Hamilton Xavier, (Niterói, 7 de agosto de 1916Niterói, 30 de janeiro de 2006) foi um advogado, professor e político brasileiro, outrora vice-governador do Rio de Janeiro.[1][2][3]

Hamilton Xavier

Hamilton Xavier
12.° Vice-governador do Rio de Janeiro
Período 15 de março de 1979 até 15 de março de 1983
Governador Chagas Freitas
Antecessor(a) Erasmo Martins Pedro (pelo estado da Guanabara)
Teotônio Araújo (pelo estado do Rio de Janeiro)
Sucessor(a) Darcy Ribeiro
Deputado Federal pelo Rio de Janeiro
Período 1971-1975
1983-1987
Deputado Estadual pelo Rio de Janeiro
Período 1947-1951
1955-1967
Dados pessoais
Nome completo Hamilton Xavier
Nascimento 7 de agosto de 1916
Niterói, RJ
Morte 30 de janeiro de 2006 (89 anos)
Niterói, RJ
Alma mater Universidade Federal Fluminense
Partido PSD (1945–1965)
MDB (1966–1979)
PDS (1980–1987)
Profissão advogado, professor

Dados biográficos editar

Filho de Everton da Costa Xavier e Alice Fernandes Xavier. Advogado formado pela Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense em 1927,[nota 1] tornou-se sócio de um escritório de advocacia e iniciou sua atividade política antes do Estado Novo e somente com o fim do respectivo regime voltou à vida pública aproximando-se de Amaral Peixoto. Eleito deputado estadual pelo PSD em 1947, Hamilton Xavier não disputou a reeleição no pleito seguinte, preferindo integrar-se ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, corte da qual foi procurador no governo Miguel Couto Filho.[1][2][3][nota 2] Primeiro suplente de deputado estadual em 1954, exerceu o mandato quando Moacir Azevedo foi secretário de Agricultura do governador Miguel Couto Filho.[4]

Eleito deputado estadual em 1958, foi líder do governo Celso Peçanha.[1] Novamente posicionado na suplência em 1962, dividiu-se entre o cargo de secretário de Justiça no governo Badger da Silveira e o exercício do mandato parlamentar.[1][2][3] Com a cassação deste pelo Regime Militar de 1964, Hamilton Xavier tornou-se líder do governo Paulo Torres, embora tenha ingressado no MDB quando outorgaram o bipartidarismo no ano seguinte.[1][5]

Alternando períodos entre a política e o exercício de suas atividades profissionais como advogado e professor, foi eleito deputado federal em 1970 e depois vice-governador do Rio de Janeiro por via indireta na chapa de Chagas Freitas em 1978, sendo o primeiro ocupante do cargo após a fusão do respectivo estado com a Guanabara no Governo Ernesto Geisel.[6][nota 3] Restaurado o pluripartidarismo em 1980, ingressou no PDS sendo eleito deputado federal em 1982.[2] Como parlamentar votou a favor da emenda Dante de Oliveira em 1984 e em Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 1985,[7][8] deixando a vida pública ao final do mandato.[9]

Notas

  1. Quando de sua graduação, a instituição de ensino pela qual formou-se era denominada "Faculdade de Direito de Niterói".
  2. O nome de Hamilton Xavier consta como candidato a deputado estadual pelo Rio de Janeiro em 1950, conforme o Repositório de Dados Eleitorais do TSE, mas com a votação zerada, um indicativo de desistência ou renúncia à candidatura.
  3. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome VICE

Referências

  1. a b c d e BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Hamilton Xavier no CPDOC». Consultado em 1º de fevereiro de 2022 
  2. a b c d BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 1º de fevereiro de 2022 
  3. a b c BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Hamilton Xavier». Consultado em 1º de fevereiro de 2022 
  4. Redação (1 de fevereiro de 1955). «Coisas da Política. Primeiro Caderno – p. 06». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 1º de fevereiro de 2022 
  5. BRASIL. Presidência da República. «Ato Institucional Número Dois de 27/10/1965». Consultado em 1º de fevereiro de 2022 
  6. BRASIL. Presidência da República. «Lei Complementar n.º 20 de 01/07/1974». Consultado em 1º de fevereiro de 2022 
  7. Clóvis Rossi (26 de abril de 1984). «A nação frustrada! Apesar da maioria de 298 votos, faltaram 22 para aprovar diretas. Capa». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 1º de fevereiro de 2022 
  8. Redação (16 de janeiro de 1985). «Sai de São Paulo o voto para a vitória da Aliança. Política, p. 06». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 1º de fevereiro de 2022 
  9. Redação (1 de fevereiro de 2006). «Falecimentos. Cidades, p. C-4». acervo.estadao.com.br. O Estado de S. Paulo. Consultado em 1º de fevereiro de 2022