Hancock (filme)

Hancock é um filme estadunidense do gênero ação-comédia dirigido por Peter Berg e estrelado por Will Smith, Charlize Theron e Jason Bateman. Conta a história de um super-herói vigilante sem-teto chamado John Hancock, de Los Angeles, cujas ações imprudentes costumam custar milhões de dólares à cidade. Eventualmente, uma pessoa que ele salva, Ray Embrey, decide tornar a imagem pública de Hancock melhor como forma de agradecimento.

Hancock
Cartaz do filme
 Estados Unidos
2008 •  cor •  92 min 
Direção Peter Berg
Produção Akiva Goldsman
James Lassiter
Michael Mann
Will Smith
Roteiro Vy Vincent Ngo
Vince Gilligan
Elenco Will Smith
Charlize Theron
Jason Bateman
Eddie Marsan
Género ação
comédia
Música John Powell
Cinematografia Tobias A. Schliessler
Edição Colby Parker Jr.
Paul Rubell
Companhia(s) produtora(s) Columbia Pictures
Relativity Media
Overbrook Entertainment
Weed Road Pictures
Forward Pass
Blue Light
Distribuição Sony Pictures Entertainment
Lançamento Estados Unidos 2 de julho de 2008
Portugal 3 de julho de 2008
Brasil 4 de julho de 2008[1]
Idioma inglês
Orçamento US$ 150 milhões[2]
Receita US$ 629.443.428[2]

A história foi escrita originalmente por Vincent Ngo em 1996. O roteiro acabou sofrendo um inferno do desenvolvimento enquanto passava por análises de vários diretores como Tony Scott, Michael Mann, Jonathan Mostow e Gabriele Muccino, antes de ser finalmente rodado em 2007 em Los Angeles com um orçamento de cerca de US$ 150 milhões.

Nos Estados Unidos o filme recebeu a censura PG-13 da Motion Picture Association of America depois que algumas alterações foram feitas a seu pedido, a fim de evitar uma classificação R, que havia recebido duas vezes anteriormente. Hancock foi lançado com uma premiere em Paris, na França, em 16 de junho de 2008 para depois ser lançado comercialmente em 2 de julho de 2008 nos Estados Unidos pela Columbia Pictures. Hancock recebeu críticas mistas dos críticos, que elogiaram suas performances e premissas, mas criticaram sua produção. O filme arrecadou US$ 624 milhões em todo o mundo, tornando-se o quarto filme de maior bilheteria de 2008.

EnredoEditar

John Hancock é um super-herói que possui incríveis superpoderes, incluindo força ilimitada, capacidade de voar em velocidade supersônica e total invulnerabilidade corporal a ferimentos dos mais variados possíveis. Entretanto, diferentemente dos clássicos personagens das histórias em quadrinhos, Hancock possui sérios problemas com a bebida, com as drogas e, por isso, é mal humorado, solitário e desastrado, vivendo praticamente como um mendigo, dormindo em bancos de praça de Los Angeles, cheirando permanentemente a álcool e não prezando pelo cuidado quando entra em ação, uma vez que deixa prejuízos de milhões de dólares a cada ação (que ele executa quase sempre bêbado) desastrado, compensando em sempre conseguir salvar muitas vidas.

Após salvar Ray Embrey, um agente publicitário de relações públicas, de ser atropelado por um trem, este se oferece para ajudá-lo a melhorar sua imagem perante a sociedade. A ideia não é bem aceita por Mary Embrey, a esposa de Ray que, sem nenhum motivo aparente, rejeita Hancock. Mary mostra ao marido que Hancock teve uma ordem de prisão contra si lançada.

A teoria desenvolvida por Ray é que Hancock ceda e se apresente à polícia, mesmo sabendo que Hancock possa escapar da prisão na hora que quisesse, para dar o exemplo e iniciar a mudança de sua imagem junto ao público. Com o super-herói na cadeia, teoricamente a taxa de criminalidade subiria muito, e a população acabaria sentindo falta do trabalho que ele fazia nas ruas, e chamariam de volta seu herói.

Nesse momento, o filme abandona um pouco o ar cômico para ganhar emoção. Hancock assume publicamente seus erros e vai para a prisão. O roteiro mergulha em seus dramas pessoais, suas fragilidades e sua solidão. Único de sua espécie, ele não se lembra do passado, não sabe de onde veio nem o porquê de ter superpoderes.

