Ilha do céu

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Uma ilha do céu é um maciço montanhoso para o qual as condições de isolamento topográfico se repercutem ao nível dos ecossistemas. Assim, as montanhas se cercam de terras baixas radicalmente diferentes. Trata-se de uma expressão em língua inglesa (sky island) e o caráter insular aplica-se à especiação das espécies de fauna e flora presentes na montanha face às espécies em redor. As espécies que habitam uma ilha do céu terão maior probabilidade de se constituírem como endemismos.

Vista à altitude de 2100 m das montanhas Santa Catalina, mostrando pinheiros e neve, enquanto no fundo se vê o árido deserto.
Vista dos montes Chiricahua que fazem parte das Madrean Sky Islands no Arizona, Estados Unidos.

As ilhas do céu mais típicas serão os tepuis da América do Sul, o Kilimanjaro na Tanzânia, o monte Wilhelm na Papua-Nova Guiné, a cordilheira Yushan em Taiwan, as montanhas Altai ou os montes San Jacinto na Califórnia.

O termo foi popularizado pelo escritor de natureza Heald Weldon, residente no sudeste do Arizona. No seu livro de 1967, Sky Island, demostrou o conceito descrevendo uma viagem da localidade de Rodeo, Novo México, no deserto ocidental de Chihuahua, até um pico nos montes Chiricahua, a 56 km de distância e 1700 m mais elevado. Ascendendo desde o quente e árido deserto, as transições até aos pastos, e depois aos bosques de carvalho, pinheiro, abeto e finalmente aos bosques de píceas, abetos e álamos. O livro menciona o conceito de bioma, mas prefere a terminologia de zonas de vida, e refere o trabalho de Clinton Hart Merriam. Também descreve a vida silvestre e as condições de vida dos chiricahuas.[1]

Referências

  1. Heald, Weldon (1967). Sky Island. Princeton, NJ: Van Nostrand. pp. 114–126 

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