Grande Prêmio de San Marino de 1987

Resultados do Grande Prêmio de San Marino de Fórmula 1 realizado em Ímola em 3 de maio de 1987. Foi a segunda etapa da temporada e também a sétima edição da corrida, marcada pelo acidente de Nelson Piquet, piloto da Williams-Honda, nos treinos de sexta-feira.[2][3]

Grande Prêmio de San Marino
de Fórmula 1 de 1987

Sétimo GP de San Marino em Imola
Detalhes da corrida
Categoria Fórmula 1
Data 3 de maio de 1987
Nome oficial VII Gran Premio di San Marino[1]
Local Autódromo Enzo e Dino Ferrari, Ímola, Emília-Romanha, Itália
Percurso 5.040 km
Total 59 voltas / 297.360 km
Condições do tempo Ensolarado, ameno
Pole
Piloto
Brasil Ayrton Senna Lotus-Honda
Tempo 1:25.826
Volta mais rápida
Piloto
Itália Teo Fabi Benetton-Ford
Tempo 1:29.246 (na volta 51)
Pódio
Primeiro
Reino Unido Nigel Mansell Williams-Honda
Segundo
Brasil Ayrton Senna Lotus-Honda
Terceiro
Itália Michele Alboreto Ferrari

A corrida foi vencida pelo piloto britânico Nigel Mansell pilotando uma Williams FW11B. Foi a oitava vitória do "leão" em sua carreira e também a primeira (de duas) no circuito de Ímola. Mansell terminou vinte e sete segundos à frente do brasileiro Ayrton Senna dirigindo uma Lotus 99T e o terceiro foi o italiano Michele Alboreto a bordo duma Ferrari F1/87. A vitória deu Mansell um ponto de vantagem sobre o francês Alain Prost, da McLaren, na disputa pelo título.[4]

Resumo da prova editar

Acidente de Nelson Piquet editar

Nos treinos de sexta-feira o bicampeão mundial Nelson Piquet foi eliminado da corrida depois de um acidente na curva Tamburello. Um pneu da sua Williams FW11B estourou resultando um violento impacto contra o muro (quando o carro foi devolvido aos boxes, o engenheiro da Williams, Patrick Head, não pôde confirmar se o acidente foi causado por falha mecânica, embora tanto ele quanto Nigel Mansell observassem com atenção os destroços do bólido de Nelson Piquet tão minuciosamente quanto possível). Mesmo grogue após a batida, o brasileiro afirmava ter sofrido apenas uma lesão no tornozelo. Levado para o hospital Bellaria em Bolonha, a 40 km do circuito, o piloto foi diagnosticado com traumatismo craniano e uma entorse no joelho esquerdo, além de contusões no ombro e no tórax.[5] Embora o quadro geral não apresentasse sinais de gravidade, ele foi proibido de correr por Giuseppe Farina, diretor médico do autódromo, e por Sid Watkins, diretor médico da FIA.[6] Durante o fim de semana, Piquet trabalhou como comentarista convidado na televisão italiana. Anos depois, ele revelou que sentia dores de cabeça, dificuldade para dormir, falhas na visão em profundidade e, às vezes, visão dupla como sequelas do acidente e, pelo resto da temporada de 1987, fez tratamento médico às escondidas, pois temia a cassação de sua superlicença por requisição da Williams ou sugestão de Watkins.[7][8]

Eram quase uma e vinte da tarde quando Nelson Piquet sofreu seu acidente. Naquele momento o brasileiro detinha a melhor marca do dia tendo Nigel Mansell em segundo lugar mas, após ultrapassar a Minardi de Adrian Campos no trecho entre a saída da Tamburello e a curva Villeneuve, a Williams de Piquet tornou-se arisca e despedaçou-se com ao bater no muro que circunda a área. "Ele vinha em linha normal. Não sei o que aconteceu. De repente começou a girar e foi, de ré, bater violentamente contra o muro no final da curva. Foi impressionante", disse um perplexo Adrian Campos aos jornalistas.[5] Com o carro descontrolado e a quase 300 km por hora, Nelson Piquet rodopiou e viu a traseira e a lateral de seu carro baterem contra o muro de uma forma tão brutal que as rodas traseiras foram sacadas e a carenagem ficou retorcida.[5]

