Guilherme de Pádua
Guilherme de Pádua | |
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Nome | Guilherme de Pádua Thomaz |
Data de nascimento | 2 de novembro de 1969 (49 anos) |
Local de nascimento | Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil |
Nacionalidade(s) | brasileiro |
Crime(s) | Assassinato de Daniella Perez |
Pena | 19 anos de prisão |
Situação | Em liberdade, com a pena extinta.[1] |
Guilherme de Pádua Thomaz (Belo Horizonte, 2 de novembro de 1969) é um ex-ator brasileiro. Ficou nacionalmente conhecido por ter assassinado Daniella Perez, filha da autora de telenovelas Glória Perez.[2]
Índice
BiografiaEditar
Como artista, fez uma pequena participação, em 1990, na novela Mico Preto da Rede Globo e em 1992 atuou na telenovela De Corpo e Alma. Nascido em Dom Joaquim, estado de Minas Gerais, anos depois Guilherme saiu de Belo Horizonte para Rio de Janeiro para tentar carreira artística. A telenovela De Corpo e Alma foi o seu único trabalho na televisão.
Assassinato de Daniella PerezEditar
Em 28 de dezembro de 1992, se envolveu no assassinato da atriz Daniella Perez, junto à sua ex-esposa Paula Nogueira Thomaz (atual Paula Nogueira Peixoto), que na época tinha muito ciúme de Daniella. Eles emboscaram a atriz em frente a um posto de gasolina, situação vista e confirmada por dois frentistas. Guilherme não somente deu-lhe um violento soco, como também espancou a atriz, colocou-a no carro de Paula, seguindo direção ao Escort da atriz. Depois, ambos, após terem-na apunhalado 18 vezes com um punhal, atiraram o corpo da atriz em um matagal da Barra da Tijuca. O crime teria sido motivado por inveja, cobiça e vingança, já que segundo a acusação, Guilherme assediava Daniella em busca de uma maior participação de seu personagem na novela, e sem obter êxito em suas investidas, acreditou que, ao deixar de aparecer em dois capítulos da novela na semana do crime, Daniella teria contado sobre suas perseguições a sua mãe, como forma de prejudicá-lo.
Em 1995, Pádua escreveu o livro "A História que o Brasil desconhece", enquanto estava na cadeia e pretendia lançá-lo durante a Bienal do Livro do Rio daquele ano, mas uma liminar conseguida por Glória Perez suspendeu o lançamento[3].
Em 25 de janeiro de 1997, Guilherme e Paula foram condenados por homicídio qualificado, com motivo torpe, a 19 anos e 6 meses de cadeia[4]. Cumpriu somente 6 anos.
É mencionado em um capítulo do livro da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, "Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado".
Após a prisãoEditar
Pádua saiu da prisão em 14 de outubro de 1999[5]. Rompeu com Paula Thomaz e passou a trabalhar na Igreja Batista da Lagoinha, bairro de classe média baixa de Belo Horizonte. Em março de 2006, casou-se com a produtora de moda Paula Maia, frequentadora da mesma igreja, 14 anos mais nova[6].
Meses antes de seu julgamento, Pádua lançou um livro contando mais uma das muitas versões que apresentou sobre o crime, editado pela Escriba Editora Multimídia de Artes Gráficas. Glória Perez, contudo, conseguiu impedir judicialmente a circulação da obra, tendo sido oficiado à Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais para que fizesse a apreensão dos exemplares[7]. Glória Perez obteve então decisão judicial condenando Pádua e a editora a uma multa de 20 mil reais por dia em que a decisão não fosse cumprida, entre 20/8/1995 a 9/4/1996, estimando-se que pudesse atingir 600 mil reais[7]. Segundo a decisão judicial, porque diminuiria a imagem e a honra de Daniela Perez[7]. Contudo, o livro foi distribuído aos jurados pelo advogado de Gloria Perez como uma maneira de provar as injúrias e difamações que Guilherme fazia a Daniella.[carece de fontes]
Em abril de 2010, Pádua foi entrevistado no Programa do Ratinho[8] e pelo twitter, Glória Perez afirmou que Guilherme de Pádua não era mais réu, logo, não estava mais protegido pelo direito de mentir que a lei brasileira concede a réus. Portanto, qualquer declaração mentirosa resultaria em processo[9][10]. Assim, Pádua recusou-se a responder perguntas sobre o caso para não ser processado[11].
Em junho de 2010, foi noticiado que sua mulher, Paula Maia, estaria lançando um livro contando a história do marido, "Que Amor é Esse? A história Real de Guilherme de Pádua".
Em 2012, começou a trabalhar na empresa Itaipu Vidros como Gerente de TI, e no Domingo Espetacular de 9 de dezembro deste mesmo ano, Guilherme foi entrevistado no quadro "A Grande Reportagem", contando para Marcelo Rezende sua versão sobre o assassinato, versão esta que já fora modificada várias vezes.
Guilherme de Padúa foi condenado em 29 de abril de 2016 a pagar indenização de 500 salários mínimos - cerca de R$ 440 mil. Além disso, Guilherme ainda terá de arcar com as despesas de sepultamento e funeral de Daniella Perez, e dos custos processuais e honorários de advogado de 10% sobre a condenação. [12]
Em dezembro de 2017 se tornou pastor, na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte[13].
Em 14 de março de 2017, Guilherme de Pádua casou-se pela terceira vez. A noiva é a estilista Juliana Lacerda.
Referências
- ↑ «Guilherme de Pádua tem pena extinta 10 anos antes do previsto». Folha de S. Paulo
- ↑ Processo crime n. 4330/93 - julgado no II Tribunal do júri, Rio de Janeiro.
- ↑ «Livro escrito por Pádua está proibido». Folha de S.Paulo. 24 de agosto de 1996. Consultado em 14 de maio de 2017
- ↑ «Guilherme de Pádua é condenado a 19 anos». UOL. 26 de janeiro de 1997. Consultado em 14 de maio de 2017
- ↑ «Bom comportamento motivou condicional de Pádua». UOL. 14 de outubro de 1999. Consultado em 14 de maio de 2017
- ↑ «E por falar em matrimônio, Guilherme de Pádua se casou de novo». Vírgula. 16 de março de 2006. Consultado em 14 de maio de 2017
- ↑ a b c Guilherme de Pádua é condenado a indenizar Glória Perez
- ↑ Ratinho responde a críticas sobre matéria com Guilherme de Pádua
- ↑ Guilherme de Pádua causa polêmica em entrevista e irrita Glória Perez
- ↑ Gloria Perez ameaça processar Ratinho por entrevista com assassino de sua filha
- ↑ Ratinho se irrita com Guilherme de Pádua e sai do palco
- ↑ «Autora de novela e Raul Gazolla, viúvo de Daniella Perez, ganham processo contra ator e a cúmplice Paula Thomaz». Consultado em 29 de abril de 2016
- ↑ «Guilherme de Pádua se torna pastor evangélico 25 anos após a morte de Daniella Perez». 12 de dezembro de 2017. Consultado em 28 de dezembro de 2017