerre (1919)
- L'allegria (1931)
- Sentimento del tempo (1933)
- Traduzioni (1936)
- Poesie disperse (1945)
- Il dolore (1947)
- La terra promessa (1950)
- Un grido e paesaggi (1952)
- Il taccuino del vecchio (1960)
- Vita di un uomo (obra poética completa, 1969)