Avaliando as imagens de seu acidente, Piquet chegou a apostar numa falha mecânica, entretanto a hipótese de um pneu estourado tornou-se recorrente e as queixas dos pilotos quanto à fragilidade dos compostos Goodyear levaram a empresa a recolher o material à disposição dos times por pneus trazidos do Reino Unido e de Maranello, sede da Ferrari, afinal os compostos originais levados a Ímola eram diferentes daqueles fornecidos para um teste programado no circuito na semana anterior à corrida.[9] Alain Prost esteve entre os que criticaram os pneus disponíveis para o fim de semana e a hipótese de falha nos compostos foi reforçada por outra observação de Adrian Campos segundo a qual Piquet perdeu o controle quando o assoalho da Williams faiscou ao tocar uma saliência no asfalto de Ímola. A seguir o piloto espanhol arrematouː "Vi duas coisas pequenas e negras se soltando. Talvez pedaços de pneu".[10] Ao falar sobre o incidente com seu compatriota, Ayrton Senna foi incisivoː "Houve algum problema mecânico. Nelson não erraria nunca em um trecho simples como este em que aconteceu o acidente. (... ) Acidente ali só mesmo quando quebra alguma coisa no carro".[11]

Para os fãs da Fórmula 1 cabe uma explicação sobre o diagnóstico de traumatismo craniano sofrido por Nelson Piquetː a rigor, essa diagnose refere-se a toda ocorrência onde é machucada a cabeça de uma pessoa, seja uma cabeçada ou uma pancada como a sofrida pelo brasileiro em razão do acidente em Ímola e este trauma não resulta necessariamente em lesões cerebrais, embora seja necessário acompanhamento médico.[12] Ainda no sábado o piloto da Williams foi informado que não correria no dia seguinte e após conversar com os médicos falou com a imprensa a respeito de seu acidente, do qual dizia lembrar-seː "Só não sei a razão pela qual o carro perdeu a direção. Deve ter sido alguma coisa, algum defeito mecânico. No final da reta, o carro começou a vibrar e logo depois a traseira enlouqueceu", disse Piquet.[13]

Ayrton Senna na pole editar

O acidente de Nelson Piquet eclipsou algumas mudanças ocorridas na Fórmula 1 no intervalo de três semanas entre a abertura do campeonato no Grande Prêmio do Brasil e a prova samarinesa, a começar pelo retorno da Ligier. Equipada com um motor Megatron (na verdade um M-12 da BMW comprado junto à seguradora norte-americana USF&G), a escuderia francesa terá René Arnoux e Piercarlo Ghinzani como seus pilotos. Também originária da França, a Larrousse (fundada por Gérard Larrousse e Didier Calmels) estreou sob as bênçãos e o nome da Lola Cars, sua fornecedora de chassis, e para defendê-la foi contratado Philippe Alliot.[14] Outra vaga surgiu no grid quando a Osella inscreveu o estreante Gabriele Tarquini para pilotar o segundo carro do time em Ímola,[14] enquanto Zakspeed e March trouxeram novos modelos a serem pilotados por Martin Brundle e Ivan Capelli, respectivamente.[14]

No sábado a pole position ficou nas mãos de Ayrton Senna que posicionou sua Lotus com suspensão ativa à frente da Williams de Nigel Mansell, com Alain Prost, líder do campeonato, à frente de Teo Fabi num duelo entre McLaren e Benetton enquanto a Ferrari ocupou a terceira fila com Gerhard Berger e Michele Alboreto.[15] Foi a centésima sétima e última pole position conquistada pela equipe de Colin Chapman, a primeira de um carro equipado com suspensão ativa na história da categoria e a primeira de Ayrton Senna com motores Honda.[16]

