A Fortaleza de Gonio (em georgiano: გონიოს ციხე) é uma fortificação romana em Adjara, na Geórgia, no Mar Negro, 15 quilômetros a sul de Batumi e 4 a norte da fronteira com a Turquia, na foz do rio Çoruh.

Gonio
გონიოს ციხე (transl.: Gonios tsikhe)
Gonio
Fortaleza de Gonio vista de cima
Localização atual
Região Adjara, Geórgia
Lázica

A mais antiga referência a esta fortaleza se encontra nas obras de Plínio o Velho, em sua História Natural, escrita no século I. Há também uma referência ao antigo nome desta cidade nas Guerras Mitridáticas, de Apiano, do século II.[1][2] No século II, era uma cidade romana fortificada na Cólquida. A cidade também é conhecida por seu teatro e hipódromo. Mais tarde, ficou sob influência bizantina, período em que o nome "Gonio" é finalmente atestado por Miguel Panareto, historiador Império Trebizonda, no século XIV. Em 1547, a cidade foi finalmente tomada pelo Império Otomano, até em 1878 a região de Adjara se tornar parte do Império Russo após o Tratado de Santo Estêvão.[3]

Acredita-se que o apóstolo São Matias esteja sepultado em Gonio, mas é impossível ter certeza, dada a proibição de escavar perto do local. Outras escavações, no entanto, são feitas no sítio arqueológico, focando em sua herança romana.[4] Gonio é um grande ponto turístico, com muitos vindo do resto da Geórgia para visitar suas limpas praias.

Referências

  1. Plínio o Velho. História Natural 6:4
  2. Apiano. Mithr. 15:101
  3. Tratado de Santo Estêvão (em inglês)
  4. Kakhidze, Emzar, Recent Archaeological Finds in Apsarus Arquivado em 2 de abril de 2008, no Wayback Machine.. Third International Congress on Black Sea Antiquities, 2005.