Marisa Monte

cantora e compositora brasileira
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Marisa de Azevedo Monte OMC (Rio de Janeiro, 1 de julho de 1967) é uma cantora, compositora, multi-instrumentista e produtora musical brasileira.

Marisa Monte
Marisa Monte
Marisa Monte durante apresentação na Verdade, Uma Ilusão Tour 2012/2013 em 2012.
Informação geral
Nome completo Marisa de Azevedo Monte
Nascimento 1 de julho de 1967 (56 anos)
Local de nascimento Rio de Janeiro, GB
País Brasil
Nacionalidade brasileira
Gênero(s)
Ocupação(ões)
Instrumento(s)
Extensão vocal mezzo-soprano[1]
Período em atividade 1985 — presente
Gravadora(s)
Afiliação(ões)
Prêmios Prêmios e indicações
Página oficial marisamonte.com.br

Marisa já vendeu mais de 10 milhões de álbuns e ganhou inúmeros prêmios nacionais e internacionais, incluindo cinco Grammy Latino, sete Video Music Brasil, nove Prêmio Multishow de Música Brasileira, cinco APCA e seis Prêmio TIM de Música. A revista Rolling Stone Brasil a listou como a décima primeira maior cantora brasileira,[3] e incluiu dois de seus álbums (MM e Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão) na lista dos 100 melhores discos da música brasileira.[4]

Em outubro de 2021, Marisa foi agraciada na 44ª edição do Prêmio Tenco, pelo conjunto de sua obra como cantora e compositora, tornando-se a primeira artista feminina brasileira a receber tal honraria.[5]

Início editar

Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, filha do engenheiro Carlos Saboia Monte e de Sylvia Marques de Azevedo Monte. O pai foi diretor da Portela até 1975, levando-a a um frequente contato com os sambistas de tal escola, à qual ainda apoia. Os pais se divorciaram quando Marisa tinha 10 anos.[6] Marisa é descendente de Branca Dias, uma Cristã-nova e senhora de engenho do período colonial brasileiro em Pernambuco. Esta foi processada pelo Santo Ofício sob a acusação de praticar secretamente o judaísmo.[7][8]

Estudou canto, piano e bateria na infância. Iniciou o estudo de canto lírico aos catorze anos chegando a ter aulas quase todos os dias da semana. Em 1982, participou do musical The Rocky Horror Show, dirigido por Miguel Falabella, com alunos do Colégio Andrews. No ano seguinte esteve no musical Azul, de André Di Mauro, onde começou a ter contato com músicos que pediam ajuda como backing vocals.[6]

Em 1983, depois de ouvir uma fita com músicas de jovens talentos, Roberto Menescal, então diretor artístico da extinta gravadora PolyGram, se encantou com Marisa e propôs a gravação de um disco, mas tal proposta foi recusada pela jovem que não se sentia preparada para o projeto na época.[9] Já aos 18 anos, em 1985, Marisa grava oficialmente sua primeira música em estúdio para o filme Tropclip. A música "Sábado à Noite" foi escrita por Sérgio Sá e marcou a estreia da cantora no cenário musical.[10]

Carreira editar

1985—1990: Início e primeiro álbum editar

Aos dezenove, Marisa abandonou o curso na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mudou-se para Roma, na Itália, onde durante dez meses estudou belcanto. Após esse período, passou a fazer apresentações em bares e casas noturnas cantando música brasileira, acompanhada de amigos. Um desses espetáculos foi assistido pelo produtor musical Nelson Motta, que se tornou diretor do primeiro show no Rio de Janeiro após o retorno de Marisa, em 1987.[6] O show Veludo Azul teve temporadas no Rio e em São Paulo, e mesmo que as casas noturnas não tivessem tanta fé em uma cantora sem nenhum disco gravado, foi um sucesso de público e crítica e despertou o interesse das gravadoras. Na época, Marisa foi convidada pela TV Manchete a gravar seu primeiro especial, que logo após foi lançado em dois formatos, LP e VHS, com o nome MM.[11] A este disco com repertório eclético pertence o primeiro grande sucesso de Marisa, "Bem Que Se Quis" (versão de Nelson Motta para E Po' Che Fa do compositor italiano Pino Daniele), que foi executada exaustivamente nas emissoras de rádio brasileiras e fez parte da trilha sonora da novela da Rede Globo O Salvador da Pátria, escolhida pela atriz Lúcia Veríssimo para ser o tema de sua personagem após sugestão de Marina Lima.[6] Lançado pela EMI, o álbum vendeu 500 mil cópias, um sucesso para uma artista estreante. O disco está na lista dos 100 melhores discos da música brasileira feita pela revista Rolling Stone Brasil na posição #62.