Vitória de Nigel Mansell editar

No momento da largada falharam os carros de Stefan Johansson (McLaren) Andrea de Cesaris (Brabham) e Martin Brundle (Zakspeed) e com isso autorizaram um novo giro de apresentação, encurtando para 59 as voltas a serem percorridas. Ao apagar das luzes eis que Ayrton Senna conservou a liderança por menos de duas voltas quando Nigel Mansell tomou-lhe o primeiro lugar e três passagens depois Alain Prost derrubou o brasileiro para o terceiro lugar expondo-o ao assédio da Ferrari. Superado por Michele Alboreto, Senna ficou entre o italiano e Gerhard Berger enquanto Prost parou por falha no alternador após reduzir a vantagem de Mansell e quase no mesmo instante o carro de Berger foi superado por Riccardo Patrese, Stefan Johansson e Teo Fabi antes de abandonar.

Na vigésima segunda volta Nigel Mansell foi para os boxes e pouco depois é seguido por Michele Alboreto e Ayrton Senna. Quando os então líderes retornam à pista o piloto da Williams retomou o primeiro lugar à frente de um surpreendente Riccardo Patrese, o qual abandonaria a contenda por falha no alternador. Tranquilo em relação aos rivais, Mansell venceu a prova enquanto a definição de quem subiria com ele ao pódio após o infortúnio de Patrese foi mais instigante: na 42ª volta Alboreto superou Senna na chicane Acqua Minerale, mas sete giros mais tarde o brasileiro recuperou o segundo lugar e cruzou a linha de chegada quase vinte e oito segundos atrás de Mansell e oito adiante de Michele Alboreto. Completaram a zona de pontuação os pilotos Stefan Johansson, da McLaren, Martin Brundle, que marcou os únicos pontos da equipe Zakspeed na categoria[17] e Satoru Nakajima, da Lotus, o primeiro japonês a marcar pontos na categoria,[18] algo notável pois ele largou dos boxes e ficou sem combustível duas voltas antes de encerrada a prova.[4]

Classificação da prova editar

Treinos oficiais editar

Pos. Piloto Construtor Q1 Q2 Dif.
1 12   Ayrton Senna Lotus-Honda 1:27.543 1:25.826
2 5   Nigel Mansell Williams-Honda 1:26.204 1:25.946 + 0.120
3 6   Nelson Piquet Williams-Honda 1:25.997 + 0.171
4 1   Alain Prost McLaren-TAG/Porsche 1:29.317 1:26.135 + 0.309
5 19   Teo Fabi Benetton-Ford 1:27.801 1:27.270 + 1.444
6 28   Gerhard Berger Ferrari 1:28.229 1:27.280 + 1.454
7 27   Michele Alboreto Ferrari 1:29.653 1:28.074 + 2.248
8 7   Riccardo Patrese Brabham-BMW 1:28.447 1:28.421 + 2.595
9 2   Stefan Johansson McLaren-TAG/Porsche 1:30.416 1:28.708 + 2.882
10 18   Eddie Cheever Arrows-Megatron 1:30.379 1:28.848 + 3.022
11 17   Derek Warwick Arrows-Megatron 1:28.887 1:29.236 + 3.061
12 20   Thierry Boutsen Benetton-Ford 1:28.929 1:28.908 + 3.082
13 11   Satoru Nakajima Lotus-Honda 1:29.579 1:30.545 + 3.753
14 25   René Arnoux Ligier-Megatron 1:31.078 1:29.861 + 4.035
15 8   Andrea de Cesaris Brabham-BMW 1:30.627 1:30.382 + 4.556
16 9   Martin Brundle Zakspeed 1:31.931 1:31.094 + 5.268
17 24   Alessandro Nannini Minardi-Motori Moderni 1:31.789 + 5.963
18 23   Adrian Campos Minardi-Motori Moderni 1:41.520 1:31.818 + 5.992
19 10   Christian Danner Zakspeed 1:32.977 1:31.903 + 6.077
20 26   Piercarlo Ghinzani Ligier-Megatron 1:32.873 1:32.248 + 6.422
21 21   Alex Caffi Osella-Alfa Romeo 1:32.308 1:33.298 + 6.482
22 4   Philippe Streiff Tyrrell-Ford 1:35.001 1:33.155 + 7.329
23 30   Philippe Alliot Lola-Ford 1:34.458 1:33.846 + 8.020
24 16   Ivan Capelli March-Ford 1:37.463 1:33.872 + 8.046
25 3   Jonathan Palmer Tyrrell-Ford 1:34.632 1:36.127 + 8.806
26 14   Pascal Fabre AGS-Ford 1:39.747 1:36.159 + 10.333
27 22   Gabriele Tarquini Osella-Alfa Romeo 1:43.446 + 17.620
Fonte:[2]

