Graça Samo

Activista pelos direitos das mulheres

Graça Samo (Moçambique, 1968), é uma activista moçambicana pelos direitos das mulheres que em 2013 tornou-se coordenadora do secretariado internacional da Marcha Mundial da Mulher (MMM), um movimento global de solidariedade pela erradicação da pobreza e da violência contra as mulheres.[1][2][3][4]

Graça Samo
Graça Samo
Samo in 2017
Nascimento 1968
Inhambane
Cidadania Moçambique
Ocupação ativista, professora universitária
Empregador(a) Marcha Mundial das Mulheres

Percurso editar

Samo nasceu em Moçambique em 1968 e vive em Maputo.[5] Estudou Administração de Empresas em Moçambique e foi para o Brasil estudar Desenvolvimento e Género. Fez uma pós-graduação em Administração de Empresas e obteve um Mestrado em Educação para a Sustentabilidade.

Obteve um segundo diploma em desenvolvimento regional e estudos de género.

Samo trabalhou em vários países, dentre os quais Angola, Brasil e Moçambique.[5][6][7]

Entre 2004 e 2009, foi professora do Departamento de Gestão, Ciência e Tecnologia do Politécnico de Moçambique.[7][5]

Activismo editar

Samo iniciou o seu percurso como activista na década de 80 do século passado, na área humanitária, em Angola, Moçambique e Brasil. [8]

Entre 2004 e 2014, foi diretora executiva do Fórum Mulher, uma rede de organizações e associações de mulheres, instituições e doadores que trabalham para direitos das mulheres e igualdade de género em Moçambique. Foi responsável pela adopção de uma lei contra a violência doméstica pelo parlamento moçambicano. Enquanto presidente do Fórum Mulher, tomou posição sobre o novo código penal moçambicano e alterações.[9][10][8][11][4][12]

Em 2009, foi seleccionada pelo Projecto de Cooperação Técnica CPLP FAO para assessorar o Comité Nacional de Moçambique na elaboração do Quadro de Demandas e Propostas do pais com vistas ao desenvolvimento de um Programa Regional de Cooperação entre os países da CPLP no domínio da luta contra a desertificação e a gestão sustentável da terra.[13]

Em 2013 tornou-se coordenadora do secretariado internacional da Marcha Mundial da Mulher (MMM), um movimento global de solidariedade pela erradicação da pobreza e da violência contra as mulheres.[1][2][10][3][8][14]

É um dos membros  do Conselho Consultivo da Sociedade Civil da ONU, do Conselho Nacional para o Progresso da Mulher e do corpo docente  da Universidade Politécnica de Moçambique no departamento de Gestão, Ciência e Tecnologia.[10][7][9][9][15][8][7]

Enquanto coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres, desenvolveu as seguintes actividades:

  • em 2017, participou no encontro anual do Comité Coordenador Moçambique - Alemanha, KKM no qual falou sobre o casamento precoce[16]
  • em 2019, participou no Seminário Internacional Resistência e construção de Movimento: confrontando o neoliberalismo desde a economia feminista e os comuns, organizado pela Marcha Mundial das Mulheres (MMM), o qual teve como tema central Enfrentamentos ao capitalismo racista e patriarcal: visões e estratégias de disputa para mudar o modelo de reprodução e consumo [17]
  • em 2020, fez parte, enquanto secretária internacional, do comité de organização da Conferência Mundo das Mulheres [18]
  • ainda em 2020, participou no debate sobre "Populações e desenvolvimento em debate", com o tema “População negra e a COVID-19”, organizado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e pela Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP). [19][20][21][15][10]

Faz parte do movimento feminista dos países PALOP, que luta pelos direitos das mulheres fazendo-se representar como coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres em Moçambique.[14]

O foco do seu de trabalho são as questões de violência contra as mulheres dando ênfase às questões sócioeconómicas, nomeadamente a pobreza.

Obra editar

Em 2006, foi autora de um estudo sobre crescimento económico em Moçambique para o Departamento Internacional de Desenvolvimento. [22]

Em 2007, foi uma das autoras do documento sobre violência contra mulheres em Moçambique para o UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento para as Mulheres das Nações Unidas).[23]

Referências editar

  1. a b «Graça Samo (1968, Cocoene, Mozambike)». Argia. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  2. a b «Femmes dans les rues : lancement de la 5e Action Internationale de la Marche mondiale des femmes (MMF)». CDÉACF (em francês). 18 de junho de 2020. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  3. a b «Organizing Committee – MM2020» (em inglês). Consultado em 7 de setembro de 2020 
  4. a b RDP-África, RTP, Rádio e Televisão de Portugal-. «Dia da mulher moçambicana celebra-se hoje - Noticias Africa - RDP África». www.rtp.pt. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  5. a b c «Graça Samo (1968, Cocoene, Mozambike)». Argia. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  6. «Graça Samo Oral History Audio Files | Women's Learning Partnership». learningpartnership.org. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  7. a b c d «1st Bonn Conference on International Development Policy 2007 -». www.bonn-conference.nrw.de. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  8. a b c d «Maria Da Graça Samo - Mozambique - Association québécoise des organismes de coopération internationale (AQOCI)». www.aqoci.qc.ca (em francês). Consultado em 7 de setembro de 2020 
  9. a b c «Graça Samo (1968, Cocoene, Mozambike)». Argia. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  10. a b c d «Graça Samo (1968, Cocoene, Mozambike)». Argia. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  11. «Feminista espanhola expulsa de Moçambique por participar numa manifestação». VOA. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  12. «Novo Código Penal moçambicano legaliza o aborto». RFI. 19 de dezembro de 2014. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  13. «CPLPUNCCD: Notícias». www.fao.org. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  14. a b «Luta por direitos da mulher nos PALOP | Agora Portal». agora-parl.org. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  15. a b «Femmes dans les rues : lancement de la 5e Action Internationale de la Marche mondiale des femmes (MMF)». CDÉACF (em francês). 18 de junho de 2020. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  16. Welle (www.dw.com), Deutsche. «Moçambique: Fim de casamentos precoces começa com foco no meio rural | DW | 27.10.2017». DW.COM. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  17. «Seminário feminista discute enfrentamentos ao capitalismo racista e patriarcal». Jornalistas Livres. 18 de junho de 2019. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  18. «Organizing Committee – MM2020» (em inglês). Consultado em 7 de setembro de 2020 
  19. «Especialistas discutem impactos da COVID-19 sobre a população negra no Brasil». ONU Brasil. 2 de junho de 2020. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  20. «'Até a recuperação de pacientes negros em enfermarias é menor que a dos brancos', afirma professor». G1. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  21. «Maria da Graça Samo | Women's Learning Partnership». learningpartnership.org. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  22. «Making Trade Work for Women. The Likely Impact of the Economic Partnership Agreements on Women's Rights and Gender Equality. Sugar Sector in Mozambique.». GOV.UK (em inglês). Consultado em 7 de setembro de 2020 
  23. «Violência contra Mulheres em Moçambique» (PDF) 

Ligações Externas editar