1991—1996: Desenvolvimento artístico editar

 
Marisa Monte em 2006

Depois de um disco que considerou uma apresentação, com registro de músicas que gostava, para seu segundo álbum Marisa visava criar um estilo próprio ao colaborar com compositores de sua geração, no caso os Titãs Arnaldo Antunes, Nando Reis e Branco Mello,[12] e com a ajuda do produtor Arto Lindsay, um contato com a produção musical contemporâ­nea e a inserção da música brasileira no contexto da world music.[6] O disco Mais saiu em 1991, com críticas positivas, afirmando que a cantora tinha amadurecido do álbum anterior, e vendas ainda maiores, embaladas pela música de trabalho "Beija Eu", classificada como uma das melhores canções pop brasileiras, em pesquisa realizada pelo jornalista Zeca Camargo através do Portal G1.[13] Após a extensa turnê de 250 shows em um ano e meio, passou um ano entre viagens e colaborações com outros artistas buscando vivências que inspirariam o próximo disco.[6] Em 1994, lançou o terceiro álbum, Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão, que a própria cantora co-produziu com Lindsay. Foi muito bem recebido por crítica e público, sendo considerado o melhor da carreira da cantora e passando de um milhão de cópias vendidas.[14] Este disco está na lista dos 100 melhores discos da música brasileira na posição #87. Entre as canções lançadas está o single "Segue o Seco", que ganhou cinco MTV Video Music Brasil 1995, nas categorias Melhor Videoclipe do ano, Melhor Videoclipe de MPB, Melhor direção de Videoclipe, Melhor fotografia de Videoclipe e Melhor edição de Videoclipe.

Em 1996, Marisa lançou Barulhinho Bom - Uma Viagem Musical, seu primeiro álbum duplo. O trabalho traz o registro ao vivo de alguns sucessos dos trabalhos anteriores, além de canções inéditas, gravadas em estúdio. Barulhinho Bom também provocou grande polêmica pela capa, um desenho do artista de quadrinhos pornô-naif Carlos Zéfiro, que foi censurado ao ser lançado nos EUA.[15] Este CD marcou uma aproximação maior de Marisa com diversas escolas e gerações do samba carioca. No mesmo ano, ela abre sua editora a Monte Songs Edições Musicais Ltda.

1998—1999: Conquista de independência musical editar

Em 1998, conquista sua independência musical durante a renovação de seu contrato com a EMI, comprando todas as fitas matrizes de suas músicas, desde seu álbum de estreia até Barulhinho Bom, enquanto estabelecia que a gravadora apenas distribuiria os álbums a serem registrados em um selo próprio, a Phonomotor Records.[16] Como produtora, atua em Omelete Man (1998), segundo disco de Carlinhos Brown, Tudo Azul (1999), da Velha Guarda da Portela, que incluiu uma canção gravada pela própria Marisa, e colabora com a cantora cabo-verdeana Cesária Évora em seu disco Café Atlantico, produzindo a faixa "É Doce Morrer No Mar", na qual também participa.'[17][18]

2000—2001: Carreira musical consolidada editar

Em 2000 Marisa lança o disco Memórias, Crônicas e Declarações de Amor, trabalho centrado no tema amor.[18] Trabalhando juntamente com Arnaldo Antunes, Cury, Carlinhos Brown, entre outros. Com ele, Marisa ganha um Disco de Diamante, concedido pela venda superior a 2 milhões de cópias no Brasil. Este álbum foi puxado pelo hit "Amor I Love You", música mais tocada do ano de 2000 que rendeu um MTV Video Music Brasil 2000 na categoria Melhor Videoclipe de MPB. Teve cinco indicações: Melhor Website de Artista, Videoclipe do Ano, Melhor Fotografia em Videoclipe, Melhor Direção de Arte em Videoclipe e Melhor Direção em Videoclipe. No mesmo ano, Marisa inicia sua quarta tour mundial Memórias, Crônicas e Declarações de Amor Tour, iniciada em Curitiba e durando mais de um ano e 150 shows.

