Guarantã do Norte
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Guarantã do Norte é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Localiza-se a uma latitude 09° 47′ 15″ sul e a uma longitude 54° 54′ 36″ oeste, estando a uma altitude de 345 metros. Sua população foi estimada em 35 816[2] habitantes, conforme dados do IBGE de 2019.
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Município do Brasil | ||
Hino | ||
Gentílico | guarantanhense | |
Localização | ||
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Localização de Guarantã no Brasil | ||
Mapa de Guarantã | ||
Coordenadas | ||
País | Brasil | |
Unidade federativa | Mato Grosso | |
Municípios limítrofes | Matupá, Novo Mundo e Sul do Pará (Municípios de Altamira e Novo Progresso) | |
Distância até a capital | 745 km | |
História | ||
Fundação | 2 de junho de 1981 (42 anos) | |
Administração | ||
Prefeito(a) | Érico Stevan Gonçalves (União Brasil, 2021 – 2024) | |
Características geográficas | ||
Área total [1] | 4 713,043 km² | |
População total (estimativa IBGE/2019[2]) | 35 816 hab. | |
Densidade | 7,6 hab./km² | |
Clima | Tropical (TPC) | |
Altitude | 345 m | |
Fuso horário | Hora do Amazonas (UTC−4) | |
Indicadores | ||
IDH (PNUD/2013 [3]) | 0,798 — alto | |
• Posição | MT: 12º | |
PIB (IBGE/2018[4]) | R$ 887 530,78 mil | |
PIB per capita (IBGE/2018[4]) | R$ 25 002,98 | |
Sítio | https://guarantadonorte.mt.gov.br (Prefeitura) |
Etimologia Editar
O nome Guarantã tem origem numa árvore típica da região, com o nome científico de Esenbeckia leiocarpa, da família das rutáceas. É uma madeira conhecida por sua resistência. Guarantã tem origem tupi, formada por “gwa’rá (de yby’rá)”, significando: madeira; e “ã’tã”, que significa: dura, resistente; (madeira resistente) (LCT). A árvore apresenta protuberâncias de alto a baixo, formando um interessante trançado. Dá a entender que o povo da região é resistente, rijo, nobre.
O nome foi escolhido por existirem em abundância nas matas da região uma espécie de árvore popularmente conhecida por este nome, o norte foi acrescentado para diferenciar de um homônimo existente no estado de São Paulo.
História Editar
A abertura da BR-163, na década de 70, proporcionou a penetração e abertura de todo o norte mato-grossense. Guarantã do Norte nasceu do assentamento agrário realizado pela Cooperativa Tritícola de Erechim Ltda. E Incra. Em 1980 chegaram as primeiras famílias vindas do Rio Grande do Sul que formaram a Vila Cotrel, logo em seguida chegaram os brasilguaios.
Entre as décadas de 1970/1980 o Governo Federal incrementou, na região Norte do país, o programa de colonização, nas áreas eleitas prioritárias para fins de reforma Agrária e Segurança Nacional, criando, através do INCRA, inúmeros projetos de Assentamentos Agrários.
A finalidade inicial era colonizar o Norte do país e solucionar vários problemas sociais existentes na região Sudeste do Brasil, envolvendo trabalhadores rurais entre pequenos proprietários, sem terra e aqueles explorados sob regime de escravidão branca.
Em decorrência dos fatos acima citados e, voltando especificamente para a nossa Região, em 1979 foi criado pelo INCRA, através da Superintendência Regional do Estado de Mato Grosso, um projeto de colonização denominado Projeto de Assentamento Conjunto Peixoto de Azevado (PACPA), com 245.000,0000 hectares sobre a Gleba Braço Sul, localizada, originalmente, no Município de Colíder/MT.
O Projeto foi implantado em parceria técnica e administrativa com a Cooperativa Tritícola de Erechim Ltda/Cotrel para assentar aproximadamente 1.200 agricultores oriundos do Rio Grande do Sul, envolvendo aqueles que tiveram suas propriedades rurais destruídas pela construção de Barragens Hidrelétricas, e os filhos dos Pequenos proprietários rurais, sócios da referida Cooperativa, cuja dimensão das propriedades eram insuficientes para absorver toda a força de trabalho produtiva do conjunto familiar.