Corrida editar

Pos. Piloto Construtor Voltas Tempo/Diferença Grid Pontos
1 5   Nigel Mansell Williams-Honda 59 1:31:24.076 2 9
2 12   Ayrton Senna Lotus-Honda 59 + 27.545 1 6
3 27   Michele Alboreto Ferrari 59 + 39.144 6 4
4 2   Stefan Johansson McLaren-TAG/Porsche 59 + 1:00.588 8 3
5 9   Martin Brundle Zakspeed 57 + 2 voltas 15 2
6 11   Satoru Nakajima Lotus-Honda 57 Pane seca 12 1
7 10   Christian Danner Zakspeed 57 + 2 voltas 18
8 4   Philippe Streiff Tyrrell-Ford 57 + 2 voltas 22
9 7   Riccardo Patrese Brabham-BMW 57 + 2 voltas 7
10 30   Philippe Alliot Lola-Ford 56 + 3 voltas 22
11 17   Derek Warwick Arrows-Megatron 55 Pane seca 10
12 21   Alex Caffi Osella-Alfa Romeo 54 Pane seca 20
13 14   Pascal Fabre AGS-Ford 53 + 6 voltas 25
Ret 19   Teo Fabi Benetton-Ford 51 Turbo 4
Ret 20   Thierry Boutsen Benetton-Ford 48 Motor 11
Ret 18   Eddie Cheever Arrows-Megatron 48 Embreagem 9
Ret 3   Jonathan Palmer Tyrrell-Ford 48 Embreagem 24
Ret 8   Andrea de Cesaris Brabham-BMW 39 Rodada 14
Ret 23   Adrian Campos Minardi-Motori Moderni 30 Câmbio 17
Ret 22   Gabriele Tarquini Osella-Alfa Romeo 26 Câmbio 26
Ret 24   Alessandro Nannini Minardi-Motori Moderni 25 Turbo 16
Ret 16   Ivan Capelli March-Ford 18 Motor 23
Ret 28   Gerhard Berger Ferrari 16 Pane elétrica 5
Ret 1   Alain Prost McLaren-TAG/Porsche 14 Pane elétrica 3
Ret 26   Piercarlo Ghinzani Ligier-Megatron 7 Direção 19
DNS 25   René Arnoux Ligier-Megatron Acidente 13 [nota 1]
DNS 6   Nelson Piquet Williams-Honda Acidente nos treinos [3]
Fonte:[2][nota 2]

Tabela do campeonato após a corrida editar

  • Nota: Somente as primeiras cinco posições estão listadas. Entre 1981 e 1990 cada piloto podia computar onze resultados válidos por temporada não havendo descartes no mundial de construtores.

