Imperial Cidade

Imperial Cidade ou Cidade Imperial foi um título conferido por decreto a alguns centros urbanos durante o Império do Brasil. Em tese, apenas as cidades mais importantes recebiam tal status, conferindo-lhes certa autonomia e poder regional. Contudo, conforme atestam alguns historiadores, a malha urbana e a influência política de alguns desses municípios pouco mudou após receberem o título, caso de São Paulo. Convenciona-se que todas as cidades cognominadas cidades imperais tenham perdido tal título após a proclamação da República, em 1889.
Índice
Imperiais CidadesEditar
- Rio de Janeiro — na qualidade de capital do Império, considerada Município Neutro.
- São Paulo — por decreto de 1820, na qualidade de capital da província de São Paulo, cognominada Burgo dos Estudantes.
- Ouro Preto (então Vila Rica) — por decreto de 24 de fevereiro de 1823, na qualidade de capital da província das Minas Gerais.
- Itu — por decreto de 17 de março de 1823, cognominada A Fidelíssima.
- Montevidéu — por alvará de 15 de abril de 1825, na qualidade de capital da Província Cisplatina, que pouco depois separar-se-ia do Brasil.
- Niterói — por decreto n.º 93 de 22 de agosto de 1841, na qualidade de capital da província do Rio de Janeiro.
- Taubaté — por decreto de 5 de fevereiro de 1842. Na qualidade de principal cidade do Vale do Paraíba.
- São Luís do Paraitinga — por decreto de 11 de junho de 1873.
- Belém – na qualidade de capital da província do Grão-Pará.
- Grão-Mogol
- Pindamonhangaba
Imperiais Cidades provisóriasEditar
Também, quando o imperador visitava determinada cidade, essa recebia temporariamente o título de Imperial Cidade, até a partida do monarca e de sua corte. Durante esse período, a cidade era considerada a capital provisória do Império. Dentre essas, destacam-se:
- João Pessoa (então Paraíba do Norte) – por conta da estada de D. Pedro II do Brasil, de 24 de dezembro de 1859 a 30 de dezembro de 1859.
- Teresina – por conta da estadia da corte real na cidade, para a inauguração daquela que é considerada a primeira cidade planejada do país, cujo nome é uma homenagem à imperatriz D. Teresa Cristina, esposa de D. Pedro II.
Imperiais FazendasEditar
Imperiais Fazendas ou Fazendas Imperiais eram as propriedades rurais pertencentes à família imperial. Enormes latifúndios, suas áreas foram progressivamente sendo colonizadas, dando origem a centros urbanos que perduram até hoje.
- Petrópolis — apenas na qualidade de Fazenda Imperial e residência de veraneio da família imperial, por ocasião do decreto n.º 155 de 16 de março de 1843. Somente em 26 de março de 1981 que de fato recebe o título de Cidade Imperial de maneira simbólica, a tentar reparar uma injustiça histórica, durante o governo de João Figueiredo.[1]
- Vassouras — na qualidade de Fazenda Imperial e centro cafeicultor do Vale do Paraíba durante o Império.
- Fazenda Imperial de Santa Cruz - primeiramente na qualidade de propriedade rural particular da família de Bragança (ramo brasileiro), e posteriormente foi doada ao Império.
NotasEditar
- ↑ Instituto Histórico de Petrópolis – Alguns Equívocos Relacionados à História Petropolitana Arquivado em 5 de novembro de 2013, no Wayback Machine. — acessado em 01/08/07.
BibliografiaEditar
- Cidades Imperiais (em português) Instituto Histórico de Petropólis