O álbum ganhou vários prêmios, sendo o mais importante deles um Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro. Além disso, a faixa "Amor I Love You" foi indicada como Melhor Canção Brasileira. O clipe "O Que Me Importa" ganhou ainda o MTV Video Music Brasil 2001, na categoria Melhor Videoclipe de MPB. O álbum ganhou ainda dois Prêmio Multishow de Música Brasileira.

Em 2001, Marisa lança o DVD gravado ao vivo no Rio de Janeiro, com um orçamento de 1,5 milhão de reais.[19] Para divulgar o DVD, a sua gravadora lança um EP com duas faixas, incluindo a então inédita "A Sua", uma das mais tocadas de 2001, que ajudou o DVD a se tornar um sucesso de vendas. Após vender mais de 100 mil cópias, o DVD obteve o certificado de diamante.

2002—2003: Tribalistas editar

 
Marisa Monte apresentando-se em 2007

Em Novembro de 2002 a cantora lançou seu sexto álbum, em parceira com Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, trio que adotou o nome de Tribalistas. O álbum homônimo foi gravado entre 8 e 24 de abril daquele ano no estúdio na casa de Marisa no Rio de Janeiro, com o registro das gravações resultando em um DVD. Mesmo que o trio tenha recusado a fazer shows, tocando apenas no Grammy Latino e em uma ocasião no Sarau do Brown, o único show que foi aberto ao público, e apenas uma entrevista à época do lançamento no site oficial do grupo, a venda do CD alcançou a marca de 1,5 milhão de cópias no Brasil, alçado pelas canções "Já Sei Namorar" em 2002, "Velha Infância" em 2003, e "É Você", trilha sonora da novela Da Cor do Pecado, em 2004. Tribalistas também conseguiu alcance internacional, com "Já Sei Namorar" entrando em diversas paradas e o disco vendendo 300 mil cópias em 46 países, levando a uma breve apresentação em Paris no fim de 2003.[20] Em 2003, o trio ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro. Além disso, o disco recebeu outras três indicações, nas categorias Gravação do Ano e Melhor Canção Brasileira para "Já Sei Namorar" e Álbum do Ano.

2006—2009: Retorno depois de seis anos editar

 
Marisa Monte em 2007, durante uma apresentação da Tour Mundial Universo Particular

Três anos e meio após o lançamento de Tribalistas e seis anos após seu último disco solo, Marisa voltou ao cenário musical no primeiro semestre de 2006, quando lançou simultaneamente dois discos: Infinito Particular e Universo ao Meu Redor, o primeiro dedicado a canções inéditas pop, feitas em parceria com Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Pedro Baby, Seu Jorge, entre outros. O segundo com um repertório de samba, incluindo canções inéditas e regravações de D. Yvone Lara, Moraes Moreira, Argemiro Patrocínio, entre outros. Cada disco vendeu 450 mil cópias, o que fez Marisa ultrapassar a marca de 10 milhões de discos vendidos no Brasil.

No mesmo ano, Universo ao Meu Redor ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba ou Pagode. Além disso, Marisa recebeu duas outras indicações para o Grammy Latino: Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro para "Infinito Particular" e Melhor Canção Brasileira para "O Bonde do Dom".

Ainda em 2006, a artista inicia sua quinta turnê mundial, Universo Particular, que durou quase dois anos, e gerou o documentário Infinito ao Meu Redor. O DVD registra os dois anos de trabalho de Marisa, desde o lançamento dos discos até o fim da turnê, mostrando os bastidores com viagens, ensaios, relação dos fãs com seu trabalho e alguns registros dos shows, que também foram lançados em um CD bônus no mesmo estojo do DVD. É neste disco que foi lançada a música "Não é Proibido", incluída na trilha sonora da novela global, Três Irmãs.