Em 1981 foi criado, também, pela Superintendência Regional do INCRA de Mato Grosso, o Projeto de Assentamento Braço Sul, com 211.000,0000 hectares, sobre a Gleba Braço Sul, para assentar aproximadamente 1.300 agricultores, envolvendo 200 posseiros já existentes na referida Gleba, os Sul mato-grossenses, que viviam sob regime de trabalho escravo em fazendas localizadas no território paraguaio (os brasilguaios), e outros oriundos de Mundo Novo/MS e de cidades daquele Estado e do Estado de Mato Grosso.
Em 1982 os dois Projetos foram elevados à categoria de Distrito do município de Colíder/MT, com a denominação de Guarantã do Norte e, em 1986, à categoria de município de Guarantã do Norte, transformando, em 1987, o PACPA, em sua maior extensão territorial, a partir da margem direita do Rio Braço Norte, na categoria de distrito do município de Guarantã do Norte, com a denominação de Novo Mundo, e que, em 1996, transformou-se em município de Novo Mundo.
A partir de 1994 foram criados mais quatro assentamentos nas áreas remanescentes do Projeto de Assentamento Conjunto Peixoto de Azevedo, onde não foram efetivados os assentamentos previstos originalmente, com a denominação Projeto de Assentamento Bela Vista, Castanhal, Cotrel, Cachoeira da União e Barra Norte, todos localizados no Município de Novo Mundo.
Na área remanescente do Projeto de Assentamento Braço Sul, onde também não foram implementados os assentamos previstos, foram criados mais três Projetos com a denominação de Projeto de Assentamento Horizonte II, Iririzinho e São Cristóvão, todos localizados no município de Guarantã do Norte.
Os Projetos criados a partir de 1994 tiveram como objetivo básico regularizar a situação de centenas de agricultores que já se encontravam de posse daquelas terras, mas, que não tinham suas ocupações reconhecidas pelo INCRA.
Geografia Editar
O município de Guarantã do Norte faz limite com os municípios de Novo Mundo, Matupá e o Sul do Pará. Guarantã é cercado por um grande bioma: a mata Amazônica. O município possui uma Área territorial de 4.763,3 km², sendo 65,9 km² somente de área urbana, constituída ainda de 5.558 residências urbanas. Guarantã do Norte está localizado há 725 km da capital de Mato Grosso, Cuiabá, ao extremo norte mato-grossense, às margens da BR 163 – Rodovia Cuiabá/Santarém – divisa com o Estado do Pará, incluso na mesorregião 06.
Hidrografia Editar
A bacia hídrica de Guarantã é formada por vários rios, sendo os principais Rio Braço Norte, Rio Braço Sul e Rio Peixotinho, diversas nascentes garantindo a viabilidade da exploração do solo em atividades comerciais.
Clima Editar
O período das chuvas ocorre de setembro a abril com uma precipitação pluviométrica anual de mais de 2.000 mm, a temperatura média anual fica entre 25 °C mínima e 33 °C máxima. O clima é fator importante e completa o quadro favorável ao desenvolvimento de atividades agropastoris.
Demografia Editar
Segundo o Censo do IBGE, em 2010 a população do município era de 32.216 pessoas. Segundo as estatísticas mais recentes, em 2019 a cidade tinha 35.816 habitantes.[5]
Religião Editar
Religiões em Guarantã do Norte (2010)[6]
Segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, realizado em 2010: 67,61% da população residente era católica romana, 22,01% era protestante, 8,54% era sem religião, 1,46% de Testemunhas de Jeová, 0,30% espírita e 1,08% restantes eram os membros de todas as demais religiões.[6] O resultado mostra que o número de católicos na cidade foi levemente maior que a média nacional naquele ano que era de 64,6% e o de protestantes foi quase igual a média brasileira de 22,2%.[7]
Referências
- ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ a b «Estimativa populacional 2019 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 28 de agosto de 2019. Consultado em 14 de setembro de 2019
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto de Guarantã do Norte». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 30 de Janeiro de 2021
- ↑ «IBGE: Guarantã do Norte». Consultado em 30 de dezembro de 2019
- ↑ a b «IBGE: Religião em Guarantã do Norte em 2010». Consultado em 30 de dezembro de 2019
- ↑ «Censo 2010: Religiões no Brasil». Consultado em 7 de maio de 2019
Bandeira Editar
Significado Editar
As cores azul, amarelo e verde, são cores da bandeira do estado do Mato Grosso, as faixas brancas na linha azul representam a BR 163, responsável pela fundação da cidade, no canto inferior direito, temos um símbolo que representa um pedaço de uma árvore de guarantã, que foi a inspiração para o nome da cidade, e a estrela significa a prosperidade do município