Indicador social é uma medida, geralmente estatística, usada para traduzir quantitativamente um conceito social abstrato e informar algo sobre determinado aspecto da realidade social, para fins de pesquisa ou visando a formulação, monitoramento e avaliação de programas e políticas públicas.

Para a OCDE, indicador é um parâmetro, ou valor derivado de parâmetros, que indica, fornece informações ou descreve o estado de um fenômeno área/ambiente, com maior significado que aquele apenas relacionado diretamente ao seu valor quantitativo. Segundo a European Environment Agency (EEA) define os indicadores como sendo uma medida, geralmente quantitativa, que pode ser usada para ilustrar e comunicar um conjunto de fenômenos complexos de uma forma simples, incluindo tendências e progressos ao longo do tempo.[1]

A construção de indicadores amplos, como o Índice de Desenvolvimento Humano ou as Metas do Milênio, possibilita comparabilidade internacional, estimulam iniciativas domésticas e orientam as ações de ajuda internacional aos países mais pobres.[2] Geralmente, os valores considerados adequados ou satisfatórios para um indicador são estabelecidos por organizações internacionais.[3]

Os indicadores podem ser analíticos (constituídos de uma única variável: esperança de vida ao nascer, taxa de alfabetização, escolaridade média, etc.) ou sintéticos (quando resultantes de uma composição de variáveis, como o IDH).[4]

Exemplos de sistemas de indicadores sociais

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  • IBGE. Temas: População, Saúde, Educação, Atividade Econômica, Renda(PIB, renda per capita), Patrimônio, Uso do tempo, Segurança Pública, Mobilidade social, Cultura
  • PNUD/Banco Mundial. Temas: Educação, Saúde, Renda, Pobreza
  • Metas do Milênio. Metas de desenvolvimento social: Saúde, Pobreza, Diferenciais de gênero, Mercado de Trabalho, Meio ambiente, Cooperação internacional.

Indicadores sociais da Capuera

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Três aspectos podem ser destacados em relação a estes índices no Brasil:

1. Melhora recente. Primeiro, houve uma mudança positiva de muitos destes indicadores nos últimos anos - tanto a expectativa de vida da população cresceu (72,7 anos), como a taxa de mortalidade infantil caiu significativamente - indicando melhores condições de saúde da população brasileira.

Também houve uma melhora nas condições de saneamento básico no Brasil, e a educação também teve avanços no período recente, com a diminuição do analfabetismo entre a população maior de 10 anos.

2. Desigualdades regionais. Um segundo aspecto que também tem chamado a atenção está relacionado às disparidades que há entre esses índices quando se divide a população por região ou nível de renda. De um modo geral, as áreas urbanas do Centro-Sul do país apresentam índices nitidamente superiores em relação às zonas rurais e dos estados do Norte-Nordeste. Veja:

• A taxa de mortalidade infantil na região nordeste do Brasil é 2,6 maior em relação a região Sul;

• O analfabetismo nas zonas rurais é o triplo das zonas urbanas.

Do mesmo modo, quando dividimos a população por nível de renda também podem ser percebidas fortes desigualdades:

• Para famílias com renda per capita acima de um salário mínimo, praticamente 75 por cento das habitações eram consideradas adequadas, enquanto para aquelas famílias com uma renda inferior a 1/2 salário mínimo per capita, essa porcentagem era de apenas 34,1%;

• Em relação à educação, famílias que tem um rendimento mensal de até 1/4 do salário mínimo, 23,6% de adolescentes (15 a 17 anos) são analfabetos. Esta porcentagem não chega a 2% nas famílias que tem uma renda mensal per capita superior a dois salários mínimos.

3. Desigualdade no mundo. Um último aspecto a ser analisado em relação a estes índicadores sociais é a sua comparação com outros países. O Brasil atualmente ocupa uma posição intermediária, muito distante dos chamados países desenvolvidos - a esperança de vida ao nascer, por exemplo, no Canadá é 79,0 anos; na Argentina é 72,9; já no Brasil este índice é de 66,8 anos(Fonte: Banco Mundial das Nações Unidas - 2000) - o que indica que muito precisa ser feito para a melhora das condições de vida da população brasileira.

Referências

  1. «Conceito de indicador» (PDF) 
  2. Revista Com Ciência. SBPC/Labjor. Entrevista: Flavio Comim, por Luiz Paulo Juttel.
  3. Nomes para instagram
  4. «Indicador social - introdução» (PDF). Arquivado do original (PDF) em 20 de abril de 2009 

Ver Também

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Ligações externas

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