Helena (mitologia)

figura da mitologia grega
 Nota: "Helena de Troia" redireciona para este artigo. Para o filme com Rossana Podestà e Brigitte Bardot, veja Helena de Troia (1956).

Na mitologia grega, Helena (em grego: Ἑλένη, transl. Helénē) era filha de Zeus e da rainha Leda, irmã gêmea da rainha Clitemnestra de Micenas, irmã de Castor e de Pólux e esposa do rei Menelau de Esparta.[1][2]

Helena de Troia
Por Evelyn De Morgan, 1898

Quando tinha onze anos foi raptada pelo herói Teseu, porém, seus irmãos Castor e Pólux a levaram de volta a Esparta.

Helena possui a reputação de mulher mais bela do mundo. Helena tinha diversos pretendentes, que incluíam muitos dos maiores heróis da Grécia, e o seu pai adotivo, Tíndaro, hesitava tomar uma decisão em favor de um deles temendo enfurecer os outros. Finalmente um dos pretendentes, Odisseu (cujo nome latino era Ulisses), rei de Ítaca, resolveu o impasse propondo que todos os pretendentes jurassem proteger Helena e o marido que ela escolhesse, qualquer que fosse. Helena então se casou com Menelau, que se tornou rei de Esparta.

Helena é descrita por Homero como de “faces rosadas”.[3] Íbico,[4] Safo[5] e Estesícoro[6] se referem a ela como “loira”.

Helena de Troia editar

 
Helena e Páris
Por Jacques-Louis David, 1788
Museu do Louvre

Numa viagem a Esparta, Páris encontra a princesa Helena, que está casada com Menelau, irmão de Agamenon, filhos de Atreu, rei de Micenas. Após nove dias entretendo Páris, Menelau, no décimo, parte para Creta, para os rituais fúnebres de Catreu, seu avô materno.[7] Helena e Páris fogem para Troia, abandonando Hermíone, então com nove anos de idade;[7]

Menelau, Agamenon, e outros reis juntam-se numa guerra contra Troia. Em princípio para resgatar Helena e vingar Menelau, mas na realidade com interesses econômicos também. A guerra dura dez anos. Heitor e Aquiles morrem. Um dia, os troianos percebem que o acampamento de seus inimigos está vazio, e imaginam que finalmente abandonaram a guerra.

 
Helena e Menelau
Por Goethe-Tischbein, 1816

Encontram por ali um enorme cavalo de madeira que acreditam ser um presente, e o carregam para dentro de suas muralhas. Porém, tudo não passava de uma armadilha criada por Odisseu para conseguir invadir o território inimigo, assim de noite, quando os troianos estavam dormindo, os soldados começam a sair de dentro do cavalo e a atacar a cidade, agora indefesa. A guerra é vencida pelos gregos.

Existem várias versões sobre o fim de Helena. Segundo Pausânias, após a morte de Menelau, ela foi expulsa do reino pelo seu enteado, Nicostrato. Foi morar com a rainha Polixo de Rodes, que fingiu ser sua amiga, mas queria vingança pela morte do marido Tlepólemo. Quando Helena estava tomando banho, a rainha mandou as servas vestidas de Erínias a enforcarem.

Após a morte foi para a ilha de Pélagos.

Ver também editar

Mini-árvore genealógica baseada em Pseudo-Apolodoro:[8]

Zeus
Leda
Tíndaro
Pólux
Helena
Castor
Clitemnestra

Referências

  1. Grimal, Pierre, Dicionário da Mitologia Grega e Romana, Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, p.197
  2. Spalding, Tassilo Orpheu, Dicionário da Mitologia Greco-Latina, Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, p.118
  3. Homero (6 de setembro de 2015). Odisseia. [S.l.]: hedra 
  4. autores, Varios (5 de agosto de 2016). Lírica griega arcaica (poemas corales y monódicos, 700-300 a.C.) (em espanhol). [S.l.]: RBA Libros 
  5. Safo. Safo, Poemas y fragmentos (em espanhol). [S.l.]: Textofilia Ediciones 
  6. autores, Varios (5 de agosto de 2016). Lírica griega arcaica (poemas corales y monódicos, 700-300 a.C.) (em espanhol). [S.l.]: RBA Libros 
  7. a b Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, Epítome, 3.3
  8. Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.10.7
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