O ano de 2008 marcou a estreia de Marisa como produtora de cinema. É que neste ano é lançado o filme "O Mistério do Samba", que retrata a história e o cotidiano dos integrantes da Velha Guarda da Portela e o trabalho de pesquisa de Marisa no resgate de composições quase esquecidas e que existiam apenas na tradição oral, já que os antigos bambas não tinham o costume de registrá-las. Esse filme fez parte da seleção oficial do Festival de Cannes. "O Mistério do Samba", lançado nas salas de cinema em 2008, foi lançado também em DVD em 2009. Além disso, a faixa "Não é Proibido" recebeu uma indicação ao Grammy Latino em 2009, na categoria Melhor Canção Brasileira.

2011 - 2013: "O Que Você Quer Saber de Verdade" e a sexta turnê editar

Cinco anos após seus dois últimos discos solo, em outubro de 2011 foi lançado o nono álbum de sua carreira: O Que Você Quer Saber de Verdade, sendo o oitavo álbum da cantora que debutou em primeiro lugar na posição de discos mais vendidos no Brasil. "Ainda Bem", o primeiro single, recebeu críticas geralmente positivas e ganhou um clipe contando com a participação especial do lutador Anderson Silva. O disco foi produzido pela própria Marisa, e co-produzido pelo seu parceiro de anos, Dadi Carvalho. As faixas do álbum foram compostas com novos e antigos parceiros, como Arnaldo AntunesCarlinhos Brown e Rodrigo Amarante, integrante da banda Los Hermanos, que também canta com Marisa em uma das faixas, além de uma regravação de Jorge Ben Jor e uma versão da canção "El Panuelito" feita por Haroldo Barbosa.

Começando em Curitiba em junho de 2012, a tour mundial "Verdade, Uma Ilusão" traz Marisa de volta aos palcos cantando novos e velhos sucessos de seu repertório. A turnê foi encerrada após 1 ano e meio, em dezembro de 2013, com 116 apresentações.

Em agosto de 2012, ela participou da Cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Verão de 2012 para apresentação formal dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 no Rio de Janeiro. Ela cantou um trecho da Ária Cantilena de Villa-Lobos (retirada da Bachiana Brasileira nº 5) interpretando a rainha do mar Iemanjá, e "Aquele Abraço" com BNegão e Seu Jorge.

Em 20 de novembro de 2013, a cantora participou de um show ao lado de Caetano Veloso. Intitulado Somos Todos Amarildo, toda a renda obtida foi revertida ao Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos. O show foi feito com o intuito de dar mais visibilidade ao caso do desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza e de dar oportunidade para mais pessoas ajudarem na causa. Durante o show, Marisa cantou: Vide Gal, Gentileza, Dança da Solidão, Pale Blue Eyes (em homenagem ao recentemente falecido Lou Reed), Vilarejo, Carnavália, Eu Sei e A Menina Dança sozinha e Cajuína, Lua, Lua, Lua, Oração ao Tempo, e De Noite na Cama dividindo os microfones com Caetano, além de realizarem um cover de Canta, Canta, Minha Gente (de Martinho da Vila).[21] O espetáculo foi apresentado no Circo Voador, casa de shows localizada na cidade do Rio de Janeiro e terminou em dezembro de 2013.

2014 - 2019 : Coleção editar

Pouco antes do lançamento oficial do DVD "Verdade Uma Ilusão", foram divulgados singles promocionais como "Ilusão" e "Verdade, Uma Ilusão". Em 17 de abril de 2014 a capa e o título do DVD (Verdade, Uma Ilusão Tour 2012/2013) foram divulgados pela cantora em seu Facebook oficial. O último DVD da cantora foi lançado em maio de 2014 em uma sessão de cinema exclusiva para fãs no Cine Leblon, no Rio de Janeiro. Após a exibição do DVD, Marisa apareceu de surpresa no cinema, conversou com a plateia e respondeu a algumas perguntas enviadas por fãs pelo Instagram.[carece de fontes?]