Notas

  1. Um defeito na suspensão impediu a participação de René Arnoux no momento da relargada.
  2. Voltas na liderança: Nelson Piquet 11 voltas (1-7; 17-20), Ayrton Senna 5 voltas (8-12), Alain Prost 45 voltas (13-16; 21-61).

Referências

  1. a b c «1987 San Marino GP – championships (em inglês) no Chicane F1». Consultado em 8 de outubro de 2021 
  2. a b c «1987 San Marino Grand Prix - race result». Consultado em 23 de agosto de 2018 
  3. a b Fred Sabino (28 de abril de 2019). «Famoso pela morte de Ayrton Senna, autódromo de Imola era dos mais rápidos e desafiadores». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 28 de abril de 2019 
  4. a b Sérgio Rodrigues (4 de maio de 1987). «Vitória de Mansell comprova força da Williams. Esportes – p. 04». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 23 de agosto de 2018 
  5. a b c Renato Maurício Prado (2 de maio de 1987). «Piquet faz melhor tempo, bate e não corre amanhã. Matutina – Esportes, p. 18». acervo.oglobo.globo.com. O Globo. Consultado em 9 de outubro de 2021 
  6. Sérgio Rodrigues (2 de maio de 1987). «Piquet bate a 300 km/h mas não corre perigo. Primeiro Caderno – Esportes, p. 17». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 23 de agosto de 2018 
  7. Fred Sabino (12 de maio de 2018). «Briga Senna x Mansell, batida incrível e recorde de Prost no GP da Bélgica de 1987». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 10 de outubro de 2021 
  8. Sérgio Rodrigues (3 de maio de 1987). «Nélson (sic) Piquet: Uma obstinada luta para correr. Mas o médico proibiu. Esportes – p. 44». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 23 de agosto de 2018 
  9. Sérgio Rodrigues (3 de maio de 1987). «Pela TV, uma constatação: pneu estourou. Esportes – p. 44». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 23 de agosto de 2018 
  10. Redação (2 de maio de 1987). «Para piloto espanhol, carro "enlouqueceu". Esportes, p. A-22». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 9 de outubro de 2021 
  11. Renato Maurício Prado (2 de maio de 1987). «Ayrtonː "Houve um problema no carro". Matutina – Esportes, p. 18». acervo.oglobo.globo.com. O Globo. Consultado em 9 de outubro de 2021 
  12. Redação (2 de maio de 1987). «Qualquer lesão na cabeça é traumatismo craniano. Esportes, p. A-22». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 10 de outubro de 2021 
  13. Redação (3 de maio de 1987). «Piloto brasileiro diz que falha mecânica no (sic) Williams deve ter causado o acidente. Esportes, p. A-34». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 10 de outubro de 2021 
  14. a b c «San Marino GP, 1987 (em inglês) no grandprix.com». Consultado em 10 de outubro de 2021 
  15. Wagner Gonzalez (3 de maio de 1987). «Senna larga na pole. Piquet fora. Esportes, p. 37». acervo.estadao.com.br. O Estado de S. Paulo. Consultado em 23 de agosto de 2018 
  16. «Lotus – pole positions (em inglês) no Stats F1». Consultado em 9 de outubro de 2021 
  17. Fred Sabino (3 de maio de 2019). «Zakspeed pintou como equipe promissora mas nunca vingou e só marcou dois pontos na Fórmula 1». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 3 de maio de 2019 
  18. Fred Sabino (23 de fevereiro de 2019). «Satoru Nakajima foi primeiro japonês a pontuar na F1 mas ficou lembrado pelas trapalhadas». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 3 de março de 2019 

Precedido por
Grande Prêmio do Brasil de 1987
Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA
Ano de 1987
Sucedido por
Grande Prêmio da Bélgica de 1987
Precedido por
Grande Prêmio de San Marino de 1986
Grande Prêmio de San Marino
7ª edição
Sucedido por
Grande Prêmio de San Marino de 1988