Hancock descobre que Mary também tem superpoderes como ele, e que já foram casados. Ele se esqueceu completamente dela após de vários acidentes tentando defendê-la. Eles já foram conhecidos como deuses, anjos (dependendo do ponto de vista da cultura e das pessoas da época) e agora, mais atualmente, super-heróis. Originalmente, foram criados aos pares para viverem e morrerem como um ser humano, pois quanto mais perto um do outro mais fracos ficam, presumivelmente porque o poder de um anula o poder do outro. Apesar de triste, Hancock acaba admitindo que não podem ficar juntos, para que os dois não se machuquem, mas ainda se importam um com outro apesar de tudo.

ElencoEditar

ProduçãoEditar

O roteiro originalmente se chamava "Tonight, He Comes", e ficou por mais de uma década sendo analisado pelos estúdios de Hollywood.[3] O roteiro original, escrito por Vincent Ngo e Vince Gilligan, circulou por muitos estúdios antes de ganhar sinal verde da Sony. Na verdade, a produção só andou mesmo depois que dois nomes influentes na indústria cinematográfica, o roteirista Akiva Goldsman e o diretor Michael Mann, se dispuseram a produzi-lo, os dois fazem ponta em uma cena que envolve uma reunião de executivos.

A entrada do ator Will Smith no projeto aumentou bastante a escala da produção e acabou por forçar alterações no argumento original, gerando a contratação de uma atriz, que no caso seria Charlize Theron. Os dois já tinham atuado juntos no filme The Legend of Bagger Vance.

LançamentoEditar

Recepção comercialEditar

Antes do fim de semana de abertura de cinco dias do filme nos Estados Unidos e no Canadá, as previsões para o desempenho financeiro de Hancock giravam em torno de US$ 70 milhões a US$ 125 milhões.[4][5] O filme foi exibido antecipadamente em 1º de julho de 2008 em 3.680 cinemas nos Estados Unidos e no Canadá, arrecadando US$ 6,8 milhões, sendo amplamente lançado em 2 de julho de 2008, expandindo para 3.965 cinemas.[6] No final do fim de semana de cinco dias, Hancock ficou em primeiro lugar nas bilheterias nos Estados Unidos e no Canadá, arrecadando cerca de US$ 103,8 milhões.[7] O filme encerrou seu circuito doméstico acumulando um pouco mais de US$ 227,9 milhões e US$ 401,4 milhões de receita internacional, perfazendo um total mundial bruto de US$ 629,4 milhões.[2]

Recepção críticaEditar

No revisor de crítica Rotten Tomatoes Hancock tem um índice de aprovação de 41% com base em 224 opiniões, com uma média de pontuação de 5,42/10; o consenso crítico do site diz: "Embora comece com promessa, Hancock sofre de uma narrativa frágil e má execução".[8] No Metacritic, que atribui uma classificação média ponderada, o filme recebeu uma pontuação média de 49 em 100, com base em 37 críticas, indicando "críticas mistas ou médias".[9] O público consultado pelo CinemaScore deu ao filme uma nota média "B+" numa escala que varia de "A+ a F".[10]

Referências

  1. Hancock no AdoroCinema
  2. a b c «Hancock (2008)». Box Office Mojo. Amazon.com. Consultado em 3 de dezembro de 2008 
  3. Fleming, Michael (17 de julho de 2002). «Artisan 'Comes' to deal with Goldsman». Variety. Consultado em 8 de julho de 2007 
  4. Gorman, Steve (2 de julho de 2008). «Hancock poised to extend Hollywood hot streak». Reuters. Consultado em 26 de abril de 2010 
  5. Friedman, Josh (2 de julho de 2008). «Hancock must battle weak reviews and strong competition». Los Angeles Times. Consultado em 26 de abril de 2010 
  6. McClintock, Pamela (2 de julho de 2008). «Hancock a box office hero». Variety. Consultado em 3 de julho de 2008 
  7. «Hancock». Box Office Mojo. Amazon.com 
  8. «Hancock (2008)». Rotten Tomatoes. Fandango Media. Consultado em 18 de outubro de 2019 
  9. «Hancock Reviews». Metacritic. CBS Interactive. Consultado em 23 de dezembro de 2008 
  10. «Hancock – CinemaScore». CinemaScore. Consultado em 25 de novembro de 2017 

Ligações externasEditar