Guerra Civil Afegã (1996–2001)

A fase da Guerra Civil do Afeganistão que durou de 1996 a 2001 começou quando os fundamentalistas do Talibã tomaram a capital do país, Cabul, e estabeleceram o chamado Emirado Islâmico Afegão. Seus rivais da Aliança do Norte permaneceram como o governo internacionalmente reconhecido, embora não exercesse controle sobre o país. O Emirado Talibã conseguiu reconhecimento apenas da Arábia Saudita, do Paquistão e dos Emirados Árabes Unidos. O ex ministro da defesa do Estado Islâmico do Afeganistão, Ahmad Shah Massoud, criou a chamada Frente Unida de Salvação como oposição aos extremistas no poder.[1] A Aliança do Norte, como era conhecida, tinha em suas fileiras várias etnias afegãs como os tajiques, uzbeques, hazaras, turcomenos, alguns pachtuns e outros. Durante o conflito, os talibãs receberam auxílio militar paquistanês, além de apoio financeiro do governo saudita. De fato, combatentes do Paquistão foram enviados para o Afeganistão em algumas ocasiões, com vários batalhões se distribuindo pela fronteira e chegaram a combater militantes da Aliança do Norte.[2] A organização terrorista Al Qaeda também apoiou os talibãs com vários combatentes estrangeiros de diversas nações árabes.[3] Seu líder, Osama bin Laden, usou o país como base para orquestrar os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque, o que provocou uma resposta militar internacional. Em outubro do mesmo ano, forças dos Estados Unidos e de nações aliadas (da OTAN) invadiram o Afeganistão e derrubaram o Talibã do poder. Os fundamentalistas então iniciaram uma insurgência contra a força de ocupação estrangeira.[4]
Guerra Civil Afegã (1996–2001) | |||
---|---|---|---|
Parte de Guerra Civil do Afeganistão | |||
![]() Situação do país em 1996. | |||
Período | 27 de setembro de 1996 – 7 de outubro de 2001 | ||
Local | Afeganistão | ||
Resultado | Militantes do Talibã derrotam as forças de Dostum (Aliança do Norte) em 1998. Impasse estratégico sem vitoriosos em várias frentes de batalha entre os fundamentalistas e os apoiadores de Massoud. O Talibã mantém controle de Cabul e de boa parte do país, se tornando o de facto governo (embora não reconhecido internacionalmente). O conflito seguiria em pequena intensidade até que um invasão por parte dos países membros da OTAN (liderados pelos Estados Unidos) removeria o Talibã do poder em 2001. | ||
Partes | |||
| |||
Líderes | |||
|
Referências
- ↑ Grad, Marcela (2009). Massoud: An Intimate Portrait of the Legendary Afghan Leader. Webster University Press. p. 310. ISBN 0982161506.
- ↑ «"Profile: Ahmed Shah Massoud"». History Commons. 2010. Consultado em 29 de junho de 2014. Arquivado do original em 25 de janeiro de 2014
- ↑ «Afghanistan resistance leader feared dead in blast». Londres: Ahmed Rashid in the Telegraph. 11 de setembro de 2001
- ↑ "U.S. War in Afghanistan" Arquivado em 2 de março de 2015, no Wayback Machine.. Página acessada em 29 de junho de 2014.
Bibliografia
editar- Afghanistan Justice Project (2005). Casting Shadows: War Crimes and Crimes Against Humanity, 1978–2001. [S.l.: s.n.]
- Matinuddin, Kamal (1999). The Taliban Phenomenon: Afghanistan 1994–1997. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-579274-4