Golpe de Estado no Paquistão em 1999

O golpe de Estado paquistanês de 1999 ​​foi um golpe de Estado sem derramamento de sangue no qual o Exército do Paquistão e, em seguida, chefe do Estado-Maior, o General Pervez Musharraf, derrubou o primeiro-ministro eleito Nawaz Sharif e seu governo eleito existente, em 12 de outubro de 1999.[2] Dois dias depois, em 14 de outubro de 1999, Musharraf declarou estado de emergência e emitiu uma ordem constitucional provisória.[3]

Golpe de Estado no Paquistão em 1999
Data 12 de outubro de 1999
Local  Paquistão
Desfecho
  • Golpe pacífico, o governo de Nawaz Sharif derrubado..
  • Nawaz Sharif e Shahbaz Sharif presos e mais tarde exilados, como resultado de um acordo, em 11 de Dezembro de 2000.[1]
  • Constituição suspensa provisoriamente
  • Começo do governo de Pervez Musharraf
  • Suspensão do Paquistão da Commonwealth of Nations
Beligerantes
Flag of the Pakistani Army.svg Forças Armadas do Paquistão State emblem of Pakistan.svg Governo do Paquistão
  • Policia de Punjab
Comandantes
Flag of the Pakistani Army.svg Pervez Musharraf Flag of the Prime Minister of Pakistan.svg Nawaz Sharif
Flag of Punjab.svg Shahbaz Sharif
DG ISI Ziauddin Butt
Forças
617 000 170 000
Baixas
0 0

Musharraf foi o instigador do golpe militar contra o governo democrático de Nawaz Sharif, logo após o conflito de Kargil, em uma situação tensa entre o poder civil e os militares e ao mesmo tempo que Nawaz Sharif tentava substituir Pervez Musharraf como chefe de Estado Maior do Exército pelo Diretor Geral da poderosa Inter-Services Intelligence, Ziauddin Butt, enquanto Musharraf viajava para o Sri Lanka. Porém, todo o alto comando militar se recusou a seguir as ordens do recém-nomeado Ziauddin Butt. Quando Musharraf voava de volta do Sri Lanka, o comandante do Corpo decidiu defender Musharraf, e lançou um golpe para antecipar-se a Butt e tomar o controle do exército. O ritmo do golpe, assustou os observadores: dentro de 17 horas, da tentativa de despedir Pervez Musharraf por Nawaz Sharif, os comandantes do Corpo assumiram todos os edifícios-chave do Estado em todo o país, colocaram todo o gabinete, incluindo o primeiro-ministro e seu poderoso irmão sob prisão domiciliar, assumiram a emissora estatal e toda a infraestrutura crítica, incluindo as comunicações, suspenderam a constituição, prenderam Nawaz Sharif e Ziauddin Butt, e anunciaram que Nawaz Sharif tinha sido demitido.[4]

A Suprema Corte do Paquistão declarou o golpe como sendo legal, mas ordenou que o domínio do exército fosse limitado a três anos. Consequentemente, Musharraf realizou um referendo nacional sobre a permissão de continuar no governo, em 30 de abril de 2002. O referendo, que Musharraf venceu com quase 98% dos votos a seu favor, foi alegado por muitos, inclusive pela Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, como fraudulento.[5][6]

Referências