A versão em CD de Verdade, Uma Ilusão recebeu, ao final de 2014, uma indicação ao Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de MPB, sendo a primeira indicação da cantora em 5 anos. A sua última indicação foi em 2009 pela canção Não É Proibido.[22] Em 20 de novembro de 2014, a cantora venceu a disputa e levou o prêmio.[23]

Em março de 2016, a cantora recusa um convite para se apresentar com os velhos parceiros Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes na cerimônia de abertura das XXXI Olimpíada, que acontecerão em agosto.

O disco mais recente da cantora, Coleção, foi lançado em abril de 2016 e é a primeira compilação da cantora, que sempre se mostrou avessa ao formato. O disco traz em seu repertório músicas que a cantora gravou para trilhas sonoras ou projetos pouco conhecidos fora da carreira principal. O formato dessa coletânea foi originalmente criado pelo grupo Kid Abelha em 2000, com o lançamento do homônimo, Coleção. O primeiro single de Coleção, uma releitura de Nu com a minha música (de Caetano Veloso), cantada em trio com Rodrigo Amarante e Devendra Banhart, foi lançado no dia 01 de abril do mesmo ano.[24]

Em novembro de 2016 é lançado o disco Silva Canta Marisa, do capixaba Silva. O disco é uma homenagem à cantora fluminense, que participa como autora e artista convidada de uma das faixas, Noturna (Nada de novo na noite).

2020: Cinephonia editar

Após trinta anos entre as gravadoras EMI e Universal, a cantora carioca assinou com a Sony. Para iniciar os trabalhos na nova gravadora, Marisa lançou em três partes, um projeto chamado "Cinephonia", com músicas inéditas e regravações. A primeira parte foi liberada digitalmente em 11 de junho de 2020; as outras duas partes foram lançadas respectivamente nos dias 19 de junho e 26 de junho. "Cinephonia" é um projeto inicialmente audiovisual, que segundo a cantora "nunca foi lançado em áudio streaming e é uma forma de liberdade para cada um criar suas próprias imagens".[25] No "Cinephonia" foram liberados os álbuns "Princípios", que tem participação especial do cantor Ed Motta na primeira faixa, "Hotel Tapes" com participação especial de Novos Baianos, Moraes Moreira e Davi Moreira, em algumas canções; e Memórias 2001, álbum proveniente do registro audiovisual da turnê do CD Memórias, Crônicas e Declarações de Amor.[26]

A chegada de Marisa à Sony é considerado pelo crítico musical Mauro Ferreira da Globo, um movimento surpreendente da artista, pois hoje em dia não é preciso mais gravar álbuns com um selo fonográfico atrelado.[27]

2021: Portas editar

Depois de mais de dez anos sem lançar um álbum inédito, Marisa lançou em 1.º de julho o álbum Portas. O trabalho conta com composições de Nando Reis, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, e Seu Jorge, com o último também participando da faixa "Pra Melhorar", que encerra o disco. O álbum deveria ser lançado em 2020, mas o projeto foi adiado devido à pandemia da COVID-19. No processo de produção, as gravações aconteceram em encontros presenciais e virtuais.[28] A turnê do disco começaria em janeiro de 2022, mas sofreu um adiamento após Marisa contrair COVID-19,[29] abrindo em fevereiro no Espaço das Américas, em São Paulo.[30]

Vida pessoal editar

Marisa tem três irmãs: Lívia, Letícia e Carolina. Letícia foi casada com o produtor e diretor Luiz Buarque de Hollanda.[31]

Entre 1988 e 1990 namorou o cantor Nasi.[32] No início da carreira, no começo dos anos 1990, namorou o cantor e compositor Nando Reis.[33] O término do relacionamento, que durou poucos anos, inspirou a música "Resposta", que Nando compôs junto com Samuel Rosa, que gravou com sua banda Skank em 1998.[34][35]

De 1996 a 2001, Marisa se relacionou com o cantor e instrumentista Davi Moraes, que integrou a banda da cantora durante o período do relacionamento.[9][36]

Marisa foi casada com o músico Pedro Bernardes, e dessa união tiveram um filho, Mano Wladimir. Marisa também é mãe de Helena, de seu casamento com o empresário Diogo Pires Gonçalves, seu marido desde 2008.[37][38]

Discografia editar

 Ver artigo principal: Discografia de Marisa Monte