Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa

O Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa,[1] originalmente Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP, sigla que permanece em uso), é uma instituição educacional privada brasileira, fundada em Brasília em 1998. Oferece cursos presenciais e on-line de graduação, pós-graduação stricto sensu e lato sensu, e extensão nas áreas de Direito, Administração Pública, Economia, Relações Internacionais, Publicidade, Engenharia, dentre outros. [2]

Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa
Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa
IDP
Nomes anteriores Instituto Brasiliense de Direito Público
Fundação 1998
Tipo de instituição Privada
Localização Brasília, DF
Diretor(a) Francisco Schertel Mendes
Campus Asa Sul, Asa Norte
Página oficial www.idp.edu.br

Seus fundadores são o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, e o ex-procurador-geral da República Inocêncio Mártires Coelho.[3]

Entre os professores do IDP estão mestres e doutores que atuam no cenário jurídico brasileiro como ministros de tribunais superiores, procuradores, advogados e consultores jurídicos de diversos órgãos públicos e privados.[4]

Em 2010, o IDP obteve autorização do Ministério da Educação (MEC) para criar a Escola de Direito de Brasília (EDB) e iniciar seu primeiro curso de graduação na área de Direito.[carece de fontes?]

Campus editar

Localizado na Asa Sul de Brasília, o IDP tem sua sede em um prédio de seis andares, com instalações modernas e planejadas para atender pessoas com necessidades especiais. As salas de aula são amplas, há também sala de estudos individuais e para grupos de pesquisa — todas equipadas, confortáveis e com acesso à internet.

Em 2015, o IDP inaugurou um auditório que sedia grandes congressos, seminários e palestras que realiza, juntamente com um espaço ambivalente para diversas atividades culturais. Com capacidade para 250 pessoas, o novo auditório foi cuidadosamente projetado para ter uma acústica perfeita.

O IDP tem dois laboratórios, um de informática com 30 computadores, e o outro de audiovisual com capacitação técnica para registrar eventos acadêmicos e fazer exibições. Esse laboratório audiovisual conta com um estúdio de gravação, recepção e transmissão ao vivo de aulas, reuniões e outras atividades acadêmicas. Tem ainda um sistema virtual de acompanhamento, tutoria e monitoramento a distância.

Com o objetivo de atender às diversas demandas de pesquisas no que se refere à Administração, Comunicação, Direito, Economia, Jornalismo e Publicidade, a biblioteca do IDP tem um acervo riquíssimo. São cerca de 22 mil documentos, entre livros, dicionários, enciclopédias, coleções especiais, periódicos científicos e demais obras de referência.[5]

Em 2022, o IDP inaugurou um campus na Asa Norte para os seus novos cursos de Graduação nas áreas de Arquitetura, Engenharias e Computação e, também aos já antigos cursos de Comunicação, Administração e Economia. A localidade conta com um parque tecnológico de 9 mil metros de área construída, salas de aula modernas, salas para estudos, sala de arquitetura, estúdio de audiovisual, espaços incríveis de convivência, auditórios, teatro, laboratórios e espaço maker. [6]

Polêmicas editar

Desde que foi criado, o IDP tem sido objeto de diversas críticas por conta de sua composição e financiamento.[7] A crítica mais forte é o fato do IDP ter como sócio-fundador um ministro do STF, Gilmar Mendes, sendo que sua fundação foi realizada enquanto ele já era ministro.[8] O IDP se apresenta publicamente como sendo um think tank da área de Direito no Brasil[9], portanto com direta influencia de um dos mais poderosos ministros do STF, o que lança questões éticas sobre a legitimidade da conexão entre uma entidade privada e o próprio Supremo Tribunal Federal. Vários novos membros da justiça eleitoral tem sido escolhidos também a partir dos quadros do IDP[10]. Segundo a revista Carta Capital, conforme consta das informações do "Portal da Transparência" da Controladoria Geral da União, desde 2003 esse Instituto faturou cerca de R$ 1,6 milhão em convênios com a União. Ainda segundo a mesma reportagem, de dez colegas do Gilmar Mendes no STF, seis são professores desse Instituto, além de outras figuras importantes nos poderes executivo e judiciário. Entre os seus maiores clientes estão a União, o STJ e o Congresso Nacional.[11][12]

O financiamento do IDP também é controverso. Um dos maiores financiadores do instituto é o grupo J&F Investimentos, investigado por corrupção pela operação Lava-Jato: de acordo com as investigações, a J&F teria investido 2,1 milhões de reais no instituto[7]. Tendo em vista as conexões entre o IDP e o STF, tem-se criticado a legalidade de tais financiamentos empresariais.

Referências

  1. «Conheça o IDP». IDP. Consultado em 17 de novembro de 2021 
  2. «Nossos Cursos - IDP». 24 de julho de 2020. Consultado em 30 de dezembro de 2023 
  3. «Conheça o IDP». www.idp.edu.br. Consultado em 2 de maio de 2017 
  4. «Corpo Docente». www.idp.edu.br. Consultado em 4 de maio de 2017. Arquivado do original em 17 de maio de 2017 
  5. «Nosso Campus». IDP. Consultado em 12 de dezembro de 2021 
  6. «Vem aí: Novo Campus do IDP na Asa Norte - IDP». 14 de dezembro de 2021. Consultado em 30 de dezembro de 2023 
  7. a b «Instituto de Gilmar Mendes recebeu patrocínio de R$ 2,1 milhões da J&F». Folha de S.Paulo 
  8. «As polêmicas envolvendo o IDP de Gilmar Mendes». GGN - O jornal de todos os brasis. Consultado em 19 de agosto de 2017 
  9. «Conheça o IDP». www.idp.edu.br. Consultado em 19 de agosto de 2017 
  10. «Supremo aprova para TSE três professores de faculdade de Gilmar». Folha de S.Paulo 
  11. Gilmar Mendes perde ação contra jornalista Leandro Fortes e Carta Capital Alagoas 24 horas, 5 de janeiro de 2011
  12. A carreira pouco edificante de Gilmar Mendes em perguntas e respostas Diário de Goiás, 12 de janeiro de 2014

Ligações externas editar